Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

O Ambientalista e o Idioma Verde (I)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Acompanhando de perto a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, denominada de Rio+20, realizada entre os dias 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, assim conhecida porque marcam os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), entendo, por mais que tenha existido confronto de ideias esta conferência deverá contribuir e muito para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. O objetivo da Conferência era a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes e foi daí que me veio à mente de elaborar este artigo, que será publicado em tópicos separados e que usarei de forma cronológica o idioma verde (ciclo de vida, desenvolvimento sustentável, ecologia, efeito estufa, externalidade, orgânico, passivo ambiental, pecuária, pegada ecológica, reciclagem, verde e responsabilidade social) por tratar-se de um tema bastante importante e salutar para o meio ambiente.
 
 
O ambientalista há décadas vem procurando não só mudar a consciência do ser humano, mas, também os modos de fazer negócios. Nesse ínterim reciclou a linguagem, alterando o sentido de velhas palavras e criando novas expressões. Construiu-se um glossário básico para melhor entendimento das conversas atuais muitas delas usadas na Rio+20. A primeira palavra chamada “ciclo de vida” foi criada de um produto oriundo de uma metodologia complexa que procura determinar seu impacto ambiental total “do berço à cova”, isto é, da matéria-prima ao descarte (ou reciclagem, quando houver), passando por manufatura, distribuição, uso e manutenção. Ela está para os métodos tradicionais dos relatórios de impacto ambiental como a física quântica está para a física de Newton. Já o adjetivo “sustentável” existe há séculos, mas, como termo corrente do vocabulário econômico e ecológico, a data que aparece em sua certidão de nascimento é 1987. O desenvolvimento sustentável foi o signo sob o qual transcorreu a Rio 92. Seu principal problema é, ainda hoje, ser uma daquelas belas ideias com as quais todos concordam, mas que se tornam um vespeiro na hora do desdobramento em medidas práticas. A atual pegada ecológica da humanidade aponta para um longo caminho à frente.
 
 
Outras palavras que passaram a estrear no dicionário do ambientalista foram ecologia e efeito estufa, a primeira criada para designar o nascente estudo das relações entre seres vivos e meio ambientes. Esse primeiro registro do elemento “eco” como formador de novos vocábulos dotados de uma aura ambientalmente correta, como em ecoturismo, ecodesign, ecoeficiência etc. Abusaram tanto do truque que um dos tiros acabou saindo pela culatra: nasceu o ecochato. A segunda, denominada de efeito estufa, há quem imagine que ele é um problema. Na verdade, trata-se de um fenômeno — proposto como teoria pelo físico francês Joseph Fourier em 1824 e mais tarde confirmado experimentalmente — que viabiliza a vida na Terra. Os gases do efeito estufa  devolvem à superfície do planeta parte do calor que, na ausência deles, se perderia no espaço. Ocorre que esse efeito vem se intensificando com a concentração crescente de dióxido de carbono, metano e outros gases na atmosfera, resultado da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. Como consequência, a temperatura média do planeta está em elevação. É um fato. Mas existem  entre os cientistas vozes relevantes que pedem cautela em torno dos reais efeitos do aquecimento global e de como o ser humano o provoca. Assinado em 1997, o Protocolo de Kyoto representou um primeiro passo diplomático no sentido de controlar a emissão global de gases do efeito estufa. O maior problema é que os Estados Unidos, um dos países campeões da poluição, não o ratificaram.
 
 
Quanto à palavra externalidade, trata-se de uma espécie de efeito colateral da geração de riquezas: um custo  ou benefício que a produção de determinado artigo acarreta para terceiros e que, pelas leis do mercado, jamais se refletirá no cálculo de  seu valor. Externalidade podem ser positivas ou negativas. No primeiro caso, um bom exemplo é um investimento eficiente em educação pública, que tem diversos tipos de impacto salutar na comunidade em torno da escola. A externalidade negativa mais típica é a poluição. Fórmulas legais como as do passivo ambiental têm se esforçado por “internalizar” tal custo, isto é, incorporá-lo à economia da produção.

Assim, ao finalizar este primeiro tópico, onde foram relacionados cinco idiomas verdes, chega-se à conclusão de que apenas o "possível" venceu a falta de consenso e de disposição para desembolsar recursos em nome do desenvolvimento sustentável, e a Rio+20 terminou sob críticas, de falta de ambição e à sombra da crise econômica internacional.

A hora e a vez de Augusto Matraca

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ao ler esta crônica peço aos queridos leitores para não confundir o título acima com um filme nacional rodado nos cinemas há mais de trinta anos, ou mesmo com um instrumento de percussão formado por tabuinhas movediças, ou argolas de ferro que, ao serem agitadas, percutem a prancheta em que se acham presas e produzem uma série rápida de estalos secos. E se você já passeou numa mata fechada pode ter a certeza de que também não é aquela ave passeriforme da família dos famicarídios que habita no sudeste do Brasil.

Esta crônica também não é destinada a falar sobre a matraca, um instrumento muito usado na roça para o plantio de sementes. Hoje, este nome que passou por várias gerações, o povo sarcasticamente o usa de forma pejorativa e até cômica como meio de separar as pessoas educadas, responsáveis e éticas, das tagarelas, das faladoras e daquelas já apelidadas de “matracas”.

A história que vou contar de forma ficcional, foi extraída de fatos que a gente lê e vê em jornais, rádio e televisão, onde pessoas se aproveitam e espalham notícias truncadas, espalhafatosas, sobre crimes de colarinho branco, improbidade administrativa, sequestros, corrupção, e outras nuances, e que se eu tivesse que descrevê-las, uma a uma, gastaria mais de uma página para concluir este artigo.

O Augusto, personagem desta história, era um político que se achava um cara respeitado, de ilibada conduta, ético, venerado, o magnífico, o máximo... Ninguém ousava contrariá-lo ou subjugá-lo porque se isso viesse a acontecer, esse alguém estava perdido... Lembro-me bem. Era uma tarde de sábado e o sol quente descia manso no horizonte iluminando aquele pedaço de chão poento de uma rua periférica. Naquele dia estava encostado num balcão de um bar quando ouvi um grupo de pequenos agricultores dialogando sobre política e das mazelas praticadas por autoridades públicas e empresariais. Fiquei ali, quieto, prestando atenção naquele debate popular, até certo ponto caloroso, naquela pequena mesa de bar.

No canto esquerdo, com um pito de cigarro de palha no canto da boca e com o rosto já carcomido pelas intempéries do tempo, um senhor de cabelos grisalhos, aparentando ter cinquenta e poucos anos de idade fez um breve comentário e depois perguntou a outro que se encontrava ao seu lado direito:

- Sabe Zé, já num guento mais ouvir falá de política. Logo de manhã, quando ligo o meu radinho de pilha, só escuto falação contra governo. É cobrança prá cá, é cobraça pra lá e eles nem dão chance pru home se defendê. Num dão tempo nem pró governante cumpri suas promessas. Mas também num pudemos deixá de dizê que tem político meteno a mão nos cofres públicos, e alguns, até em dinheiro dos próprios companhêros. E quando a gente pensa que tudo vai acabá, vem outro assunto: a tal de CPI. Que coisa sô! Aonde vamos pará?

- É Mundin, a coisa tá ficando feia mesmo! Veja quantos home foram derrotados por causa disso. Num respeitaro o povo e levaro “tinta”. Eles acham que somos bobos. Bem que existem alguns que votam mal e acabam mantendo os políticos corruptos no poder.

- E o caso do “Mensalão” que foi uma troca de propina danada no governo Lula, será que o povo vai isquecê? – perguntou o Zé.

-É. Penso que não! Se eles estiverem achano, vão levar “tinta” também. – Respondeu Quincas.

- Cumpadi Mundim, tem muito político também falano demais por aí. São aqueles que chamamos de “matracas”, pois falam até escumar o conto da boca e nada produzem para o nosso Brasil. Num apresenta proposta concreta de mudança. Só falam, falam... e muitas vezes, até oram agradeceno a Deus pelas propinas recebidas em razão das “negociatas” de seus superiores.

- Concordo cocê Quincas.  Só falam e realmente num apresenta nada de novo. Muitos usam a pobreza para angariar votos, dando-lhes míseras ajudas, mas esquecem de que todos querem é trabalhar, um emprego digno para sustentar suas famílias com seus próprios esforços. Serem úteis à sociedade em que vivem.

- Ocêis têm razão, a hora e a vez dos “matracas” e corruptos estão chegano. Espero que desapareçam com essa tal CPMI da “Cachoeira”. Espero que todos se atolem até o pescoço nesse poço de lama!

- Uái! O que é isso sô? – Perguntou Chico que ainda estava quietinho noutro canto.

- Ocê num tá ouvino falá no home que dominava o jogo dos bingos e tava comprando todo o mundo prá se aproximá do podê? – Interceptou Quincas.

- É cumpadi Quincas, ouvi sim, mais me confundi. Pensei que estavam falano da pequena queda d’água lá da minha fazenda. Estou falano “queda d’água” porque se falá a palavra “Cachoeira” dizem que se alguém escutá ou gravá pode nos dedurá na CPMI.

- Onti, assisti a uma caminhada de uns home e muiés jovens, com as caras pintadas e usando uns narizinhos de palhaço. Faziam um barúi danado e até pararam o trânsito que já é caótico, deixando muitos motoristas nervosos que os chamavam de “baderneiros.”

- Chico. – Disse emocionado o boiadeiro Amaro, filho de Quinas, formado em veterinária. – Muitas vezes eles pintam o rosto e usam nariz de palhaço para esconder suas verdadeiras identidades. Alguns deles são assessores de políticos adversários do Governo. Há interesses escusos detrás destas manifestações. Pode observar que ao invés de falarem em combater a corrupção de um modo geral, atacam somente uma pessoa e esquece que outros, filiados de seus próprios partidos, fizeram e fazem parte de um esquema de corrupção que vem ocorrendo no Brasil. Além de um apagão moral e ético sem precedentes, está ocorrente também um apagão de ideias. Não é indo às ruas pedindo a saída somente de “fulano” ou “sicrano” que vamos moralizar este País. A coisa é mais séria do que aquilo que pensamos. Temos que fazer uma “varredura” e eliminar este vírus corruptivo que está contaminando o Brasil.

O tempo passou, a noite tomou o dia e o céu ficou pintado de estrelas. No bar, agora iluminado por lâmpadas de mercúrio, eles nem contabilizavam as garrafas vazias de cerveja e continuavam discutindo. Enquanto trocavam “ideias”, imagens iam e voltavam na velocidade da luz, trazendo à minha mente algumas situações políticas vivenciadas no passado e que, de algum modo, me fez enxergar na maneira simples daqueles trabalhadores rurais, que o povo tinha razão. Numa mesa ao lado, também nem tinha percebido. Estava Augusto, mais conhecido como “Matraca”, político astuto, um “manda chuva”, que se considerava o maior, arrotava ética e dizia possuir uma conduta moral impecável, mas naquele momento estava cabisbaixo, com o olhar absorto e semblante pensativo. Observei que ele ouvia atentamente o bate-papo daqueles humildes trabalhadores, que demonstravam muito conhecimento e bastante discernimento político, por mais que a língua portuguesa fosse maltratada durante aquela discussão acalorada.


Augusto, com certo receio de ser reconhecido, pediu a conta, pagou com cheque como de costume, talvez sem o formato de um bumerangue e saiu de mansinho. Pelo semblante preocupado, observei que as palavras daqueles senhores tinham tocado profundamente sua consciência e sensibilidade, afinal, até pouco tempo, ele detinha pleno poder, mas, agora, estava ali, sozinho numa mesa de bar, sem a atenção e olhares daqueles que outrora o acompanhava e bajulava e que, muitas vezes, suas ações, boas ou ruins, dependiam de sua astúcia.

Blackout ético e moral

terça-feira, 12 de junho de 2012

O que vem acontecendo no Brasil nas últimas décadas é uma guerra em busca do poder. Não falo só de guerras com armas que já extrapolam os limites da tolerância, mas sim, guerras de palavras onde existem pessoas capazes de falar mal de outras e sequer sentem suas almas possuídas; usam de artimanhas e subterfúgios para safar-se de coisas que cometeram no passado, coisas nocivas à sociedade, das quais o PT e Lula se valeram para vingar-se da denúncia feita por Marconi, quando naquele ano, informou pessoalmente ao Presidente Lula sobre o assédio financeiro do Palácio do Planalto, em que os deputados federais, entre eles alguns goianos, votassem contra o Impeachment do Mensalão. Lula não perdoou Marconi que apenas quis alertar sobre as propinas oferecidas, talvez “desconhecidas” pelo Presidente. Depois, durante as eleições para o Governo de Goiás, Marconi Perilo venceu Lula e todo o aparato do Governo Federal que foi colocado à disposição dos aliados em Goiás, o Prefeito de Goiânia; o candidato da oposição, por sinal meu xará e o próprio Governador de Goiás, Dr. Alcides Rodrigues, que se tornou um adversário ferrenho. Uma derrota vexatória que deixou Lula irado, e hoje, com o “poder” na mão usa a imprensa para vingar-se, denegrir a imagem do Governador, distorcer fatos em desfavor de adversários e desafetos políticos, cujos atos muitas vezes passam o limite do imaginável.

 Nestes últimos dias assistimos a imprensa dizer que o ex-presidente Lula está “orquestrando” por detrás das cortinas já manchadas de corrupção, espalhando notícias maldosas que são veiculadas pela rede televisiva, e espertamente, abre as comportas da Cachoeira com o objetivo de submergir o julgamento do Mensalão e com isso, como disse o nobre jornalista Batista Custódio no seu artigo “Chicote de Deus”: “Manter a barragem represando até que se evaporasse na CPMI do Cachoeira toda a água suja que a Presidenta Dilma trouxe à tona com as faxinas nos Ministérios no leito do Governo Petista que transformaram o PAC em Plano de Aceleração da Corrupção”. Por outro lado, é publico e notório que Lula usa de artifícios ardilosos com o fito de destruir politicamente o Governador Marconi Perilo, esquecendo-se de observar que o seu telhado também é de vidro. Ao encenar no seu teatro que se encontra em lugar incerto e não sabido, não olha para o seu próprio umbigo, onde o povo brasileiro sabe que estão depositados os resíduos do “mensalão”, em cujo processo de julgamento, ele e os seus companheiros petistas, fizeram de tudo para inviabilizar. Destarte, também é de conhecimento público que Lula tentou até chantagear o Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal para que não fosse realizado esse julgamento, denúncia esta, bastante divulgada pela imprensa nacional. Depois, incitou a criação da CPMI, e ao que parece, mas uma vez o seu tiro vai sair pela culatra, pois aquela Comissão decidiu além da abertura de escutas telefônicas de todos os políticos e empresários envolvidos, também de todos os Diretores da DELTA e auditagem de todos os processos de licitação que envolveu essa Empresa e o Governo Federal, que todos sabem é detentora de todas as obras do PAC. Desta vez parece que vai se enterrar de vez a sua arrogância e perseguições. As suas lamúrias roucas e suas orelhas moucas certamente depois do julgamento do “mensalão” deixarão de ser insensíveis.

Ele não é intocável e nem bobo, mas, o povo que está acompanhando de perto também não é bobo. Está cansado de tantos desmandos e vai acabar com esta "manobra" pouco democrática e também com a palhaçada que vem ocorrendo no Brasil. Descrente, decepcionado e desmotivado com a política brasileira, não me restou alternativa senão em escrever este artigo em que tive que usar um tom mais drástico e até sugerir ao eleitor que comece a desvendar o mistério que vem causando este blackout ético e moral para que possamos pelos menos, injetar pequenos retalhos de luz na escuridão. Aliás, existe a lei da “ficha limpa” onde o eleitor deve se valer mesmo sabendo que um dia o seu candidato, se eleito, poderá se desvirtuar e vir fazer parte do rol de políticos corruptos ou corruptor. Por outro lado, faço um apelo aos eleitores que analisem com cautela a ficha ou vida pregressa de cada candidato. Procurem interpretar com mais clareza e sensibilidade os noticiários e artigos veiculados em jornais. Procurem um melhor discernimento daquilo que certas pessoas e algumas empresas jornalísticas pretendem chegar. Ultimamente o que se vê é blindagem do Governo Federal em favor de gente do PT e PMDB, desde o caso do “mensalão” e outras mazelas que vêm sendo praticadas até hoje.

Pesquisando no dicionário Aurélio encontrei a palavra moral que quer dizer um conjunto das regras de conduta consideradas como válida, e a ética, um estudo dos juízos de apreciação da conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal. Então, o que mais me preocupa não é a iminência de um apagão de energia, ou da agricultura e pecuária, da indústria nacional, da infraestrutura sucateada, da educação precária, da saúde que está um caos, da segurança que não protege ninguém, nem o definitivo apagão das instituições moribundas, nem o vexame internacional e assassino do apagão da aviação comercial, nem o apagão de ideias, como se viu na campanha para a Presidência da República e tantos outros “apagões” que recheiam o cotidiano das páginas dos jornais, mas sim, o “blackout” moral e ético que está escurecendo a nação.

Prova disso é a Presidenta e o Vice do Supremo que foram assaltados à mão armada na Linha Vermelha carioca, como se isso fosse rotina. E a absolvição deslavada de deputado suspeito só porque estava acamado e outro futuro representante do povo sendo preso antes de tomar posse. E as prisões de vereadores e Prefeitos corruptos em uma pequena cidade do interior. E o dinheiro colocado na cueca, vocês esqueceram! E os cem mil reais repassados por Cachoeira ao Deputado Federal Rubens Otoni do PT, que foi filmado e gravado. E as peripécias do Governador de Brasília, Agnelo Queiroz e sua assessoria, todos do PT, mas, parecem blindados pela própria Comissão, pois a maioria dos membros apoia governo federal. E o próprio presidente da CPMI e alguns de seus membros acusados de contratarem funcionários fantasmas. Como acreditar numa Comissão onde participam políticos que no passado foram execrados pelo próprio PT e acusados de corrupção. E o PT loteando cargos para seduzir o PMDB, e todos achando que isso é normal, que faz parte do “jogo político”. E o STF derrogando a cláusula de barreira e sepultando de vez a reforma política que nem começou. Dá para ficar calado!

E os juros indecentes, a falta de poupança para investimentos; o real valorizado e o crescimento pífio, que nos ancora na pobreza e no subdesenvolvimento da grande Goiânia e que poderá empobrecer o Estado de Goiás, tão bem administrado por Marconi Perilo e não sou eu que afirmo isso, é o pagamento em dia dos servidores e de empreiteiras, assim como, o próprio PIB goiano que fala por nós, destacado em revistas de economia, nos jornais, rádio e televisão. O que está acontecendo é um distanciamento cada vez maior da sociedade civil e militar e a sua despreocupação com o futuro, não se implantando com urgência um projeto que salve o Brasil do fosso nojento e talvez insuperável que cavamos e continua sendo cavada por esta política rasteira que faz do nosso País um dos poucos do mundo onde a perspectiva é pior do que a realidade.

E a falta de briga, da complacência, do aceitar passivamente a guerra civil que está nas ruas e no campo, que o império vai ficar nas mãos dos bandidos, que o mal venceu o bem – sem que se esboce qualquer contra-ataque pra valer. É a ausência de uma oposição verdadeira, articulada, competente, mas, sem as manchas daqueles que usufruem o poder.


Mas o que me preocupa mesmo é o apagão moral e ético sem precedentes que vem assolando o Brasil. Os políticos de bem têm que intervir, a justiça tem que sair de sua morosidade, deve julgar e prender os culpados. A polícia prende e a justiça solta sob a alegação de falhas no Código Penal que está defasado. Precisamos de uma legislação Penal mais rígida, pois a criminalidade no Brasil é aterrorizante. Pessoas matam sem pena ou dó, esquartejam apenas para sentir o gemido do desafeto. O País não pode ficar nas mãos desses criminosos, bandidos, corruptos e corruptores. A imprensa tem que se tornar responsável ao veicular uma notícia, pois qualquer ato seu, ou divulgação infundada, com objetivos escusos ou premeditados, poderá prejudicar um Estado promissor, o seu crescimento econômico e sua própria gente. Será que teremos de acender a luz no dia das eleições para sairmos dessa escuridão, ou continuar assistindo o apagão ético e moral que domina o nosso País?

O catador de lixo

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Numa manhã de segunda-feira ao caminhar no bosque do Lago das Rosas observei por alguns minutos um catador de lixo que manuseava com maestria um espeto de ferro pontiagudo e com o semblante irado ia perfurando os lixos, um a um, deixados sobre a grama. Dentre eles, copos, garrafas, sacos plásticos, fraldas, preservativos, tocos de cigarro e outros materiais descartáveis que os visitantes do ZOO e usuários do parque jogavam naquele local aprazível. As caixas coletoras de lixo fixadas em toda a área eram desprezadas pelos “sujismundos” que naquela manhã provocaram a minha indignação e a ira daquele catador de lixo. Não obstante se encontrar carrancudo em face das mazelas humanas me aproximei daquele humilde servidor municipal, falei do meu respeito aos catadores, do importante trabalho que desenvolvem prol do meio ambiente e depois, perguntei-lhe:

- Quantas horas você leva para retirar todo este entulho esparramado no parque?

Olhando-me de soslaio, disse: - Doutor, todas as segundas-feiras são assim: É lixo para todos os lados! Os visitantes do parque deviam ter educação e não jogar lixo nas gramas e calçadas, até porque existem muitos coletores de lixos junto às trilhas construídas no parque.

Fiquei pensativo por instantes e depois complementei:

-Você está com toda razão. A pessoa humana precisa se educar em relação à preservação da natureza e do meio ambiente em que vive. Não só jogar o lixo no lixo, mas também saber cuidar e preservar que é salutar a sobrevivência do nosso planeta. Prometo que vou escrever para o jornal, falar sobre o assunto e fazer um trabalho educativo no parque.

Hoje volto ao assunto lixo, mas desta vez não vou reclamar dos catadores que passavam pela minha rua e rompiam os sacos que a gente coloca nos containers para serem recolhidos. Ao contrário, vou falar da pessoa humana que não dá a mínima para a conservação e preservação do meio ambiente; vou falar aqueles que frequentam o parque; vou falar dos moradores e comerciantes que jogam entulhos na rua sem a devida proteção, assim como, dos trabalhadores que prestam serviços para o poder público que recolhem o lixo, uns devidamente protegidos em sacos outros não, pois não sei se em todo lugar é assim, mas aqui em Goiânia a coisa anda meio braba.

O caminhão do lixo passa aqui na minha rua à noite. Aliás, de madrugada, pois é lá pelas duas horas ou mais, sei lá! Não tenho relógio na cabeceira de minha cama. Acontece que o caminhão para quase em frente ao prédio onde moro e os trabalhadores, motoristas e os homens que recolhem os sacos de lixo, fazem um barulho danado, um pouco demais para o horário: o caminhão fica, às vezes, mais de dez minutos na quadra girando. e por um bom tempo o motor fica ligado, acelerado. Penso que estão compactando o lixo, mas acho isso muito demorado. Também falam muito alto, enquanto vão jogando o lixo no caminhão. Eles estão trabalhando e respeito isso, mas as pessoas em volta deles trabalharam o dia inteiro e estão dormindo para logo em seguida acordarem e irem para o trabalho de novo.

Além disso, já vi mais de uma vez o lixeiro pegar o saco do container e derramar o conteúdo, detritos que já cheiram mal e ficam lá para a zeladora do prédio recolher no dia seguinte. E olhe que o síndico estabeleceu horários para colocar os sacos de lixo, o mais tarde possível, para que ninguém, nem pessoas nem animais possam romper os sacos.

É possível romper o saco, mas todas as vezes que recolhem às pressas, vai soltando detritos pelas ruas e isso, ao invés de esvaziar a nossa indignação nos deixa é de “saco” cheio! Numa segunda-feira ao chegar de madrugada por surpresa minha, lá estavam os recolhedores de lixo. Fiquei observando até que o motorista fizesse a manobra. O lixeiro pegou o saco com certa violência e ele rompeu, derramando lixo pela calçada, depois, ele apanhou um saco pequeno fechado e o resto ficou.


É importante salientar que eles não estão fazendo esse serviço de graça para a população, nós pagamos bem caro pelo recolhimento do lixo. Então o serviço deveria ser prestado com mais profissionalismo, com mais cuidado, com mais boa vontade como faz aquele catador de lixo do bosque. Ah, diria alguém, mas eles estão trabalhando de madrugada, quando poderiam estar dormindo. Mas como recolher lixo durante o dia com esse trânsito infernal. Seria uma catástrofe! Ademais, eu também trabalhei muito tempo de madrugada, mas fazia o meu serviço bem feito. Porque todo trabalho precisa ser feito, bem feito e todo ser humano tem que colaborar com a limpeza da cidade não jogando lixo nas ruas e calçadas, e em fazendo assim, está respeitando e ajudando na preservação da natureza.

 
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