Usamos de
certas atitudes para esquecer tudo o que passa ao nosso redor e tais atitudes
às vezes se tornam engraçadas. Quero dizer… A gente acredita que apagando
fotos, excluindo imagens, conversas, deixando de enviar mensagens, de cutucar,
compartilhar nas redes sociais seriam atitudes corretas, todavia, por mais que
o conteúdo nos entristeça, entendo que não. Eu também acreditava que apagando
os vídeos, aqueles que costumamos copiar do youtube, alguns com mensagens
lindas e músicas extraordinárias, que nos fazem até voltar no tempo, então como
apagar todas essas maravilhas de nossa memória. É impossível!
Aliás, é
tão impossível que em meu diminuto mundo muitas vezes nem sei mais quem sou e
quando estou diante do computador tem certos momentos que questiono a mim
mesmo. Pergunto o que mais eu tenho de fazer pra esquecer meus desvairados
pensamentos; como se esquecer da minha labuta diária, esquecer de meus
devaneios, de meus sonhos... Já me peguei rezando muito à noite, talvez fora do
normal, porque sempre rezo, mas o normal, suficiente para agradecer a Deus por
mais um dia e até para que me livrasse das memórias que não nunca me levaram a
nada. Eu aceitaria qualquer remédio, menos aqueles oriundos de macumba, de
raizeiros e ou mesmo de orientações médicas indicadas para substituir quaisquer
vícios que porventura possa se apossar de minha vida.
No meu
diminuto mundo, microscópico, eu daria tudo para ter uma noite bem dormida, um
sonho que só fosse meu, um pensamento que só fosse sobre mim, uma música que só
fizesse me lembrar a mim. Só não daria um dos meus rins porque acho que isso
não funcionaria com uma pessoa que se esquece até de esquecer como eu.
Destarte, já tentei tudo o que é possível pra esquecer e já forcei tanto que
acabei me esquecendo de mim e isso é ruim. Mas mesmo assim, tudo continua muito
vivo em minha memória. Eu me lembro de tudo, dos melhores e piores momentos.
Lembro até mesmo da cada frase, do tipo de mensagem, das imagens enquanto
dedilhava os teclados do computador com olhar atento, encarando-os ou a mim
mesmo no meio daqueles inusitados links que pareciam me ordenar que tomasse
juízo e deixasse de pensar em esquecer, mas, convenhamos isso é o que eu tenho
tentado fazer durante todos esses minutos de meditação no meu diminuto mundo:
Esquecer!
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