Retrato da corrupção e o poder!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Na semana passada tentei retratar a corrupção de uma forma mais sintética, mesmo aparecendo diante de mim variadas formas de corrupção mostradas na tela de TV. Comecei a analisar cada uma delas e a cada instante ficava mais  apreensivo. Mulheres que antes não pareciam na mídia como corruptas hoje são levadas presas por desvio de dinheiro público. Anotei cada detalhe e cataloguei no papel várias formas de corrupção, sempre atento aos detalhes mostrados pelo noticiário televisivo.  Antes, na Praça Universitária, onde pensava encontrar um número expressivo de participantes, foi decepcionante. Lá, senti falta de caras-pintadas, símbolo de uma geração que mudou este País. Lá, senti falta de entidades sindicais, das associações de bairros, da UNE e de tantas outras entidades representativas de nossa sociedade organizada. Descrente, cheguei à minha casa e pincelei no retrato emoldurado na parede restos de esperança que ao longo do tempo estava sendo corroída pelas palavras suborno, extorsão,  fisiologismo, nepotismo, clientelismo, peculato, malversação do dinheiro público e no canto da tela, em letras garrafais, a própria palavra  corrupção, mãe de todas essas outras. Embora essa palavra possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, não se restringe somente a essas atividades.

As atividades que constituem corrupção ilegal diferem por país ou jurisdição. Por exemplo, certas práticas de financiamento político que são legais em um lugar podem ser ilegais em outro. Em alguns casos, funcionários do governo ter poderes amplos ou mal definidos, o que torna difícil distinguir entre as ações legais e as ilegais. Em todo o mundo, calcula-se que a corrupção envolva milhões de dólares por ano. As pessoas que obtém poder político tendem a usá-lo em benefício próprio. Mesmo que as  pessoas e as normas da sociedade não permitam, há uma tendência a surgir à corrupção. O poder político, mesmo não sendo absoluto, tende a corromper. E em uma primeira acepção, o verbo "corromper" tem um sentido mais amplo que a prática pura e simples de corrupção política. 

Quando muitos doutrinadores falam do verbo “corromper” como se fosse uma transformação danosa para a sociedade, podemos afirmar que em relação ao poder sobre os outros, este necessita de uma            legitimação e essa legitimação é geralmente configurada por uma doutrina. Os preceitos jurídicos,    políticos, religiosos, de sentimento nacional, de sentimento de classe social e de partido político são os principais exemplos de critérios de uma denominada legitimação sobre a soberania da vontade das    outras pessoas da sociedade. Assim como o Estado, a  Igreja Católica, sob a égide de um código antigo (canônico) não reformulado para atender os dias atuais, se viu obrigada a manter certos poderes arcaicos deixando de lado, aquilo que Jesus sempre sonhou em termos de Igreja, senão vejamos: ver sacerdotes evangelizando não importando em qual comunidade; ver fiéis clamando o Teu nome com alegria; ver os sacerdotes abnegados, sem inércia ou amarras, saírem em busca das pessoas carentes; ver os sacerdotes dando teto a quem não tem; ver sacerdotes tirar das ruas os dependentes químicos; ver sacerdotes visitando enfermos em hospitais; ver sacerdotes proteger os idosos em abrigos dignos; ver sacerdotes levar aos moradores dos “lixões” o alimento para sua sobrevivência, carreados de amor, fé e esperança. E esperançoso de uma renovação insisto mais uma vez em afirmar que as regras que ainda imperam na igreja católica, muitas vezes, alimentadas por invejosos, é um retrocesso e isto faz com que milhares de fiéis se debandem para outras igrejas, como aconteceu e vem acontecendo com pessoas amigas, meus irmãos e irmãs. 

A santidade da função eclesiástica ou o poder do cargo político são incompatíveis com a fragilidade da natureza humana. Assim, tanto a Igreja quanto o Estado são instituições que somente podem sobreviver de maneira não corrupta e seus membros detentores do poder não podem agir como se fossem            moralmente perfeitos. Isto é, se fossem santos ou estadistas. No entanto, estas condições são ideais e não reais. No caso do homem político, a fraqueza de sua natureza humana tende a distorcer a personalidade do seu cargo de poder e o leva, enquanto autoridade em função pública, a apropriar-se privadamente dos poderes inerentes ao cargo e não à sua pessoa.

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