Tem
muita gente que se vicia em palavras, mesmo sabendo que elas às vezes os
impedem de expressar seus sentimentos. Mas existem aqueles que são viciados em
sentir e sofre por pequenas coisas e esse sofrimento, às vezes, impede-os de
enxergar os outros, aqueles outros que pode até impedir de ser a gente mesmo.
Mas se realmente formos viciados em nós mesmos? Acho difícil, pois nem todos
são egocêntricos, pensam em todo o mundo que os rodeia! Mas deve existir alguém
viciado em nesse mundo e aí como fica? Respondo: Sei lá, talvez sua inocência
foi privada de tudo. De outro lado pode existir alguém viciado ou se fazer de
inocente, mas é viciado em computador, celular, WHATSAPP, ou outra parafernália
eletrônica, mas se existe, talvez esteja apenas querendo esconder a sua
verdade. Todavia existem também os viciados em verdade, que vive buscando o
sentido da vida pra tudo, e nessa loucura esquece simplesmente de viver e
observar que existe um mundo que o cerca e alguém ao seu lado esperando sua
atenção. Eu confesso que sou viciado em escrever e para isso uso demasiadamente
o computador. Uso as asas de minha imaginação e vou para onde eu quiser.
Celular, esse quase não uso e às vezes tenho preguiça de usar ou de receber
ligação. Então posso afirmar que disso não morro! Para as pessoas amigas que se
desligam do mundo quando estão usando um celular ou outro aparelho qualquer,
achei por bem mudar de assunto porque senão me viciaria com essas palavras
ditas.
Pois bem, durante a Copa do Mundo apareciam jogadores com
penteados estranhos, alguns até com tapetes mais parecendo uma Cacatua. Será
que é vicio de jogadores para aparecerem diferentes na TV? Acho que não, pois a
pessoa que se vicia em fazer isso pode tropeçar na ilusão e não chegar a lugar
nenhum. Diante do que vem acontecendo em nosso País e ou mesmo aconteceu na
Seleção brasileira, não é vício e nem fiquei tonto, mas cai na real com relação
aos dois e assim o jeito foi buscar o surreal por achá-lo, talvez, mais
perfeito para se acabar de vez com os nossos vícios de cada dia. Desligo do meu
vício e observo a existência de contrastes entre os já mencionados acima,
então, ergo-me, separo os lados bons e ruins de cada um e opto pelo vício
patriótico que acredito ser melhor para o Brasil, para os eleitores e quiçá,
para mim.
Agora sem vício algum observo o sol que passa
pelo vão da janela, e iludido aquieto-me no meu canto, pois sabia que há muito
tempo vinha me enganando, pois ao nascer e se pôr no horizonte, parecia possuir
o vício cumprir sua rota usando uma cor diferente a cada giro, a mesma cor que esparramei
sobre as rachaduras de uma velha parede, que mesmo após ser pincelada ainda
encontrava dificuldades pra se revelar ao sol ou para si própria. Aquiete-me
novamente e o sol insistia em jogar seus raios sobre aquela parede. Um silêncio
pairou em meu quarto e procurei não me indispor contra o astro rei. O belo e
acolhedor sol que os dá vida nunca mostrou seu real vício, mas ao penetrar pela
janela dava pra ver quantos raios tinha, então, o jeito foi, pacientemente, em
razão de o belo entardecer, parar para vê-lo cumprir sua rota, certo de que ele
passaria e se manifestaria sobre algum vício que poderia trazer no dia
seguinte.
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