Na semana
passada eu assisti a uma novela global que se intitula: “Deus Salve o Rei”.
Encerrada uma cena onde um arqueiro mata um indivíduo, enfiando-lhe uma flecha
no peito, em seguida passei para um canal noticioso. A novela Deus Salve o Rei
contava uma estória ocorrida idade média e o noticiário mostrava um morro no
Rio de Janeiro alguém que tinha sido alvejado por uma bala perdida, sabe lá.
Subindo aquele morro protegido por carros blindados seguia uma boa parte da
milícia do exército brasileiro e um pelotão da policia militar do Rio de
Janeiro, sendo todos recebidos à bala por traficantes. Olhei para o canto
esquerdo do sofá e perguntei o meu sobrinho se ainda tinha vontade de conhecer
o Rio de Janeiro. Mas para amenizar o ambiente e não lhe tirar de sua cabeça o
desejo de conhecer a cidade maravilhosa, disse-lhe: Pietro, se você tiver medo
de visitar o Rio jamais o deixe tomar conta de você e de irradiar a luz que
habita no seu coração. Quem dera se as pessoas se levantassem e empenhasse em
salvar o Rio de Janeiro, e o próprio homem, usando do poder para varrer a
criminalidade; combater a própria a ganância pelo Poder; combater a corrupção
generalizada; amenizar o ódio entre as comunidades e o crime organizado;
eliminar do poder aqueles que visam somente o lucro fácil, assim como, extirpar
os mandatários e políticos corruptos que vêm destruindo o Rio e o Brasil há
décadas.
Os moradores
dessa bela cidade devem se unir e lutar para conquistar a paz nos morros, nas
ruas e avenidas; precisam se dedicar à busca do amor; da partilha; da ajuda e
socorrer a quem mais precisar, sendo assim, acredita-se que tudo seria
diferente. Não é utopia o que penso, é a coragem de acreditar que mesmo com
poucas pessoas podemos aos poucos nos unir para mudar tudo que vem acontecendo,
não só no Rio como em todo o Brasil. Combatendo a impunidade e todos os
malfeitores e criminosos que vêm atentando contra o estado de direito e a
democracia brasileira, há de se acreditar em um mundo melhor para todos.
Como salvar o
Rio da criminalidade ou o carioca salvar de si mesmo? Hoje o rio de Janeiro é
um núcleo duro cercado de clara de ovo por todos os lados, de liquidez instável
que se modifica a cada dia. É o resultado de estímulos vívidos de formas
diferentes, nada mais. Policiais invadem morros e escutam da comunidade os
prantos e pranteados de inocentes. Nos casebres e nas ruas são encontradas,
maconhas, seringas, maços e mais maços de cigarros, consumidos à exaustão
durante as madrugadas. Os policiais cruzam com os transeuntes que descem e
sobem o morro. É possível notar os dentes amarelados, corpos esqueléticos,
maltrapilhos, um jeito esquisito de sorrir, os olhos baixos, tão inexpressivos
e preguiçosos que parecem querer desistir de viver. Mas o núcleo duro permanece
intacto, a personalidade continua com imensas crostas, assim como, a ira das
lágrimas e o tremor das mãos tão ávidas para revidar ou vingar a morte de um
inocente.
A inépcia do
ego em servir-se do resto da alma de alguém ainda subsiste ao enfrentamento do
crime organizado que se encontra sob o imponderável de seu Ser e é o que lhe
permite sobreviver sem serem pulverizados naquele morro infestado de criminosos
e traficantes. Não, não o orbe terreno, mas o Rio é circundado por cenas
teatrais armadas de emoções humanas, sem destino, sem motivos, por isso, é que
eles precisam de Deus para salvá-los, pois se dependerem do homem a impunidade
permanecerá como está. Não é por acaso, mas tudo que está ocorrendo no Rio de
Janeiro e ou mesmo no Brasil os exemplos maléficos “vem de cima”, do Poder
maior e o que sobrariam dos cariocas ou brasileiros se a fornalha poderosa
produtora da criminalidade trabalhasse sem descanso e voraz?
Pergunto: Qual
é o futuro de uma cidade como o Rio? Cidade maravilhosa, que têm um povo
alegre, mas abandonado à sua sorte, e que só é lembrado em tempos de eleições.
Onde a justiça funciona somente para os que não têm influência. Enquanto
políticos desviam grandes somas de dinheiro e nada lhes acontece, mas o ladrão
de galinha fica anos na cadeia. Cidade onde quem tem opinião contrária é
assassinada como aconteceu com a vereadora Marielle Franco e tantas outras
pessoas, gentes importantes da sociedade carioca que foram assassinadas, também
com muita barbárie, mas não receberam a mesma comoção dada pelos jornais e TV
em relação ao caso da vereadora. Todavia, há de se ressaltar que de qualquer
forma o assassinato de políticos á um atentado a soberania nacional. Entra
nessa estatística de barbárie o assassinato de vários policiais honrados que
combate o crime organizado, pais de família, mortos por traficantes, então,
como fica?
Em se tratando
do governo federal cito outro exemplo que enoja o povo é verificar que, para
ocupar um cargo público, não precisa ser competente, apenas deve o nomeado ler
na mesma “cartilha” de quem está no Poder. Não é somente o Rio que está em mal
estado, mas sim, o regime e as pessoas desonestas que o governa. Por outro
lado, como é que querem justiça num País onde se tem uma polícia e justiça
acuada. Num País onde se fala em combater a corrupção, como é que vão combater
a corrupção se o próprio mandatário é um corrupto e está sendo investigado pelo
Supremo. Não há dinheiro para investir na saúde e na educação, mas há dinheiro
para eles, quero dizer, para negociação de cargo para apoio político sempre
tem. Há mais políticos preocupados em enriquecer a si próprios e as suas
famílias do que o País. Isto acontece no Rio de Janeiro, onde sobram
traficantes corruptos e corruptores, criminosos de colarinho branco que roubam
bens, lesam o Estado e o próprio povo. Alguns foram presos e outros soltos
através de Habeas Corpus pelo Supremo. São políticos apaziguados, ricos, com
muito poder de mando, que desviaram dinheiro, lesaram o patrimônio público e
ficaram impunes.
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