
À bem verdade se analisarmos sob a ótica do bem servir, há locais onde impera o tratamento humano e justo, aquele que toda pessoa gostaria de receber ao adentrar num órgão público e ser atendido por um educado servidor. É raro, mas ainda encontramos servidores dedicados, criativos, atentos e sensíveis aos reclamos daqueles que os procuram e isso se torna um bálsamo para a vida. Alguns parecem ter sido talhados para o serviço de atendimento ao público, principalmente daqueles que os procuram sedentos de uma informação que lhes venham proporcionar a tranquilidade e a garantia de que receberão do setor público, além do respeito aos seus direitos de cidadão, respostas prontas e apropriadas de forma que se evite a impaciência, o estresse e emoção.
Todavia, nem sempre o brasileiro que procura aos postos de atendimento não só da Previdência Social como de outros órgãos públicos é tratado como merece. Os maus tratos, o desrespeito à condição de angústia e ansiedade por uma resposta clara, a demora no atendimento, a morosidade para dar um parecer e até mesmo a recusa a requerimento que é um direito constitucional, são práticas que infelizmente ainda são comuns. E talvez por conta disso, não nos cause mais tanto espanto quando olhamos para o lado e notamos que, em meio a uma fila de pessoas aguardando atendimento, em pleno horário de expediente, um "servidor", de forma displicente, desatenciosamente, manuseia o computador com desleixo e preguiça.
Chega a ser irônico, se não fosse trágico, mas, felizmente, há muitas exceções. Em muitos casos, principalmente quanto aos segurados da Previdência, estes precisam ter realmente muita paciência para receber o benefício a que fazem jus. Esses segurados precisam ter paciência quando um médico perito conclui pela sua "alta" ou não sob a alegação de que ainda está apto ou inapto para o trabalho. Paciência deve ter também os trabalhadores autônomos e os informais quando ao buscar informações a respeito de seus direitos, receberem a informação, talvez equivocadamente ou por falha do sistema, de que não são segurados. Daí, entendermos que cumpre aos setores competentes do INSS assegurar o direito à informação e o direito de requerer o que lhes seja de interesse, em obediência estrita ao art. 5º da nossa Carta Magna; que lhes sejam informado e assegurado o acesso aos benefícios do sistema, com a premência que a subsistência das pessoas exige. Ninguém vai ao INSS pedir empréstimo para ir aos EUA ou qualquer outra parte do mundo: o benefício que se postula se transforma em pão, leite, aluguel, remédio: bens de primeiríssima necessidade e de sua própria subsistência
Sei que há muito a se fazer, ainda, para se chegar a um patamar digno de proteção social, entretanto, em relação ao meu caso específico – licença médica, e de tantos outros pedidos presenciados no posto de atendimento do Setor Universitário, restou-me, como não poderia deixar de ser e até por questão de reconhecimento, testemunhar neste pequeno artigo de que fui bem atendido, destacando, a priori, a atenção dada pelo experiente servidor, o aquariano Moisés Pereira Sousa, que sempre carrega um sorriso nos lábios e distribui à aqueles que se enfileiram diante de seu balcão. Não poderia, destarte, de enaltecer também as prestimosas atendentes Elsa e Lúcia que me encaminharam ao educado e competente médico e perito Dr. Carlos da Cunha, a quem louvo nestas páginas o meu respeito, agradecimento e admiração. Pude constatar, ainda, sob a ótica do bem servir, que todos os servidores distribuídos naquelas escrivaninhas, eram compenetrados e dotados de muita paciência, os quais muitas vezes não recebiam a mesma reciprocidade do segurado, não obstante entender que deveria existir essa reciprocidade, pois sabemos que não é fácil trabalhar atrás de um balcão, manuseando nomes, datas, valores e vidas através de um sistema arcaico e computadores defasados para atender um público sedento de informação eficaz e muitas vezes com saúde precária e nervos à flor da pele.
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