Nunca
gostei de matemática, e por gostar de história, literatura e português, eu me
formei em direito. Desde os tempos idos sempre gostei de frases de efeito, pois
quando as usava levava ao leitor meus diminutos pensamentos e de alguma forma
acabei me torno um formador de opinião. Pequenas frases que se bem
interpretadas podem nos indicar quais caminhos a seguir. Talvez seja uma forma
da gente administrar o improvável e tentar almejar o quase impossível. Meu
espírito sempre foi livre e mesmo ele se tratando de uma coisa imaterial sei
que abraçava e controlava junto comigo minhas razões e emoções, mesmo sabendo
que tínhamos e ainda temos o livre arbítrio para decidir entre o certo e o
errado. Hoje, ao formar minha opinião sobre alguma coisa ou notícias veiculadas
na imprensa escrita e falada às vezes algumas opiniões podem parecer
distorcidas da realidade, mas me conformo porque procuro escrever com clareza e
sei que as palavras jamais adormecem em berços esplêndidos. Não é fácil dar
opinião ou se manifestar sobre outra contrária a nossa, por isso pesquiso sobre
o assunto e pesquisando sei que estou evitando magoar pessoas ou deixá-las
descontentes. Quando escrevo sobre assuntos políticos mudo de humor facilmente.
Irrito-me fácil quando leio algum texto contrário ao que penso ou em que a
maioria da população pensa, e principalmente, sendo ele prejudicial ao nosso
País, ou quando escuto mentiras deslavadas de corruptos e corruptores. Às
vezes, diante do monitor, paro, reflito, elaboro algumas frases de efeito como
resposta e as legendo, e, sem querer, brotam respostas que jamais encontraria
se não tivesse a junção entre a razão e a emoção, consequentemente, o livre
arbítrio. Hoje, ao escrever este texto acho que o extraí de um sonho que perdi,
onde se digladiavam a razão e a emoção. Naquele sonho me vi chorando, logo eu
que adoro sorrir e gosto de pessoas que sorriem. Mas tem nada não, pois bonito
mesmo é essa parte imaterial da vida que chamamos de espírito, e, quando a
gente menos se espera, a gente se supera. De posse do livre arbítrio e
monitorado pela emoção e a razão, entendi que é a maneira mais sensata de se
chegar mais perto de ser quem a gente é, mas a bem da verdade, a gente já é.
Ademais,
ninguém melhor do que a gente pra saber o que é bom para a nossa vida. Ninguém,
ninguém mesmo! Mesmo por mais experientes, por mais vencedores que são, poderão
ditar o que eu e você devemos ou não fazer. Quando estiver diante de uma
escolha difícil, o coração disser uma coisa e a razão outra você tem a seu
favor o livre arbítrio para decidir, mas se resolver se calar, não dizer nada,
deve ter pensado bem. O importante é não se deixar levar por uma coisa, nem
outra. Se usar o incorrigível coração é bom saber que ele é levado pela emoção
e tem tendência a fazer com que percamos um pouco a nossa razão, ou a
capacidade de um raciocínio coerente. Todavia, a razão sozinha não poderá ditar
normas e as regras da sua vida, nem tampouco os que convivem com você. E quando
se fala em laço de convivência é muito importante não magoar e nem decepcionar
ninguém, mas isso não deve ser à custa do sacrifício da própria vontade e
necessidade de ser feliz. Ninguém, por mais próximo que seja, poderá decidir de
que forma você deve viver. A vida é sua e você não tem duas ou mais vidas, só
uma.
É muito
fácil dizer às pessoas o que devem ou não fazer. Não é por que se está do outro
lado da tela que se vê melhor. A verdade é que decidindo por nós elas se tornam
responsáveis pelas nossas escolhas. Mas, no tocante a essa frase, seja de
efeito ou não, pode ter certeza, não passa pela cabeça de ninguém. Sendo
responsáveis e sofrendo nossas dores pode até fazer com que doa menos em nós,
mas não podemos exigir e nem corroborar com isso. Ademais é digno e honesto de
nossa parte cumprir promessas e desonesto não cumpri-las alegando somente que
foi feito por dever, sem que haja um real sentimento movendo essa decisão. Ser
honesto com os outros é muito bom. Mas, antes, é fundamental ser honesto com a
gente mesmo.
Por mais doloroso que seja, por mais difícil que possa parecer, é
necessário que libertemos do que pensam e dizem os outros. Pergunte si mesmo: o
que eu quero para minha vida? Talvez nem saibamos exatamente o que queremos,
mas sabemos muito bem o que não queremos. Quando nossa emoção (coração) estiver
brigando com a razão (raciocínio), tentemos pensar no que vai nos fazer feliz
em longo prazo. Mas, se sentirmos confusos, com mentes atribuladas, fechemos
seus olhos e nos entreguemos nas mãos daquele que nos conhece bem: Deus. Mas
façamos isso de verdade, usemos essa nossa parte imaterial desconhecida de
todos nós: o espírito. Só Deus sabe do nosso amanhã, quando decidirá ou imporá
sobre nós, mas vai certamente nos colocar uma luz para clarear nosso caminho e
nos indicar qual deles devemos escolher. Eu aprendi que na vida a gente deve se
habituar a tudo e somente as pessoas que se amam será capaz de entenderem.
Então, usemos nossos espíritos altruístas e o livre arbítrio nos dado por Deus
e tentemos encontrar o equilíbrio entre o que diz seu coração e a razão, mas
sabendo sempre que a vida não é um corredor
reto e tranquilo que a gente percorre livre e sem empecilhos, mas um labirinto,
onde devemos encontrar entre os caminhos perdidos e confusos ou presos num beco
sem saída, o certo.
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