De volta as origens...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Será que é possível voltar atrás e mudar o começo? Será que é possível parar, começar novamente, e mudar o fim? Dúvidas pairam em nossa mente, mas devemos compreender que não devemos tê-las quanto à possibilidade de parar, recomeçar tudo de novo e até alterar o fim. Pois bem, eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Muitas vezes tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias e noites, perder o rumo, perder a paciência, perder o sorriso, me estressar e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar uma quase finalidade, um quase endereço, uma provável ponte ou uma pinguela para que eu pudesse atravessar e voltar atrás. Seja em estradas retas, sinuosas, curvas, sempre acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque respeitei todas as placas de aviso fincadas à beira da estrada da vida. O que aqui comento parece que está nas Escrituras. Tudo para Deus é simples, finito e pronto! Está escrito lá que ELE usou o barro para fazer o homem dando-lhe vida. Depois, arrancou dele uma costela e fez dela a mulher. O Grande Livro Sagrado não fala sobre o tempo de convivência antes do primeiro pecado, mas fala que existiu a desobediência de comer uma maçã, igual à que hoje comemos, mas é claro que naquela época, tudo era explicado através de parábolas e a citação tinha uma explicação, mas que não me cabe aqui dizer o que significava ou simbolizava a palavra “maçã” em relação à palavra “pecado”. O quero aqui dizer é que o homem usou e abusou do livro arbítrio e há tempos não vêm respeitando os desígnios de Deus, Então como voltar às suas origens, como recomeçar e mudar o seu destino.

Tempos remotos diziam que a Terra era o centro do Universo e que tudo girava à sua volta e à volta do homem, que era a Obra que mais preocupava Deus. Imaginavam que o Universo terminava no céu estrelado que a gente somente vê quando ele está azulado sem nenhuma nuvem a importuná-lo, e nele, ficava Deus e as pessoas por Ele premiadas por bom comportamento. À época acreditavam assim e era salutar para a humanidade que ainda engatinhava rumo ao futuro. Tudo tinha uma dimensão, tudo tinha um fim.

Quando leio alguns textos bíblicos começo a entender que foi assim comigo. Julgava ser assim como todos os cristãos, para quem o tempo e as preocupações limitam o seu Universo. Com tempo e o saber que a idade nos proporciona, mesmo que alguns não tenham passado por escolas primárias, secundárias ou superiores, pensam-se e se questiona tudo aquilo que às vezes escapam de nossa inteligência. Mas com o passar dos tempos, estudiosos descobriram que o homem foi criado com as leis físico-químicas e a partir do protoplasma por Ele criado e não a partir do barro. Para Deus nada era ou é impossível.

Comentei numa crônica anterior sobre o finito universo, mas não consigo afirmar se ele realmente tem fim. É um mistério!... Julgo ter um raciocínio que poderia pôr fim a esse finito em que vivi e ainda vivo, mas que gostaria de viver o infinito, por isso deixo de lado esse raciocínio. Lendo alguns livros de cientistas renomados os vi confirmarem cientificamente a existência de vários universos. Quantos haverá então? Acho que são em número infinito também, porque o espaço é infinito, então pergunto: Será que o mundo tem realmente fim? Se você pegar uma nave espacial com combustível suficiente para ir até onde bem entender, será que ela seria abalroada na beirado do mundo ou desceria num lugar ermo de um último universo. Mas depois deste último, será que não existirão outros? Ah, complicado não? Só assim hão de entender a nossa pequenez diante de Deus.

Quando na crônica da semana finda disse que me encontrava no topo de uma serra íngreme e que queria enxergar apenas o bonito não me foi possível, pois o nosso mundo não é assim, no entanto, ao olhar para infinito, me arrepiei e ainda me arrepio, porque tudo me reduzia a um simples grão de areia, e hoje, com o rosto já carcomido pelas intempéries do tempo, posso afirmar sobre o que assisti lá de cima em relação à natureza e a grandeza do universo, mas, contudo, tudo que vi e ainda vejo me reduz à insignificância.



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