Faltam menos de doze
meses para a eleição, e finalmente, vamos ter a oportunidade de dar um basta em
tudo que vem acontecendo no Brasil. Hoje, dia 29 de novembro, depois de
assistir tantas peraltices políticas e corrupção generalizada, você e eu, de
certa forma, poderíamos estar desinteressados na eleição de outubro de 2018,
agora, na verdade, sentimo-nos uma vontade férrea de votar porque o voto é
única arma para que possamos mudar os destino do País e acabar com a
roubalheira. Ainda é cedo para pensarmos em quem votar, todavia, temos ir
bisbilhotando, analisando currículos para fazermos uma boa escolha senão tudo
continuará do jeito que está. Temos que convencer os eleitores que continuam
votando nesses crápulas a pensarem é melhor. Todos têm que votar usando a razão
e não a emoção. É isso mesmo! O Brasil é grande demais e cheio de problemas
para a gente entregá-lo nas mãos pessoas desonestas e inescrupulosas. Mas
quando se fala em votar quão será difícil esquecer-se daqueles candidatos
enganadores que passaram pelos programas televisivos quatro anos atrás – ou,
melhor, nem queria pensar a respeito, mas sou obrigado pensar e escrever na
esperança que alguns indecisos leiam. E logicamente para escrever esta porcaria
de artigo tive que tirar um tempinho para rever um programa de um partido
político no horário eleitoral gratuito. E que sofrimento! As mesmas baboseiras!
Afinal a gente tem ou não a ver com isso, não é mesmo?... Não sou candidato e
nem você, mas de certo modo fazemos o papel cabos eleitorais virtuais e temos
opiniões diferentes, mas “aquilo” que a gente assiste deixa-nos estarrecidos.
São tantos projetos absurdos, maltratam o português, fazem propostas
mirabolantes sem nenhuma consistência. A mesma balela de sempre. Na minha
modesta opinião os programas eleitorais não deviam ser gratuitos, porque se
fossem pagos, ficaríamos livres de alguns candidatos, que além de não terem o
mínimo preparo moral, são totalmente despreparados politicamente e alguns, por
incrível que pareça, mal dão conta de ler o texto que passa no monitor
controlado pelo cinegrafista.
Os partidos nem se
dão ao respeito de pedir licença para entrar em nossos lares. Pensam que somos
bobos e nosso ouvido é penico. Gente, quanta falta de criatividade! E a
impostação de voz, ou de vozes dos representantes partidários? Cruz credo! Mais
parecem piadas, que nem vale a pena ver ou ouvir de novo, e nem tem como,
porque, felizmente, alguns só conseguem gravar poucas vezes. Ainda bem. Diante
da tantas pessoas que se dizem candidatos, fica mesmo difícil escolher o pior.
Se fizermos anotações das esdrúxulas frases e separar as vozes “taquaras
rachadas” que aparecem, a maioria está eliminada. Por curiosidade procuro
observar se o candidato inova. E vejo que não inova nada! São os mesmo chavões
e depois vem e diz na maior “cara de pau” que vai trabalhar em prol da saúde,
educação, segurança, transporte, habitação e combater a corrupção (claro que
nem sempre nesta mesma ordem). Tem candidato que fala que vai trabalhar pela
saúde e na sua boca falta dentes e tem pessoas de sua família na fila do SUS;
tem candidato que fala sobre educação e sequer tem o primário; tem candidato
que fala sobre habitação, mas vivem de aluguel, outros, nem moradia tem; tem
candidato que diz: se eleito vou melhorar minha vida, de minha família e de
meus amigos; tem candidato que está há mais de oito no poder e diz que vai
fazer isso ou aquilo e até salvar o Brasil da crise. Crise que conviveu e
convive como candidato reeleito por várias vezes. Uai! Porque não fez durante o
tempo em que está no poder; tem candidato do Partido dos Trabalhadores que se
diz na telinha ser honesto, ético, incorruptível, mas esquece que foi pego com
dinheiro na cueca, outro guardava 52milhões num apartamento, sem falar nos que
foram denunciados por corrupção ativa e passiva em relação à Petrobrás e outros
órgãos públicos, tudo gravado e documentado; tem candidato que diz na maior
cara de pau que o seu governo combate duramente a corrupção, sendo que é o
inverso de tudo isso; tem candidato que começa o seu texto assim: Eu como
candidato... (?) Será que come tanto candidato assim? Por que não diz se eleito
for...
Com relação ao
programa eleitoral sou crítico mesmo! Abstenho-me de dizer nomes neste artigo
porque não quero fazer propaganda gratuita. Aqueles que acompanham a política
há bastante tempo sabem que tem candidato que, antes de o ser, já criticava
duramente todo mundo, dizendo que a maioria dos políticos comprava votos, mas
ele, no seu primeiro mandato foi beneficiado por aprovar projeto do governo
desfavorável e em detrimento do povo. Prometeu custear tratamento de saúde de
pessoas que têm o mesmo problema seu. No Programa seguinte, foi suspenso pela
Justiça Eleitoral. Bem feito! Ele não tinha proposta e parece que se candidatou
para se beneficiar de emendas e na calada da noite receber propinas por um
miserável voto. O eleitor quer apenas ouvir é proposta e não agressões verbais
entre partidos e candidatos, pois a maioria é da mesma laia. Durante horário
eleitoral gratuito em que me propus assistir para escrever este artigo, sei que
foi um castigo que impus aos meus olhos, ouvidos e minha sensibilidade, e com a
caneta em punho, fui anotando e selecionado alguns “chavões” até chegar à
escolha do “faz-me rir”. Então vai: Vocês se lembram dos candidatos que diziam
assim: Eu sou aquele cantor que assovia e depois, assoviava mesmo! Os outros,
um berranteiro e um cantor sertanejo que mais parecia o Sinhozinho Malta. Eram
tantas jóias nos dedos, punho e pescoço que fiquei com inveja. E quantas
promessas vazias foram feitas por todos eles.
Para não tomar o
tempo do caro leitor, faço aqui em tópicos separados um resumo das palavras
“sábias” desses candidatos, alguns sem a mínima estrutura para fazer quaisquer
tipos de promessas: 1) Eu sou a cara do povo; 2) Vou lutar contra a fome, a
pobreza, a burocracia e corrupção; 3) Vou lutar pela redução da maioridade
penal; 4) Sou um político de “cara nova”: 5) Sou vendedor de picolé; sou aquele
do lanche, sou o do sacolão, sou o da vassoura... E pasmem! Todos eram
candidatos a Deputado Federal. Não tenho nada contra a profissão de cada um,
porque eu mesmo já fui engraxate, vendedor de pirulitos, cobrador, etcétera e
tal, mas o Congresso Nacional precisa de gente honesta, de ilibada conduta
moral, ético, incorruptível, com capacidade mais intelectiva, que tenha certa
noção de administração pública e não se envolva com falcatruas, não dancem em
Plenário depois de uma votação comprada e nem façam peripécias políticas no
Congresso Nacional. Tal situação acontece porque partidos pequenos, mas
conhecidos como “partidos de aluguel” captam essas humildes pessoas para
completar seus quadros de candidatos, e alguns sequer conseguem ter mais de um.
Vi o sofrimento de uma jovem pedindo voto (texto lido) várias vezes e ao que
parece, o seu partido só tinha ela.
Infelizmente
temos alguns eleitores que se assemelham, à minha visão quando o uso óculos de
grau, àqueles caras estressados que trabalham na bolsa de valores correndo de
um lado para outro. Muitos deles estão trocando seus votos por uma cesta
básica, por uma casa própria, por um vale alimentação. Isso é fato e pesa em
favor dos investidores. Resultado disso: no dia da eleição, já não existe mais
a lembrança do valor do “negócio”, mas o “santinho” do candidato que segue
enroladinho entre os calos da mão do eleitor, objeto da maior confiança dos
candidatos que investiram nele. Esse é o nosso Brasil!
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