No mundo
de hoje é justamente no meio familiar que mais se briga, seja no ringue da
sala, seja no tatame do quarto, seja entre as cordas invisíveis, ora esticadas
na cozinha, ora no banheiro, ora nos corredores, e é em família que, com
aparente paradoxo, mais se ama, pois a família é feita exatamente para se amar
e o fervilhar, cheio sentimentos, e por sua própria força, pode explodir quando
menos se espera. Sabemos que a grande paixão do brasileiro é o futebol, mas nos
últimos anos outros esportes vêm ganhando muitos adeptos. O vôlei e a natação
são grandes exemplos. Todavia, um esporte que vem crescendo de forma
significativa é o Jiu-jítsu. Muito disso deve-se ao fato de termos grandes
representantes em torneios de MMA. As academias de Jiu-jítsu estão abarrotadas
de alunos que, além de querer se defender e praticar um esporte, eles acabam
seguindo a moda.
Partindo
desse preâmbulo quero aqui falar de uma pessoa que batalha pela vida: a jovem
MMS, jornalista e lutadora de Muay-Thaiy. As iniciais é MMS e não MMA, pois
esta segunda é arte marcial que incluem golpes de luta em pé e técnicas de luta
no chão. A MMS de quem falo pratica além Muay Thaiy, o futevôlei, e se chama
Meyrithania Michelly de Souza e é editora da página Opinião Pública. Não sei
contabilizar quanto tempo, mas certo dia ao passar pela redação do Diário da
Manhã eu a vi pela primeira vez. Manuseava com destreza o computador e foi
fácil observar o seu dom jornalístico. Acho que desde pequena já sonhava
tornar-se uma jornalista, ser um Batista Custódio, um Alexandre Garcia, um
Armando Nogueira, um Paulo Francis, uma Mirian Leitão, uma Rachel Sheherarade,
uma Ana Paula Padrão, uma Silvia Poppovic... Adentrei-me sorrateiramente à sua
sala e fui recebido com muita atenção. Com um sorriso meigo, prontamente me
atendeu, se importando comigo sem saber que há mais de 10 anos eu já escrevia
para o Diário da Manhã. A sua fisionomia
se transformou e soltou um sorriso meio maroto que tomou conta de seu rosto de
menina, cheio de nuances e circunstâncias indescritíveis. Muito paciente, mas
com dedos ágeis digitava alguma coisa, mas mesmo assim parou para me atender. Como
editora da página Opinião Publica controlava via on-line todos os textos
enviados por articulistas sem omitir opinião, e atentamente, os revisava, e foi
aí que percebi que os escritos noticiosos se materializavam em seus
pensamentos, lia e relia, captava as emoções dos autores e observei que ela se
emocionava também. Era fácil perceber em seu semblante a sua vontade férrea de
se tornar uma grande jornalista, pois há anos que venho percebendo a sua
capacidade criativa, de captar mensagens e expressar seus pensamentos sobre o
que lia, sabendo de antemão que nenhum texto poderia ser publicado antes de ser
revisado, notadamente, sem alterar o seu conteúdo ou objetivo que o autor
pretendia alcançar.
Descobrira
que tinha gosto pela leitura, principalmente pela poesia e histórias onde se
fala do romantismo, e até pensa em escrever um livro de romance que sabiamente
passará para o papel. As suas publicações noticiosas e literárias eram e ainda
são repletas de frases de efeito e quem lia e lê viaja junto com ela no mundo
imaginário que cria. Daí começou realmente a paixão pelo jornalismo, cujo
diploma recebeu há mais de quatro anos. Mas voltando ao seu recanto de trabalho
naquele dia comecei a perceber também que quanto mais triste ficava, mais
escrevia, e artigos publicados foram vários, mas acredito que não havia assim
tanta tristeza na sua infância, e talvez, era a única pessoa que transformava a
sua tristeza em um rico texto. Pelo visto ela lia, escrevia e digitava até
dormir... E acredito que sonhava com o que escrevia.
Talvez ela tenha nascido com aquele sentimento jornalístico, pessoa que
sofre com o sofrimento dos outros, que não aceita injustiças, e aí,
logicamente, sentia-se um vazio imenso, a falta de algo que não sabia o que
era. E com esses sentimentos à flor da pele escrevia... Só restava ler e
escrever como forma de colocar pra fora suas angústias e lamentos e decepções.
Não posso descrever aqui o que ela que pensa, mas acredito que escreve na
esperança de que seu trabalho de levar notícias e ou mesmo como editora da
página Opinião Pública, alcance, oriente e mexa com o coração do mais exigente
leitor. Nos tatames da vida o jornalismo falou mais alto, pois ele deve ser o
que mais se aproximou do seu desiderato. E é lá detrás daquela pequena mesa que
toma para si as dores do mundo. Sofre pelos os famintos, pelos desabrigados,
pelos torturados... O mundo não é um lugar seguro e precisa passar isso à
sociedade. É detrás daquela mesa e manuseando o computador que se regozija de
participar da trajetória de pessoas importantes, tão queridas, tão especiais,
sejam governantes ou governados. O jornalismo agradece por sua agilidade, pela
criação do site http://www.opiniaopublica.net.br/, que veio para estreitar contatos e
disponibilizar ferramentas que possa produzir efeitos concretos e eficientes
para publicação de artigos ou crônicas. Por fim, hoje ao vê-lo já vagando pela internet, sem
pestanejar, parabenizo-a. O Site não foi criado para gerar problemas, mas para
levar soluções e pensamentos aos leitores ávidos por novos conhecimentos.
Ver a superação, a grandiosidade de algumas pessoas, fazer parte de
suas histórias e poder contá-las em forma de crônica é uma honra, um privilégio
pra mim.
Apesar
de saber que sofreu um gravíssimo acidente de carro, em 2004, no qual os
médicos disseram que ela ficaria com seqüelas, por conta de uma fratura na
bacia, todavia, guerreira como sempre, seis meses depois ela já estava a todo
vapor nas atividades físicas e dentro do tatame. Agradei-me escrever sobre ela
assim como, para o DM, e é através dele que observo e vejo notícias sobre o
universo da política. Antes enxergava tudo como se fosse uma mera reprodução
das opiniões que chegavam até a gente, cheia de argumentos frágeis e de
contradições mascaradas com radicalidade agressiva... Não admito ser
contrariado, até mesmo dos meus absurdos! Felizmente, essa sensação incômoda
que talvez ela possa sentir não seja suficiente para afastá-la de sua vocação.
Por outro
lado, sua visão do mundo, os seus pensamentos, seus exemplos, foram perceptivos
pela direção do jornal, seu ideal, e sua forma de lutar por um mundo melhor.
Mesmo atuando também como pequena empresária do ramo de locação de vídeos e
DVDs, e engatinhando no exercício do jornalismo ela vê muita miséria,
criminalidade, corrupção, dor, velhinhos abandonados em asilos, crianças e
adultos morrendo por falta de leito ou morrendo no próprio leito. Todavia, MMS
jamais pensou ao fazer jornalismo que seria assolada pela maior de todas as
misérias: a falta de amor ao próximo e respeito ao ser humano como vem
ocorrendo no Brasil com a banalização da violência. Pessoas estão matando sem
dó, e ás vezes, apenas para ouvir o gemido do desafeto. Mas, não é essa sua
única batalha, quantas jornalistas como ela estão sendo amordaçadas, sofreram e
estão sofrendo com tudo isso? Conheço tantas e tantos, e como articulista deste
jornal, hei de voltar a comentar mais sobre isso, porque hoje, já sofri demais
com tantas injustiças e notícias nefastas e injustas.
Na minha
adolescência também dava as minhas pinceladas jornalísticas criando até um
jornal na minha comunidade intitulado: Tribuna Comunitária. Entretanto,
diferentemente dela, formei em advocacia. Mas, viciado em escrever, tornei-me
também escritor e articulista do Diário da
Manhã e aí, tento escrever e atender suas orientações. Debruçando
sobre letras e brincando com elas, vou imaginando e quando menos se espera me
sinto viajando pelo mundo da imaginação na ânsia de levar ao leitor o melhor,
do jeito que o jornal quer e do modo que se faz. Procuro, às vezes, escrever de
forma sutil, sensível, poética, romântica, sempre com o intuito de alcançar o
coração das pessoas e afastar qualquer hipótese que indique qualquer inaptidão
minha.
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