No dia
em que se noticiava a prisão do ex-presidente Lula apareceu na minha página do
FACEBOOK, entre tantas imagens, uma que me chamou bastante atenção. Era a
Secretária da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus de Aparecida de Goiânia.
No momento pensei que ela soltava fogos de artifício em comemoração à prisão de
Lula, pois o fato é que em toda a cidade acontecia um foguetório. No dia
seguinte eu a encontrei depois da missa e perguntei o porquê de sua euforia em
soltar aqueles foguetes. Ela soltou um leve sorriso e disse que estava
comemorando a decisão judicial proferida pelo Superior Tribunal de Justiça no
qual negava provimento do recurso interposto pelo Ministério Publico do Estado
de Goiás em desfavor do Padre Luiz, o qual, já tinha ganhado em 2.ª Instância,
decisão que reconheceu a atipicidade da conduta, determinando o trancamento da
ação penal, negando-se provimento ao Recurso Especial de n.º 1.643.325-GO
impetrado pelo Ministério Publico do Estado de Goiás.
Como tem
sido amplamente noticiado, durante o tempo em que o Padre Luiz Augusto ficou se
defendendo deste processo em que fora acusado de crime de peculato, onde o MP
alegou recebimentos sem a devida contraprestação de serviços e posse prévio do
bem móvel público, no entanto, o STJ decidiu que isso não se amolda na figura
típica de peculato e nem indicativos de que o dinheiro que lhe foi pago pela
Administração Pública foi realizado a título de depósito, guarda, arrecadação,
administração, exação, custódia etc. para posterior restituição, de modo a
caracterizar a mera posse temporária, única situação em que se poderia cogitar
a incidência de figura penal de peculato em desfavor do padre, ocorrendo em
razão com isso, apenas atipicidade da conduta.
Anos
atrás, eu escrevi mais de dez artigos no Diário da Manhã em defesa do Padre
Luiz quando o mesmo era bastante perseguido pelos próprios dirigentes da igreja
católica e inclusive sido penalizado pela cúria metropolitana com a suspensão
de suas celebrações na Paróquia Sagrada Família, que ele próprio reformou e
modernizou fato que até hoje não sabemos o real motivo, ficando ele proibido
por vários meses de realizar qualquer missa ou cerimônia religiosa. Apresentei
também em meu próprio nome uma reclamação perante o Conselho Canônico de
Brasília, onde juntei na petição todo o trabalho que ele realizava em prol dos
fiéis e de pessoas carentes e da própria igreja católica, inclusive, artigos
publicados por mim e outras pessoas respeitáveis de Goiânia, além é claro, a
juntada de muitos vídeos. A petição e toda documentação foi entregue em mãos
dos representantes legais em Brasília para análise e julgamento pelo Conselho.
Não obstante isso, com essa documentação protocolizada em Brasília, artigos,
vídeos e outros documentários que mostravam o trabalho agregador e o
quantitativo imenso de fiéis que participavam de todas as celebrações,
encaminhei também uma carta ao Papa Francisco contando sobre tudo que vinha
acontecendo na igreja católica em Goiânia, principalmente, no que concerne à
perseguição sofrida pelo Padre Luiz Augusto, cujos documentos enviados foram
enviados através de SEDEX os quais tiveram bastante receptividade na Santa Sé.
Hoje não
só eu, mas todos os fiéis e colaboradores da Paróquia Santa Terezinha do Menino
Jesus, em face da decisão do Superior Tribunal de Justiça deixaram-nos em
júbilo, com o dever cumprido e de alguma forma, acreditando na Justiça, e o
julgamento não tardou, assim como o reconhecimento de sua inocência. O
julgamento do padre Luiz Augusto considerando aquele tipo de acusação foi
constrangedor pra todo o mundo, mas jamais nos deixamos de acreditar nele e nem
ter medo ou viver com medo, pois sabíamos das justas e limpas mãos dos
aplicadores da Lei.
Toda vez
que um membro da máquina católica é julgado, os bons vencem novamente, como
venceu padre Luiz. No decorrer do processo jamais nos esquecemos de uma coisa:
a lei do retorno tarda, mas não falha. Então, nunca faça com os outros,
principalmente a aqueles que ajudam ao próximo, sem olhar a quem, dava o seu
salário para manter entidades assistências criado por ele e que são
reconhecidas pelo Goianiense. Isto são fatos e eu não gostaria que fizessem com
você, se acusado injustamente. Ás vezes gente até acha que está fazendo a coisa
certa e nem nos damos conta que estamos prejudicando alguém. Por isso antes de
tomar qualquer atitude diante de uma situação que envolva outras pessoas, pare,
reflita e pergunte a si mesmo: e se fosse eu?
Tem
gente também que diz que a felicidade tarda mais não falha e que algum dia
todos serão feliz, mas desta vez também não falhou, talvez seja verdade, mas
ninguém disse se essa tal felicidade viria em vida ou em morte. Eu tive a sorte
de assistir felicidades estamparem em rostos, mesmo sem ela vir até mim, sem
nenhum aviso prévio, talvez tenha sido a minha maior surpresa nesses poucos
anos, porém bem vividos, Então, pare, pense reflita, não importa sua idade, se
é católico ou não, acredito que você seja essa palavra que tantos procuram e
muitos se vão sem ao menos saber o seu significado, principalmente quando nela
vem estampado; a justiça tarda mais não falha e muitos menos a felicidade, se
você agir sempre de boa fé.
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