Em quem devemos confiar?

quarta-feira, 24 de maio de 2017


Quando menos se espera a imprensa escrita e televisiva noticia sobre corrupção e desvio de dinheiro público. Têm certas notícias que gente se surpreende porque alguns desses políticos estiveram em nosso convívio e alguns, até pedimos votos pra eles. Que decepção! É tanta a decepção que a gente não sabe mais em quem confiar ou acreditar, e se for “ficha limpa”, vai continuar mantendo-a intacta depois de eleito? Há casos de políticos que estavam desaparecidos e de certo modo ficamos preocupados, mas vêm as eleições e eles aparecem na maior cara de pau. Pergunto: que devemos fazer? Deixar de votar? Diante de tanta corrupção fica difícil de escolher; fica difícil de esquecer as mazelas; fica difícil de esquecer o desrespeito ao erário público e da urucubaca política que eles fazem. Não está fácil mesmo! Entendo que neste momento crucial em que passa o Brasil não é momento para discutir sobre Partidos, pois todos estão no mesmo patamar, e não se deve transformar um corrupto de “estimação” em mártir. No momento o povo é que é vítima. Mas infelizmente muitos ainda ignoram as maracutaias, são partidários e continuam votando naqueles que surrupiam a Nação. Só pode ser compra de voto, estão recebendo “benesses” ou este eleitor é besta mesmo!

Viver essa política dessa forma e não confiar em ninguém hoje está mais difícil ainda e não há como negar. Há momentos que a gente procura desligar-se do mundo, no entanto, é preciso saber se desligar. Será que é fácil? Nem tanto. Há momentos que procuramos descobrir de como agir dentro do nosso tempo que é tarefa nobre, pois exige um grande conhecimento sobre a gente mesmo. Aí, acredito, talvez, seja mais fácil, no entanto, para quem conhece a si mesmo. Já pensei até em parar o relógio ou esquecer-se de colocá-lo no pulso ou na estante. De tanto tentar descobri que meu tempo está dentro de mim e cheguei conviver com o dito cujo ao pé do ouvido e ainda temos o danado do celular na mão que segundos e segundos recebem mensagens emitindo sons perturbadores. Evito agendar muitos números de telefones para que o mesmo não ocupe do meu tempo sem eu querer. Será que o tic-tac do relógio em cima da escrivaninha quer ficar no lugar do coração? Sei que são sons diferentes, todavia os regulo para que respeitem a minha hora e meu tempo porque pretendo desacelerar tudo, entretanto, pensei: mais do que aprender a correr, é preciso saber parar.

Não adianta manusear com perfeição o mouse, viver como se eu fosse um semiautomático diante do monitor, deixar de sorrir, tirar folga ou levar uma enorme culpa dentro de mim. O mundo lá fora exige produtividade e imediatismo, pois a inflação anda a galope. Aqui no meu recanto poético, corpo e alma pedem menos, muito menos. Como fazer, então, para conciliar tempos tão diferentes? A resposta não está nos livros, jornais ou revistas, mais dentro de cada um de nós. Entendeu o que eu disse? Se você não entendeu, quer tentar? Respire fundo, então. Desencane. Liberte-se do tempo que te rodeia e, sobretudo, perca seu tempo somente com você! É uma responsabilidade enorme desconectar-se, disso eu sei, mas a vida ao vivo é pra quem tem coragem. Coragem de arriscar, mas sempre com o cuidado em saber a hora certa de parar. Difícil não é mesmo? Pode ser pra alguns, mas não para muitos malucos que brincam com a vida, fazendo dela um brinquedo. É um exercício diário que exige confiança e um amor incondicional por tudo o que somos e acreditamos. É uma aceitação suave dos próprios defeitos que temos ou um rir da gente mesmo, um desaprender contínuo ou um aprender sem fim sobre o que queremos da vida.

Caro leitor, não importa se tudo parecer errado e o mundo virar a cara pra você. Esqueça e faça de conta que não tem ninguém à sua frente. Se esqueça. Você é capaz de decidir sobre e o seu futuro, de fazer boas escolhas, seja tratando ou não de período eleitoral. Costumo ler muito, analisar as ações nefastas de políticos e o meio escusos que eles usam para enganar o povo e a justiça, mas posso afirmar que ainda nada sei da vida, pois ela é um mistério, no entanto, uma frase eu sigo à risca: é preciso respeitar o próprio tempo. E eu respeito e muito! Eu acredito no que diz o silêncio na hora em que a minha massa cefálica se cala, pois ali está toda a engrenagem controladora de meus pensamentos, bons ou ruins. De outra parte, o meu silêncio que não tão é mudo assim, em compasso com a mente, vive dizendo com voz desafiante: confie em ti mesmo. Quebre a rigidez. Ouse mais. Vença mais obstáculos. Viva com mais leveza. Desligue-se, e se puder, adormeça nos braços do tempo, pois só assim você vai transformar a vida em letra e letra em vida. Tenha coragem e fôlego pra ser você mesmo, pois saberá que sob qualquer ângulo em que esteja situado no universo para considerar esta questão, chegar-se-á ao mesmo resultado execrável: a surpresa de ver vários políticos enrolados com a corrupção, pessoas defendendo-os arduamente por pertencerem ao seu Partido esquecendo que devemos defender é a nação brasileira. Essa minoria, porém, dizem os marxistas: compõe-se de operários manipulados por sindicatos, trabalhadores sem terra e sem teto, e estes vão às ruas em troca de pão com salame e uns trocados, enquanto seus chefões chegam de jatinho e almoçam em chiques restaurantes. Por outro lado, operários que se tornam governantes de um País ou representantes do povo no Congresso Nacional, deixam de ser operários e se põem a observar o mundo proletário de cima para baixo ou acima do Estado; não mais representando o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo usando meios fraudulentos e corrupção para se perpetuarem no poder. Quem duvida do que eu falo não conhece a natureza humana, por isso, ando desconfiado e desacreditado de tudo.



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