As diferentes definições da palavra golpe.

domingo, 15 de maio de 2016

Tinha um amigo que lutava vale-tudo, karate e judô. Mesmo com um corpanzil avantajado sofria impactos violentos quando o adversário conseguia jogá-lo sobre o tatame. Nessa luta se via realmente o verdadeiro golpe. Qualquer lutador vence aplicando diferentes tipos de golpes. Uns são certeiros, outros não. No entanto, dada as diversidades de golpes, é claro que existem aqueles em que há tramas protagonizadas entre indivíduos, ou seja, alguém caiu no golpe do sequestro; alguém que promoveu uma ação ardilosa conta possível adversário; Presidente de uma entidade tem ação ardilosa em desfavor de seu vice, alegando a existência de uma situação imprevista, mas convenhamos prevista somente na cabeça dele e não da do vice. No que tange a partido político, principalmente a dos Trabalhadores e seus militantes, estes insistem em dizer em suas manifestações que o Poder Judiciário (STF) é golpista, que o Ministério Público e Polícia Federal são golpistas, que o Legislativo é golpista, que o TCU é golpista, que a OAB é golpista, que os veículos de comunicação são golpistas e até o Papa é golpista. Então pergunto: Será que não é golpista a turma do Mensalão e do Petrolão, assim como, meia dúzia de pobres cidadãos que aceitam ir às ruas por míseros 30 reais e uma camisa da CUT?

Respondendo parte do parágrafo acima: As situações acima ocorrem somente se tratarem de traições e ações ardilosas, e aí sim, pode-se dizer que é golpe, no entanto, quanto ao processo de impeachment que tramita no Senado Federal não é. O golpe, no sentido figurado, pode-se afirmar que é uma situação ou acontecimento que não foi previsto, ou seja, sobreviveu por um golpe do destino, mas se analisarmos a previsibilidade ou não, pode não ser golpe.

Quanto ao golpe tão alardeado pelos petistas e outros partidos apoiadores, entendo não ser possível que a chusma dessa turma que se dizem intelectuais e que passaram os últimos anos mantendo esse posicionamento acerca de um possível “golpe”, inacreditável é que sejam tão ignorantes a ponto de acreditar realmente no que dizem. Minha opinião é que, na maior parte dos casos, trata-se da defesa interesseira de cargo aqui, um Ministério lá, uma boquinha aqui, uma verbinha ali e uma nomeação acolá, benesses de que vivem há mais de treze anos essa “esquerda” oficial que temos no País. Os que embarcam nessa famigerada palavra golpe são movidos por um sincero temor da “direita”, é os famosos ingênuos úteis, sem os quais quaisquer fraudes políticas seriam impossíveis concretizá-las.

Bastam olhar o Ministério da Presidente para constatar quais interesses que seu governo serviu. A começar pelas mentiras durante o pleito eleitoral para enganar os eleitores. Os discursos desconexos, o malfadado “ajuste fiscal” e o não cumprimento das Leis de Diretrizes Orçamentárias, as chamadas pedaladas fiscais que levaram o Brasil a uma inflação galopante e recessão. Do ponto de vista histórico, não se pode desconhecer que são completamente diversas as situações de 1964 e 2015, tanto externamente, como internamente. Há cinco décadas o mundo estava polarizado entre dois blocos, o soviético e o norte-americano, ambos imperialistas, havendo ainda países que resistiam na revolução socialista (caso da China Vermelha, que o foi até a morte de Mao em 1976) e nas lutas de libertação nacional (Cuba, Argélia, Vietnã, etc). O imperialismo norte-americano, engasgado com a vitória dos guerrilheiros de Sierra Maestra embaixo das suas barbas, não admitia a mais mínima abertura democrática no seu quintal, a América Latina, e desencadeou golpes sucessivos numa série de países da região. Dentro do Brasil, financiou e apoiou politicamente a desestabilização de Jango, liquidado a partir do momento que prometeu fazer a reforma agrária e limitar a remessa de lucros para o estrangeiro, afrontando assim os interesses dos latifundiários e monopólios aqui instalados.

Hoje, depois de aprovado pelo Senado o impeachment da Presidente cabe aos trabalhadores da cidade e do campo, à juventude sem perspectivas, aos intelectuais honestos e ao povo brasileiro de modo geral, lutar não apenas para manter fora esse governo antipopular e corrupto, mas também a ordem social e controle latifundiário. E derrubar, junto, essa falsa esquerda canalha, traidora, que queima a Bandeira do Brasil em plena praça pública, ameaçar com armas, paralisar rodovias, invadir terras e jogar lama até sobre as próprias bandeiras vermelhas dos seus companheiros, aqueles que ainda lutam verdadeiramente por profundas mudanças sociais. E o pior é que o PT estava há mais de treze anos no poder e não resolveram os problemas dos seus beneficiários diretos - os sem terra e sem teto, bem que, acho que existia um jogo sujo por detrás das cortinas palacianas quanto a esse pessoal, (repasse de polpudas verbas para manter esses movimentos), pois é inadmissível ver à beira das rodovias, em barracos de madeiras e lonas, famílias que se dizem sem terra e sem teto, usando camionetas e carros de última geração. Por mais árduo que seja o caminho o povo entendeu que não havia outro entendimento senão em apoiar o impeachment da Presidente, mas também exigir dos que irão assumir que tenham mais responsabilidades, respeito ao erário publico e combate sistemático da corrupção, doa em quem doer.


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