Quando
olhamos os cacos de nossa vida, sentimos desaparecer o sorriso. São pedaços que
poderiam perpetuar-se no chão fértil de nossa existência, mas como eternizá-los
se com eles vêm à saudade de outros pedaços deixados para trás. Saudade que
talvez não aumente e nem diminuirá quando nos lembramos deles esparramados pelo
chão. Cada pedaço são apenas detalhes de tudo aquilo que girou em torno de nós.
Não sei se seus cacos são como os meus, pois, quanto a mim, sinto que alguém
está tentando recolher os cacos do meu passado, sem me fazer nenhuma pergunta
ou exigência. Na realidade, eu gostaria que eles fossem recolhidos e colados
numa parede mesmo que este ato não passasse apenas de uma utopia.
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