Santa Missa no Altar da Humildade

terça-feira, 13 de março de 2012

“E revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”  (1.ª Pedro: 5.6)

Hoje ao escrever esta crônica lembrei-me da primeira missa realizada na Paróquia Santa Terezinha que infelizmente naquele dia não pude estar presente. Passaram semanas e restabelecido de um procedimento cirúrgico compareci no último domingo e com o coração em júbilo, vi o Padre Luiz Augusto mesmo num altar improvisado, montado em um ginásio de esportes ao lado da Paróquia, celebrar com alegria a missa diante de uma grande a multidão de fiéis. Antes de chegar ao local, passei por algumas ruas do Setor Expansul e a cada instante sentia um clima de alegria abater  sobre aquela comunidade e no rosto de cada um, estampavam sorrisos de satisfação em face da presença do Padre Luiz, que de alguma   forma deu vida nova àquele longínquo bairro. Ao adentrar no ginásio senti nos olhares dos irmãos o prazer imensurável de compartilhar daqueles momentos ímpares: clamar  e buscar incessantemente a presença de Jesus Cristo. Hoje, sentado diante do monitor e manuseando o teclado do computador para escrever esta crônica, senti-me imbuído de um sentimento incomum e assim, resolvi transformá-la em uma obra poética, ao invés de falar em sofrimentos e invejas que pairaram em nossos pensamentos e  corações durante a grande jornada que empreendemos para o retorno do Padre Luiz. Veio à minha mente a questão do trabalho de evangelização realizado por ele que estava impedido por aqueles que se consideram superiores como seres humanos apenas porque têm um cargo socialmente mais valorizado dentro da igreja e o poder da caneta nas mãos. Aliás, é sempre nesses casos que entra em cena o famoso “sabe de quem estou falando?”

Ao questionarmos algo que a religião católica põe em prática, mas, muitas vezes não pratica e até proíbe, de certa forma jamais vamos entender quem vai ser escolhido para depois expandir de vez o evangelho. Talvez não seja de nosso conhecimento que haja uma lei do universo em que o movimento da vida é expansão e encolhimento. Como é o nosso pulmão, como bate o nosso coração, como a sístole e diástole. Parece que existe uma lógica nisso, que os orientais, especialmente os chineses e indianos,  inseriram em suas religiões, aquela coisa do inspirar e expirar. Parece haver uma lógica nisso quando se fala em punição a um sacerdote, a ciência tem isso como hipótese e a religião católica como tese e    definitiva. E nesse mundo complexo podemos afirmar que pertencemos a uma galáxia impura, que é uma entre milhões de galáxias, num dos universos possíveis e que vai desaparecer se não nos tornamos humildes, não respeitarmos a natureza e os desígnios de Deus. Nessa nossa galáxia, repleta de estrelas, uma delas é o que agora os cientistas chamam de estrela-anã, o Sol e Deus o criou para nos dar vida, assim como ao nosso Planeta Terra. Em volta dessa estrelinha giram algumas massas planetárias sem luz   própria, nove ao todo, ou talvez, oito sei lá!

Tem gente que é tão humilde que acha que Deus fez tudo isso só para existirmos aqui na Terra. E isso é que é um Deus, que entende da relação custo-benefício! Tem indivíduo que acha coisa pior, que Deus fez tudo isso só para ele existir. Com o dinheiro que carrega, com a cor da pele que tem, com a escola que freqüentou, com o sotaque que usa, com a religião que pratica. Gente que tem inveja de outra só porque ela se destaca melhor na sociedade em que vive, e essa pessoa sequer tenta calçar as sandálias da humildade, muitas vezes sequer enxerga o seu próprio umbigo e nem se desculpa por seus próprios   erros e desatinos.

Permita-me caro irmão e leitor defender mais uma vez o Padre Luiz Augusto. Ele em sua trajetória de sacerdócio sempre pautou em servir a sua comunidade e não ser servido por ela, e em sua sabedoria cristã, continua clamando a Deus para que não o deixe desistir de ser padre; que não o deixe esmorecer diante das adversidades que surgiram e possam continuar surgindo; que  povo cristão não seja novamente prejudicado e que aqueles que acreditam no seu esforço de evangelização  e naquilo que  realiza em prol de sua comunidade, não sejam em vão; que Deus o mantenha distante de todas as maledicências, arrogâncias e invejas, e definitivamente,  receba a injeção da esperança, do amor e da fé, para que possa continuar construindo o altar da humildade, pregar com sabedoria, ensinar ao povo  o caminho da retidão, a amar ao  próximo e a estender a mão a quem precisa.

interlocutor espiritual esse abnegado paladino da fé que há mais de quinze anos vem  evangelizando  usando o altar da  humildade. Por fim, não poderia deixar de agradecer ao padre Castro por ter acolhido com carinho o Padre Luiz e todos os seus irmãos de fé.

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