Eu quero e
muito, mas quem não quer. Lembrar de tempos idos, daquilo que é gostoso de
lembrar, pode vir tudo à nossa mente, tudo de uma vez só, ao mesmo tempo, tudo
que já aconteceu durante toda a nossa existência. Algumas coisas que
aconteceram que consideramos nefastas, “passamos a régua” ou esfregamos a
borracha do tempo. Todavia, ao escrever esta crônica não irei fechar os olhos
para certos acontecimentos, pois quando surgir às mesmas dificuldades,
situações, erros ou constrangimentos, nem vou sentir, nem baixar a cabeça ou
corar-me, afinal é a minha vida que está em jogo e sou eu que devo dar o
primeiro passo para corrigir meus erros e minhas burradas. Quando olho para o
passado e vejo quem fui, quero ter o orgulho de poder dizer que aquele indivíduo
era eu e hoje continua o mesmo ser humano. A vida não parou quando cai, porque
tive capacidade de me erguer, nem quando pensei que ela estivesse parada porque
consegui prosseguir.
Hoje ao
escrever este texto eu peço um tempo para descobrir quem ainda eu sou ou pelo
menos saber quem fui realmente, pois posso estar preso a um passado não tão
distante, então o jeito é ficar diante do espelho, olhar para mim mesmo e ver o
que ele pode me transmitir, pois, de fato, com o passar dos tempos sinto
necessidade de me reconhecer, de ver aquele olhar de sempre, de ler meus
pensamentos refletidos, saber de tudo, de conhecer a mim mesmo, perfeitamente,
e admitir os meus erros e defeitos.
Não
escrevo aqui para dizer que sou totalmente certinho e nem para ser uma pessoa
cheia de erros. Eu vim para dizer sobre a emoção viver uma vida completa, com
eiras e beiras. À noite quando eu me deitar, quero chorar as lágrimas que eu já
chorei; quero sentir saudade da minha infância; quero sentir a vibração de um
sorriso vindo de uma linda cena, vivida num lugar
Falei isso
porque sei que amanhã posso descobrir que estava enganado em não continuar
amando a vida e sonhando, pois o melhor quando se erra é descobrir que o certo
era o que a gente sempre quis. Eu posso até errar, mas também tenho a vontade
férrea de poder acertar, mas quando eu erro, mas sabendo que todas as pessoas
também erram, tal situação vem para que eu não me deprima e nem as pessoas me
julguem pelos meus erros, pois todos nós erramos e muito, mas também acertamos
muito e isso é fato. O meu amigo e compadre Emival deixou-nos no mês findo e
foi pra outra dimensão. Deus lhe enviou a “passagem” e tenho a certeza de que
está ao lado DELE em razão da boníssima pessoa que era. Hoje, antes de começar
a escrever, paro para receber a brisa que passa pelo vão quadriculado da
janela, certo de que todos os entes queridos estão sentindo de sua ausência à
alegria que contagiava, porque como diz um autor desconhecido: “A vida é uma
peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e
viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
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