Aflados divinais e forças cognitivas virtuais.

domingo, 31 de agosto de 2014



Por um momento dou uma pausa ao meu raciocínio. Aquieto-me diante do monitor. Do lado de lá, monitorado por uma parafernália eletrônica quantas pessoas possivelmente estão fazendo o mesmo: dando um tempo.  No meu recanto que me conforta, ainda sinto um aflado divinal vindo de algum ponto do universo, que me alegra e faz meu coração pulsar mais forte e amparado por uma força cognitiva, nem o zumbido que nada mais é que percepção auditiva fantasma, cuja intensidade é impossível de ser mensurada, talvez  em razão de um amontoado de sons que se digladiam no espaço formando um zumbido fino, intermitente, que azucrina os ouvidos e às vezes me desconcentra. Quando recebo mensagens sejam evangelizadoras ou não, enviadas por pessoas que se encontram do outro lado da tela, brasileiras ou estrangeiras, compartilho-as uma a uma, independentemente se expressarem tristezas, insatisfações pessoais, angustias, dores, sofrimentos, morte, e até descontroles emocionais. Há as que moram no exterior, (Inglaterra, Alemanha, Espanha, Arábia Saudita, Senegal e outros) cujas mensagens eu traduzo usando o Google, pois, infelizmente, não sou poliglota.  Em relação a tudo isso,  relatei numa crônica anterior que gosto de observar as pessoas e analisar suas atitudes diante das outras, e ao escrever, tenha condições de expressar corretamente o meu pensamento sem magoar ninguém. De certo modo, no mundo virtual, estamos vivendo a vida dos outros e compartilhando a solidão deles e às vezes, os ajudamos a esquecerem-se dos seus problemas. Quando percorro as salas virtuais me sinto como se estivesse num divã de uma feira de variedades, pois além dos bafejo divinais, vemos frases de efeito, algumas discretas, onde cada sílaba brinca com os olhos daqueles que ali se libertam sem tréguas e levam para o travesseiro desejos e sussurros abafados, porque sabem que as palavras ali expostas jamais serão capazes de definir o que a pessoa verdadeiramente é. No mundo virtual não adianta brincar com as letras, criando e buscando seres perfeitos. Uma amiga, certo dia, reportou assim: “Sei quem sou e sei que tenho boa alma também. Sou sincera e sei de qual sinceridade falo. Posso até ser outra de um “eu” que faço tudo para não existir. Sinto crenças que realmente tenho e as carrego comigo. Traições de alma a um caráter, certeza tem de que não faço. Ouço mentiras, mas educo meus ouvidos para não chocar minha sinceridade e aí, me sinto um ser capaz de remoer as arrogâncias. Vivo minha vida e compartilho vidas alheias levando o amor, amizade e fraternidade, e dela, deixo participar todas as pessoas de bem”. Ao ler esta e outras mensagens, deixo também à quietude do meu recanto e no afã de ajudar e até ser ajudado, procuro entender ou tentar interpretar tudo que leio, mas sei que ainda existem coisas em nossa mente que impregna a solidão e as lembranças que sempre corroeram a nossa alma. Será que é um mal que aflige a todos nós? Não sei! Pode ser e pode não ser.  

Hão de se convir que existe na região recôndita de nosso cérebro muito mistério. Sempre existirá a possibilidade de acontecer algo, que nos fará acordar em sobressaltos, como se tudo que fizemos, não passassem de pesadelos. Parece absurdo pensar assim, mas é a mais pura verdade. Como não conseguimos controlar com precisão essa região obscura, certamente se um dia se conseguirmos, a paz tão almejada será alcançada e ficaremos diante de um mundo totalmente diferente deste que hoje vivemos. Ah, como seria bom! Como seria bom se nossos erros fossem apagados; como seria bom voltar atrás e corrigi-los e dizer àquela palavra que ficou entalada em nossa garganta, um pedido de perdão ou de uma desculpa quem sabe, numa hora precisa. Também não podemos esquecer-nos de como seria bom fazer aquilo que desejamos e viver com amor e desinteressadamente o hoje, como se não houvesse o amanhã. Nem todos seguem a ordem deste mundo louco, que manipula cada um de nós como se fôssemos meras peças teatrais ou cobaias de laboratórios. Sei e você também sabe que fazemos parte de algo maior, vivemos num mundo cheio de mistério onde cientistas tentam explicar o inexplicável, pois é um ciclo de vida criada por Deus que a mente humana jamais decifrará, por mais que tentem. Se pararmos para pensar e sabemos que nem é preciso, pois tudo que tentam explicar é inexplicável e continuará para nós, incógnito. VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA. Advogado, escritor, missionário e ambientalista. É Vice Presidente da União Brasileira dos Escritores; Presidente da ONG Visão Ambiental; Diretor de Divulgação do Instituto Movimento Santuário da Arte; Membro da Academia Morrinhense de Letras; agraciado com Título Honorífico de Cidadão Goianiense. Escreve todas as quartas-feiras. Email: vdelon@hotmail.com Blog: vanderlandomingos. blogspot.com Site: www.ongvisaoambiental.org.br

0 comentários:

Postar um comentário

 
Vanderlan Domingos © 2012 | Designed by Bubble Shooter, in collaboration with Reseller Hosting , Forum Jual Beli and Business Solutions