Mulher de
sorriso radiante, inquieta, que adora ler, escrever e ligar para os amigos com
a atenção que lhe é peculiar. Quem a conhece reconhece que ela tem seu próprio
modo de ver e viver a vida. Parece demonstrar com a sua inquietude que nunca
tem tempo, mas tem a capacidade de fazer o tempo parar e realizar seus
intentos, sonhos, escrever poesias que nos encantam. Faz-nos afogar em seus
versos sutis, leves e soltos, aliás, como poetisa, sabe muito bem o que quer.
Seus versos são precisos, ritmados, melodiosos, de uma métrica poética
surpreendente, cuja mente sempre tranquila, põe-se a rir das mentiras que a
fama lhe traz, enquanto os seus belos olhos que parecem feitos de água, fazem
refletir sobre as letras, variadas cores, rima e ritmos, formas e proporções
exatas, mesmo das coisas que um letrado desconhece.
Umbelina tem um olhar forte, vibrante, um sorriso encantador que vira
aos avessos aqueles que a conhece, assim como aos incautos, aqueles
desprevenidos, desprovidos de cautelas, ingênuos, que se tornam meros opostos,
mas os que a conhece de perto, sejam avessos ou opostos, sabem que ela é
determinada a ponto de tempos idos sacar um revolver e intimidar uma desafeta,
como ocorreu na cidade de Sítio D’Abadia, mas por outro lado, sabem ser ela
possuidora de um coração generoso, cheio de sonhos, sonhos de poetisa, sonhos
de mulher antenada que vive olhando sempre pra frente, atuante, inteligente,
dinâmica. E quando entardece,
creio que, no entremeio do pôr do sol e do nascer da lua, ela libera o seu dom
especial, deve versejar silenciosa em seu canto, deve compor e até escutar
canções que marcaram a sua juventude e a sua própria vida, misturando-se nesse refúgio
não coloquial, o amor e o carinho tão profundos como se ela estivesse vivendo
em tempos primaveris. É simples, é forte, uma mulher cujo rosto o maldoso tempo
tentou carcomer, mas, esperta, safou-se dele e manteve-se sempre altiva, vivaz.
Mulher dos anos 30, mas de idéia contemporânea, jeito moderno e que sabe viver
a modernidade.
Ela sempre
teve, tem e mantém um ar sapeca, mas pose de mulher, olhar penetrante pra quem
agüenta, porque muitos por aí não conseguem encará-la, olhar olho no olho, dado
o seu semblante sempre alegre, educação peculiar e encantamento. No coração
dela acho que sempre coube e caberão sempre mais e mais amigos, mas imporá
respeito pelo seu jeito firme de falar e decidir; respeito logo nas primeiras
palavras, pois nunca se atrapalha nos passos, mesmo não tendo mais tenra idade.
Enche nossos olhos e ouvidos com sua alegria, tem o dom da amabilidade, que é
pra poucos. Cuidadosa e elegante ao extremo e cá entre nós, eu acho um charme!
Nasceu em 21 de agosto de 1935, na cidade de Januária, Estado de Minas Gerais,
é funcionária aposentada dos Correios, ex-vereadora na cidade de Sítio
D’Abadia, poetisa premiada, consagrada e reconhecida em cinco continentes,
cujas obras, homenagens e títulos são tantos que abstenho de relacionar aqui,
pois não caberá neste pequeno espaço de jornal. Mãe, avó, bisavó e sonhadora,
durante o seu lapso de tempo viu tudo se juntar de uma maneira misteriosa aos
olhos de quem não pode ver as maravilhas ocultas desse seu universo, e hoje,
como mero escriba, apenas resumo um pouco do que sei desses seus oitenta anos
de vida, bem vividos.
Acredito
que a fase dos 80 anos de Umbelina Linhares Pimenta Frota Bastos é infinita
dentro de seus finitos, fase que há possibilidade de falar e escrever
abertamente sobre tudo que acontece no seu e em nosso dia a dia; fase de falar
dos sonhos, das fantasias, das realizações e do intenso trabalho cultural e
intelectual que desenvolve, não só na cidade Inhumas, mas também em outras
cidades. Além da Academia de Letras, Ciência e Artes de Inhumas - ALCAI, onde
exerce a Presidência, ela é membro de outras entidades culturais de Goiânia e
do interior de Goiás. Suas obras poéticas publicadas, são, entre outras:
“Apenas uma Lembrança”; “As sombras do Jatobá”; “Loucuras de Poeta”; “Caminhos
de Pedras” e o famoso poema“ The Roses She did no have”, editado na Mangólia e
publicado na revista The Words Poets, Quarterly, na China, obra que recebeu o
prêmio de Honra ao Mérito Dennis Kann – OEA – AOHNA, pela Associação
Internacional de Escritores e Artistas Buffon College – Toledo – USA. Então,
para que ela continue no auge da fama e antenada, finalizo citando uma frase do
grande Charles Chaplin, apenas acrescentado mais estas palavras: escreva e faça
poesia: ”A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, escreva
e faça poesia, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a
cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Feliz aniversário!
Parabéns Vanderlan Domingos por belas palavras.
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