Durante
um estudo acadêmico sobre ética, à luz da experiência do Holocausto nazista, vi
que estas palavras se desenvolveram rápido na última década. Na minha própria
perspectiva sobre ética à sombra do Holocausto vi que ela se moveu muito e na
mesma direção de outros autores. Mas eu enfatizaria quatro áreas cruciais para
a discussão, que são bem tocadas em alguns escritos. São a questão de como
entendemos o papel de Deus na história humana depois do Holocausto e as
implicações para senso de responsabilidade humana, a centralidade dos direitos
humanos na auto-definição religiosa, a influência de estruturas no
comportamento moral e no papel do ritual no formar da moralidade pública.
Entretanto, no que concerne ao tema proposto, dentre todas as violências que
enfrentamos a ética e a moral talvez sejam as frases mais perturbadoras no
momento político brasileiro, porque não são silenciosas, estão a olhos vistos,
causam espantos na sociedade e permitem durarem para sempre caso não haja uma
interferência urgente da justiça brasileiro, porque se dependermos do Congresso
Nacional o holocausto será ainda maior.
A
falta de ética e moral, que neste texto denomino-as de corrupção ativa e
passiva, são capazes de permitir que milhares brasileiros morram em hospitais e
a cada dia vimos o direito do ser humano ser jogado no lixo. Trata-se de um
holocausto praticado pelo próprio governo infestado de corruptos, com a
conivência de parte do judiciário que nada faz para acabar com a famigerada
imunidade parlamentar, que a invés de incriminá-los judicialmente e prendê-los,
traz à tona o que está à margem da imagem de um holocausto, não dá voz a quem
precisa e cala que tem o dever de informar, talvez eles os considerem
inconvenientes à justiça que define quem pode ser ouvido ou não, quem pode ser
punido ou não, quem pode ser solto ou não, mesmo eles trazendo na “bagagem” um
mar de corrupção.
Neste
sentido, as cenas que assistimos durante um julgamento de alguém,
principalmente os do Poder, transmite uma poderosa insatisfação e a não
necessária mensagem por meio dos debates jurídicos onde falam dos algozes da
nação, com intensidade, como se o povo não merecesse o respeito devido e a não
definição de quem merece ser ouvido, de quem merece ser calado, de quem merece
ser respeitado. São coisas que vêm sendo discutido há décadas mostrando a
sociedade o seu espaço, encurtado, e à difícil tarefa de se lidar com os gritos
do povo brasileiro. É uma realidade tão real que traumatiza, é tão indigno o
“modus vivendi” do povo brasileiro. A nossa justiça maior está se direcionando
para aquilo que não quer reconhecer entre o errado e o verdadeiro e ainda
transferir a carga processual para outro órgão da justiça para amenizar o ato
corrupto praticado. Conclui-se então que são loucos aqueles que se arrastam
pelo chão da honestidade, com olhar vago, corpo carcomido pelas intempéries e
sons irreconhecíveis de uma voz rouca que tenta gritar por liberdade.
Destacamos
no título deste artigo a ética e a moral que estão sendo distorcidas e
destruídas em uma sociedade corrupta, neoliberal e capitalista. No Brasil, o
que é lúgubre, efêmero, inescrupuloso e imoral está substituindo os valores
morais por valores de má fama. Que País é este onde o que o ter vale mais do
que o ser? Que administração é esta onde a perversidade e a mau caráter se
propaga mais rápido que a velocidade da luz? Que País é esse onde se vêem
corruptos e corruptores por todos os cantos?
Sobre
o holocausto ético e moral que vem ocorrendo no Brasil sou obrigado a concordar
com o texto de Agatha Faria: “Se um dia tiveres de optar pela ética e a moral
escolha a ética. Pois a moral, ao contrário da ética nada mais é do que um
conjunto de regras que faz de você um submisso da sociedade, a ética por sua
vez, faz de você uma pessoa audaz, que age e fala de acordo com seu interior,
suas ideias, com aquilo que parece ser realmente certo e não com o que os
demais dizem ser o correto”
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