A gente sonha,
imagina coisas interessantes, bonitas, misteriosas, reais até surreais, que
achamos existirem num lugar qualquer, misterioso, e que podemos dizer que fica
além de mais além, onde nossos olhos jamais podem alcançar e nem nossas mentes
sabem discernir onde fica, Vivendo no mundo real, sem sonhos, nem notamos que o
perigo que nos rodeia é iminente, então, percebe-se, de repente, a inexistência
de futuro, de um amanhã incógnito, sabendo que ele é subseqüente e o único
momento que temos para prosseguir na caminhada em busca do elo perdido. Nesta
caminhada poderão acontecer desastres e serão extremamente reveladores,
fazendo-nos desconhecer como será o amanhã. Sabemos que eles existem e não
trazem nada de novo para o mundo, simplesmente fazem com que a gente fique
consciente do mundo como ele é. Certos acontecimentos nos despertam para a
vida, todavia, se você não entender isso, pode enlouquecer, mas se entender
pode ser que você desperte e deixe de ir à busca de seu elo perdido, num mundo
desconhecido, além de mais além.
Para procurar alguém
ou alguma coisa real, palpável, realmente não devemos vacilar, mas como pessoas
inteligentes que somos, deveremos fazer tudo corretamente e de forma ponderada,
arriscar se for preciso e jamais vacilar, pois o dia seguinte pode não existir
e aí será tarde demais! A pessoa pouco inteligente geralmente nunca vacila e
nem hesita, e isso é fato. Então, por que nos preocuparmos com aquilo que
pensamos existir além de mais além. Devemos viver o hoje com prazer, sem medo,
sem culpa. Viver sem nenhum medo do inferno ou sem ansiar o céu. Devemos
simplesmente viver.
Certa
vez, uma jovem dizia estar com o coração partido e perambulava sozinha numa rua
deserta, com pouca iluminação e quem passava por ela não podia ver o brilho dos
seus olhos, nem o seu rosto, o modo de caminhar e seu anseio por uma vida nova,
Perecia estar à procura de um elo que a ligasse alguma coisa real e ou mesmo
surreal. Lágrimas desciam pelo sua face, me fazendo entender que procurava dar
um fim em sua vida naquela rua deserta. Ao passar por ela jamais pensei que
conseguiria achar o seu elo perdido: o amor próprio, e que existiria o tal
conto de fadas, mas agora sei que ele existe porque eu a reencontrei noutro
local bastante iluminado, não profano, com os olhos brilhando, pois ela se
tornou mais forte que o tempo e atravessou a imensidão do espaço que
transcendia os limites de sua existência.
Com o pensamento alhures olhou para o horizonte longínquo,
agarrou nas mãos de sua fada madrinha que apareceu do nada, fazendo-a
prosseguir na sua caminhada, cuja distância e nem o tempo podiam forçá-la a
cometer outros erros. Ela sempre pensava que as amizades continuassem
para sempre, mas hoje não tem mais tanta certeza disso. Cada pessoa amiga segue
outros rumos e às vezes nem deixam pista, mas, talvez, até voltariam a se
encontrar um dia quem sabe... A jovem Magali de quem falo acreditava que do lado delas
encontraria os melhores momentos da sua vida, as melhores risadas, as melhores
palhaçadas, as melhores brincadeiras sem se decepcionar.
Não precisamos ir à
busca de elos perdidos ou nos deixarmos perder durante nossa existência, nem
precisamos além de mais além, rumo ao desconhecido, pois durante a nossa
caminhada conhecemos coisas insuperáveis e pessoas todos os dias, a maioria
delas, talvez, por acaso, mas algumas acreditamos terem sido enviadas Deus.
Estas se tornam pessoas especiais, que nos compreendem e que estão sempre
conosco, seja na doença, na alegria ou na tristeza, cujo vínculo a gente não
consegue explicar.
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