Diário da Manhã, porta voz da liberdade.

segunda-feira, 30 de março de 2015


O valor de um povo está nas causas que abraçam, nos projetos que constroem em prol de sua comunidade. Na história de sua luta que sabemos insana em prol da democracia plena, carregam o suor, lágrimas e alegrias proporcionadas quando consegue ter um espaço num jornal para poder se manifestar, alcançar objetivos, defender e conseguir benefícios em prol de um povo sofrido. Quanto mais restrições impõem à liberdade de expressão, no mesmo montante desejamos vê-la restabelecida, assim como, da mesma forma ansiamos por vivê-la. É bem verdade que cada um sente e entende a liberdade à sua maneira, mas o importante é que todos concordam num ponto: a liberdade é uma das mais preciosas e belas dádivas em nossa vida. Em última análise, para não sermos desumanizados, precisamos de liberdade, de justiça, de paz. Tudo isso está relacionado, na vida de cada homem e na existência de toda a humanidade. 

O jornal Diário da Manhã criou um caderno especial, intitulado 56 nos de liberdade, estampando obras riquíssimas, quadros e esculturas de renomados artistas goianos que teve o condão de abrir novo horizonte de liberdade de imprensa. A cada edição ficava surpreso quando via estampada fotos de muitas pessoas amigas, artistas consagrados, já com os rostos carcomidos pelas intempéries do tempo, olhos perdidos na escuridão de seu próprio ser, mãos calejadas e cabeças tomadas pela calvície, mas estavam ali firmes, manuseando os pincéis da liberdade. É o passar  dos anos que os tornaram assim, mas, o importante é que eles continuam com suas mãos mágicas, ora massageando o barro, ora os pincéis, enfrentando  as adversidades e as intempéries do  tempo em busca daquilo que lhes dão prazer: a pintura, a escultura.

Conheço a maioria deles, pois faço parte deste glorioso movimento da arte e, mesmo não usando os pincéis, procuro ser parceiro através da escrita, elogiando ou não, mas levando o meu apreço a estes baluartes que com suas obras contagiam a todos. Nutro por  toda a classe uma profunda admiração, porque durante este lapso de tempo os vejo carregando suas telas, ora pra ali, ora prá acolá, expondo, às vezes com dificuldades, em vários locais de Goiânia e até fora do Estado de Goiás. Não quero aqui destacar obras ou nomes daqueles cujas fotos foram estampadas no jornal porque pode me falhar a memória, mas como disse numa crônica anterior: “... devo pedir desculpas por não citar os nomes dos artistas goianos que passaram pela coluna do Diário da Manhã que são muitos, pois a página que ele me cede é pequena e não caberiam todos os nomes. Se entenderem que a arte é uma coisa imprevisível, uma descoberta, uma invenção da vida, abstrata ou não, que nos move, nos eleva, nos transporta a um mundo surreal, é lógico, nos deixam encantados e fascinados pela vida, então, apenas peço que usem o mundo da imaginação e façam de conta que os seus nomes aqui citados estão”

Hoje, a corrida do Diário da Manhã não é contra o tempo. É com o tempo. Sabe que o futuro é agora, o presente já é quase ontem e o passado é a história construída por cada uma deles ou de nós articulistas. O jornal abriu espaço com título “Opinião Pública”, e para os artistas goianos, um caderno especial, então, é momento de todos usarem de sua sabedoria, pois quando se lutam com sabedoria, tem sempre o tempo a favor. Mesmo nas horas mais difíceis, em momentos de turbulências e vendavais; diante das mais terríveis tormentas e tiranias sociais, e agindo com coerência,   respeito mútuo e sensatez, todos sairão fortalecidos, porque o saber está para o ser humano como está para o vinho. E que a luta do Diário da Manhã, seus ideais e projetos sejam vitoriosos, rumo a um tempo de união e paz que hoje se frutifica e que cada semente possa fortalecê-lo, como seus abnegados editores, que sem picuinhas e notícias truncadas, e com seu grito de liberdade, continue proporcionando a sociedade o direito de defesa, o legítimo trabalho, dignidade e solidariedade entre os homens, como já se vislumbra há tempos em todas as suas edições. 

O Diário da Manhã, como seu projeto inovador, tornou-se o porta-voz daqueles que se sentem injustiçados, abrindo as comportas para que todos se manifestem, sempre lembrando o momento do reencontro do passado, presente e futuro com uma história de luta e sofrimento, defendendo a liberdade de imprensa, deixando de ser massa de manobra, de rastejar como cobra e impedida de usar  o saber em prol de seu ideal democrático.



2 comentários:

  1. Magnifica a forma que o autor coloca sua ideia e ideais. Parabéns DM. As comportas se abrirão deixando um rastro de humanidade, cultura e arte!

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