O poder maledicente da lingua

quinta-feira, 23 de julho de 2015

                                                                       Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.
                                                                                                                                                                                                                      (Mateus 12:36)
Geralmente uma pessoa dinâmica, vencedora, bem quista na sociedade e que possui muitos amigos, reconhecidamente produtivos, inteligentes, bem sucedidos, tanto na vida pessoal como profissional, causa inveja a outros. Então, você que está nesse estágio da vida, é bom ficar alerta, esperto e observar mais os atos das pessoas que o cerca e que se dizem amigas. Certo dia, alguém que sofrera calúnia me pediu que elaborasse um artigo e comentasse sobre essas pessoas que costumam falar mal dos outros pelas costas. Sensibilizado com aquela pessoa que se sentia hostilizada e até porque em nossa sociedade é comum ouvir isso, escrevi este pequeno texto e o enviei no afã de fazê-la entender que realmente deve ficar mais atenta, observar mais, olhar fixamente nos olhos das pessoas, principalmente nos daquelas que porventura a fofoca ou impropérios chegaram ao seu conhecimento, no entanto, por mais que procurei fazer isso, de saber que a pessoa que me pediu era e é justa, amiga, pratica o bem sem olhar a quem, infelizmente cheguei à conclusão que talvez de nada adiantasse, pois do outro lado ainda existem pessoas que carregam esse hábito, ou para ser mais direto, o péssimo habito de falar mal dos outros pelas costas. E não é só falar mal. É falar mal sem motivo.

Não importa o lugar em que elas se reúnem, pode ser numa entidade cultural, em mesas de bar, durante uma confraternização qualquer e ou mesmo em organizações nas quais participam e lutam para o seu desenvolvimento. É público e notório que o hábito de falar mal dos outros está presente em todas às áreas da sociedade cotidianamente. É de abismar! Somente quem já foi vitima de fofocas sabe o mal que esta prática causa e os traumas que deixam na vida das pessoas. A fofoca abre verdadeiras feridas na alma dos que são vitimas. É infinitamente enorme o numero de fofoqueiros que habitualmente temperam suas “historias” com pitadas de veneno. Sem pensar duas vezes, a moral, a ética e o bom costumes dos outros são postas em cheque; pessoas maldosas que se julgam juízes chegam ao ponto de até querer decidir ou tentar influenciar o destino de alguém.

Caro leitor: Quanto é difícil a gente ver numa rodada de conversa predominar o elogio, alguém falar bem de outro, enaltecer suas virtudes. Quem conversa muitas vezes esquece-se de falar dos seus próprios defeitos. Para ele não tem graça elogiar o outro, não fica interessante. Pode até causar certo mal-estar. Geralmente quando alguém faz um comentário elogioso, ele próprio ou alguém fala logo em seguida: "Ah, Fulano é ótimo mesmo, mas também tem esse outro lado assim, assim, assaz…" Outras ainda dizem assim: tudo que existe neste local aqui fui eu que realizei, é obra minha, mas na realidade, apenas quer se vangloriar de uma coisa que nem foi ele que fez e jamais conseguirá fazer. É, e quanto a isso, a pessoa que me solicitou que elaborasse este texto, ao ouvir falar mal de uma pessoa amiga, disse que até se sentiu mal porque ela o conhece, sabe o que ele realizou e continua realizando, além é claro, de conhecer bem o caráter dele.

Pessoas que falam mal das outras, não posso precisar o percentual, são absolutamente infelizes, afinal, alguém que tem como sua maior preocupação a vida alheia, além de não ter o que fazer deve realmente ser muito infeliz. É comum pessoas assim, serem potencialmente um vulcão de mentiras além de não pouparem ninguém. Falam mal do chefe, do companheiro de trabalho, da faxineira, do mecânico, do médico, do operário, do irmão, do amigo e algumas chegam ao cúmulo de falar mal até dos próprios pais. Confunde sem a menor cerimônia os indivíduos e suas funções, não diferenciam o homem do profissional. Na Bíblia, Salmo 34:13, encontramos este provérbio: Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolosamente”.

Particularmente conheço algumas pessoas que tem esse péssimo hábito, e que faz do falar mal dos outros, o seu verdadeiro emprego, ou mantença dele. Esta pessoa vive tão envolvida com a fofoca que chega mesmo a acreditar no próprio engodo. Aliás, ultimamente, pessoas já dissertam impropérios até sobre minha pessoa, algumas que já me conhecem há anos, outras, sem ao menos ter o prazer de conviver comigo ou me conhecer melhor. A pessoa que tem como hábito, esse tipo de conversa que exala veneno, atribui cinicamente todos os seus fracassos ao sucesso alheio e a sua maior realização é obter êxito ao tentar ofuscar o brilho de outras pessoas.

Como o que colhemos é exatamente o que plantamos, costumeiramente, gente assim vive muito mais que as outras, desta forma seu sofrimento também é maior e de uma intensidade sem limites. Isso a gente presencia todos os dias, como alguém que poderia dizer-se que era seu “amigo”… mas, no entanto… Todavia, infelizmente, existem pessoas que nunca mudarão, pois não conseguem calar-se, colocar um zíper na boca, e fazem do ódio, do rancor e da inveja o eterno combustível de suas vidas. É bom lembrar que todo e qualquer acontecimento, tem no mínimo duas versões e não devemos jamais, deixar passar a oportunidade de ficarmos calados quando não sabemos realmente dos fatos ocorridos. Assim, além de sermos sensatos, evitamos a injustiça e a maledicência. Em geral as pessoas falam dos inimigos publicamente, já dos amigos, só pelas costas.

Fofocar nada mais é que uma necessidade de se elevar e isso são feito à custa do rebaixamento alheio. Esse comportamento é fruto da competição e da inveja. O prazer de falar mal de alguém existe porque equilibra o mal-estar do invejoso diante da alegria, do sucesso ou da competência do outro. “Queria estar no lugar do seu colega”… O maledicente sofre de profunda inferioridade, não suporta o brilho das outras pessoas. Por não ter luz própria, só consegue brilhar roubando a luz do outro, se tornando um intrigante personificado. Esses infelizes devem ter tomado aulas com Maquiavel, tamanha a mordacidade que emprega.

Existe um ditado popular que diz assim: “falem mal, mas falem de mim”. Com relação a esta frase eu prefiro que me esqueçam, até porque quem se importaria comigo de verdade, falar para mim, não de mim. E pra ser mais sincero digo que as pessoas que vêm perambulando pelos silenciosos corredores da maledicência, que têm esse hábito, que jamais vêm de cabeça erguida e nem olha nos seus olhos, lanço o desafio de apresentar um motivo, um apenas, de proferir as inverdades ditas contra ti. Contudo, geralmente as pessoas que falam mal, ao serem indagadas do real motivo nos quais ela destila o veneno para com a pessoa, gagueja e não sabe dar a devida resposta. Então, resta-me finalizar dizendo outro texto bíblico: Senhor, livra-me dos lábios mentirosos e da língua enganadora”. (Salmo 120: 2)


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