Força Livre: A voz do movimento comunitário

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O valor de um povo está nas causas que abraçam, nos projetos que constroem em prol de sua comunidade e nas histórias de sua luta insana, onde carrega o suor, as lágrimas e as alegrias que lhe proporciona quando seus líderes conseguem alcançar os objetivos e benefícios pleiteados em prol de seus bairros junto ao Poder Público. 

Na edição do dia 13 de fevereiro o jornal Diário da Manhã estampou uma foto gigantesca com vários líderes comunitários, e no meio dela, se destacava o grande jornalista Batista Custódio que apresentava o projeto Força Livre que tem o    objetivo de abrir novo horizonte de liberdade de imprensa, e como ele próprio    afirmou: “Os bairros devem ser tratados como cidades e a lideranças serão a redação do jornal”. Passando para as páginas seguintes fiquei mais surpreso ainda quando vi estampadas várias fotos de lideranças comunitárias, muitas delas já com os rostos carcomidos pelas intempéries do tempo e cabeças tomadas pela calvície. É o passar  dos anos que os tornaram assim, mas, o importante é que eles continuam enfrentando  as adversidades e as intempéries do  tempo em busca de benefícios para os seus bairros.

Conheço a maioria, pois fiz e faço parte deste glorioso movimento desde o tempo do saudoso governador Henrique Santillo onde todos eram  prestigiados de uma forma contagiante.Tenho por  todos uma profunda admiração, porque durante este lapso de tempo os vi carregando debaixo do braço pastas elásticas surradas cheias de requerimentos  dirigidos aos Órgãos Públicos pleiteando benefícios para suas regiões. Não quero destacar os nomes daqueles cujas fotos foram estampadas no jornal, apenas citar alguns que se foram para outra dimensão e deixaram saudades: O Baianinho do Areão; Antônio Elias, João Dias, Manoel Guarda, e Cícero do Setor Pedro Ludovico; o Daniel Ângelo da Vila Boa; Joaquim do Parque Santa Cruz; Francisco Pedroso, Sebastião Porfírio,  soldado Neres e tantos outros que deixo de citar por falha de memória.

Hoje, a corrida deles não é contra o tempo. É com o tempo. Sabem que o futuro é agora, o presente já é quase ontem e o passado é a história construída por cada uma deles. O jornal abriu espaço para o movimento comunitário com título “Força Livre”, então, é o momento de todos usarem de sua sabedoria, pois quando se lutam com sabedoria, tem sempre o tempo a favor. Mesmo nas horas mais difíceis, em momentos de turbulências e vendavais, diante das mais terríveis tormentas e tiranias sociais, e agindo com coerência,   respeito mútuo e sensatez, todos sairão fortalecidos, porque o saber está para o ser humano como está para o vinho. E que as suas lutas, seus ideais e projetos de vida sejam vitoriosos, rumo a um tempo de união e paz que hoje de frutifica e que cada semente possa fortalecê-los, e sem picuinhas, venham fazer parte de uma       sociedade mais cooperativa e solidária, como se vislumbra na proposta do jornal Diário da Manhã.

O projeto Força Livre vem para inovar a dar voz àqueles que constroem a cidade e aí quem sabe, não esteja iminente e inevitável, o momento do reencontro do passado, presente e futuro com uma história mais humana e solidária, onde a gente seja povo e não massa de manobra a rastejar como cobra impedidos de usar  o saber e acoplá-lo nas asas da imaginação.

VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA Advogado, escritor e Diretor da UBE – União Brasileira de Escritores. E-mail: vdelon@hotmail.com

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