Tinha um
amigo que lutava vale-tudo, karate e judô. Mesmo com um corpanzil avantajado
sofria impactos violentos quando o adversário conseguia jogá-lo sobre o tatame.
Nessa luta se via realmente o verdadeiro golpe. Qualquer lutador vence
aplicando diferentes tipos de golpes. Uns são certeiros, outros não. No
entanto, dada as diversidades de golpes, é claro que existem aqueles em que há
tramas protagonizadas entre indivíduos, ou seja, alguém caiu no golpe do
sequestro; alguém que promoveu uma ação ardilosa conta possível adversário;
Presidente de uma entidade tem ação ardilosa em desfavor de seu vice, alegando
a existência de uma situação imprevista, mas convenhamos prevista somente na
cabeça dele e não da do vice. No que tange a partido político, principalmente a
dos Trabalhadores e seus militantes, estes insistem em dizer em suas
manifestações que o Poder Judiciário (STF) é
golpista, que o Ministério Público e Polícia Federal são golpistas, que o
Legislativo é golpista, que o TCU é golpista, que a OAB é golpista, que os
veículos de comunicação são golpistas e até o Papa é golpista. Então pergunto:
Será que não é golpista a turma do Mensalão e do Petrolão, assim como, meia
dúzia de pobres cidadãos que aceitam ir às ruas por míseros 30 reais e uma
camisa da CUT?
Respondendo
parte do parágrafo acima: As situações acima ocorrem somente se tratarem de
traições e ações ardilosas, e aí sim, pode-se dizer que é golpe, no entanto,
quanto ao processo de impeachment que tramita no Senado Federal não é. O golpe,
no sentido figurado, pode-se afirmar que é uma situação ou acontecimento que
não foi previsto, ou seja, sobreviveu por um golpe do destino, mas se
analisarmos a previsibilidade ou não, pode não ser golpe.
Quanto ao
golpe tão alardeado pelos petistas e outros partidos apoiadores, entendo não
ser possível que a chusma dessa turma que se dizem intelectuais e que passaram
os últimos anos mantendo esse posicionamento acerca de um possível “golpe”,
inacreditável é que sejam tão ignorantes a ponto de acreditar realmente no que
dizem. Minha opinião é que, na maior parte dos casos, trata-se da defesa
interesseira de cargo aqui, um Ministério lá, uma boquinha aqui, uma verbinha
ali e uma nomeação acolá, benesses de que vivem há mais de treze anos essa
“esquerda” oficial que temos no País. Os que embarcam nessa famigerada palavra
golpe são movidos por um sincero temor da “direita”, é os famosos ingênuos
úteis, sem os quais quaisquer fraudes políticas seriam impossíveis
concretizá-las.
Bastam
olhar o Ministério da Presidente para constatar quais interesses que seu
governo serviu. A começar pelas mentiras durante o pleito eleitoral para
enganar os eleitores. Os discursos desconexos, o malfadado “ajuste fiscal” e o
não cumprimento das Leis de Diretrizes Orçamentárias, as chamadas pedaladas
fiscais que levaram o Brasil a uma inflação galopante e recessão. Do ponto de
vista histórico, não se pode desconhecer que são completamente diversas as
situações de 1964 e 2015, tanto externamente, como internamente. Há cinco
décadas o mundo estava polarizado entre dois blocos, o soviético e o
norte-americano, ambos imperialistas, havendo ainda países que resistiam na
revolução socialista (caso da China Vermelha, que o foi até a morte de Mao em
1976) e nas lutas de libertação nacional (Cuba, Argélia, Vietnã, etc). O
imperialismo norte-americano, engasgado com a vitória dos guerrilheiros de
Sierra Maestra embaixo das suas barbas, não admitia a mais mínima abertura
democrática no seu quintal, a América Latina, e desencadeou golpes sucessivos
numa série de países da região. Dentro do Brasil, financiou e apoiou
politicamente a desestabilização de Jango, liquidado a partir do momento que
prometeu fazer a reforma agrária e limitar a remessa de lucros para o
estrangeiro, afrontando assim os interesses dos latifundiários e monopólios
aqui instalados.
Hoje,
depois de aprovado pelo Senado o impeachment da Presidente cabe aos
trabalhadores da cidade e do campo, à juventude sem perspectivas, aos
intelectuais honestos e ao povo brasileiro de modo geral, lutar não apenas para
manter fora esse governo antipopular e corrupto, mas também a ordem social e
controle latifundiário. E derrubar, junto, essa falsa esquerda canalha,
traidora, que queima a Bandeira do Brasil em plena praça pública, ameaçar com
armas, paralisar rodovias, invadir terras e jogar lama até sobre as próprias
bandeiras vermelhas dos seus companheiros, aqueles que ainda lutam
verdadeiramente por profundas mudanças sociais. E o pior é que o PT estava há
mais de treze anos no poder e não resolveram os problemas dos seus
beneficiários diretos - os sem terra e sem teto, bem que, acho que existia um
jogo sujo por detrás das cortinas palacianas quanto a esse pessoal, (repasse de
polpudas verbas para manter esses movimentos), pois é inadmissível ver à beira
das rodovias, em barracos de madeiras e lonas, famílias que se dizem sem terra
e sem teto, usando camionetas e carros de última geração. Por mais árduo que
seja o caminho o povo entendeu que não havia outro entendimento senão em apoiar
o impeachment da Presidente, mas também exigir dos que irão assumir que tenham
mais responsabilidades, respeito ao erário publico e combate sistemático da
corrupção, doa em quem doer.
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