Será que é possível voltar atrás e mudar o começo? Será
que é possível parar, começar novamente, e mudar o fim? Dúvidas pairam em nossa
mente, mas devemos compreender que não devemos tê-las quanto à possibilidade de
parar, recomeçar tudo de novo e até alterar o fim. Pois bem, eu jamais chegaria
aonde cheguei se só andasse em linha reta. Muitas vezes tive que voltar atrás,
andar em círculos, perder dias e noites, perder o rumo, perder a paciência,
perder o sorriso, me estressar e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis
pra encontrar uma quase finalidade, um quase endereço, uma provável ponte ou
uma pinguela para que eu pudesse atravessar e voltar atrás. Seja em estradas
retas, sinuosas, curvas, sempre acertei o caminho não porque segui as setas, mas
porque respeitei todas as placas de aviso fincadas à beira da estrada da vida.
O que aqui comento parece que está nas
Escrituras. Tudo para Deus é simples, finito e pronto! Está escrito lá que ELE
usou o barro para fazer o homem dando-lhe vida. Depois, arrancou dele uma
costela e fez dela a mulher. O Grande Livro Sagrado não fala sobre o tempo de
convivência antes do primeiro pecado, mas fala que existiu a desobediência de
comer uma maçã, igual à que hoje comemos, mas é claro que naquela época, tudo
era explicado através de parábolas e a citação tinha uma explicação, mas que
não me cabe aqui dizer o que significava ou simbolizava a palavra “maçã” em
relação à palavra “pecado”. O quero aqui dizer é que o homem usou e abusou do
livro arbítrio e há tempos não vêm respeitando os desígnios de Deus, Então como
voltar às suas origens, como recomeçar e mudar o seu destino.
Tempos
remotos diziam que a Terra era o centro do Universo e que tudo girava à sua
volta e à volta do homem, que era a Obra que mais preocupava Deus. Imaginavam
que o Universo terminava no céu estrelado que a gente somente vê quando ele
está azulado sem nenhuma nuvem a importuná-lo, e nele, ficava Deus e as pessoas
por Ele premiadas por bom comportamento. À época acreditavam assim e era
salutar para a humanidade que ainda engatinhava rumo ao futuro. Tudo tinha uma
dimensão, tudo tinha um fim.
Quando
leio alguns textos bíblicos começo a entender que foi assim comigo. Julgava ser
assim como todos os cristãos, para quem o tempo e as preocupações limitam o seu
Universo. Com tempo e o saber que a idade nos proporciona, mesmo que alguns não
tenham passado por escolas primárias, secundárias ou superiores, pensam-se e se
questiona tudo aquilo que às vezes escapam de nossa inteligência. Mas com o
passar dos tempos, estudiosos descobriram que o homem foi criado com as leis
físico-químicas e a partir do protoplasma por Ele criado e não a partir do
barro. Para Deus nada era ou é impossível.
Comentei
numa crônica anterior sobre o finito universo, mas não consigo afirmar se ele
realmente tem fim. É um mistério!... Julgo ter um raciocínio que poderia pôr
fim a esse finito em que vivi e ainda vivo, mas que gostaria de viver o
infinito, por isso deixo de lado esse raciocínio. Lendo alguns livros de
cientistas renomados os vi confirmarem cientificamente a existência de vários
universos. Quantos haverá então? Acho que são em número infinito também, porque
o espaço é infinito, então pergunto: Será que o mundo tem realmente fim? Se
você pegar uma nave espacial com combustível suficiente para ir até onde bem
entender, será que ela seria abalroada na beirado do mundo ou desceria num
lugar ermo de um último universo. Mas depois deste último, será que não
existirão outros? Ah, complicado não? Só assim hão de entender a nossa pequenez
diante de Deus.
Quando
na crônica da semana finda disse que me encontrava no topo de uma serra íngreme
e que queria enxergar apenas o bonito não me foi possível, pois o nosso mundo
não é assim, no entanto, ao olhar para infinito, me arrepiei e ainda me
arrepio, porque tudo me reduzia a um simples grão de areia, e hoje, com o rosto
já carcomido pelas intempéries do tempo, posso afirmar sobre o que assisti lá
de cima em relação à natureza e a grandeza do universo, mas, contudo, tudo que
vi e ainda vejo me reduz à insignificância.
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