
Na janela do lado de lá, tem um poeta
De lá ele vê a lua se esconder no horizonte.
Tem um poeta na janela do lado de cá.
Dali ele vê o sol nascer detrás dos montes.
De lá ele vê a lua se esconder no horizonte.
Tem um poeta na janela do lado de cá.
Dali ele vê o sol nascer detrás dos montes.
Do lado de lá vê somente a penumbra da noite, silêncio fúnebre e estrelas cadentes.
Contrastando com a luminosidade do lado de cá imposta pelo sol bastante quente.
Contrastando com a luminosidade do lado de cá imposta pelo sol bastante quente.
Do lado de cá ele não se vê o breu da noite, a lua, estrelas e constelações.
Do lado de lá, somente a luminosidade lunar, criminalidades, desejos e emoções.
Do lado de lá, somente a luminosidade lunar, criminalidades, desejos e emoções.
Do lado de cá o poeta vê barricadas, policiais protegidos por coletes e carros blindados
Do lado de lá o outro vê traficantes sobre as lajes com armas às mãos e descamisados
Do lado de lá o outro vê traficantes sobre as lajes com armas às mãos e descamisados
Do lado de lá atiram contra os policiais para intimidar
Do lado de cá vê a milícia subir o morro e o povo comemorar
Do lado de cá vê a milícia subir o morro e o povo comemorar
Do lado de cá o poeta ainda pode ver a sua musa de sagitário.
Do lado de lá o outro também vê sua musa de aquário.
O poeta do lado de lá, em cárcere privado, pede para passar para a janela do lado de cá
Da janela de cá o poeta aceita, mas sai pesaroso para o cárcere do lado de lá
O poeta do lado de cá, assustado, vê pela janela, tiros se ecoarem e a lua se esconder no horizonte.
O poeta do lado de lá, agora vê a milícia subir o morro, gritos, e o sol nascer detrás dos montes.
Os raios solares queimam o rosto do poeta que era do lado de lá.
A penumbra e o silêncio da noite assustam o poeta que era do lado de cá.
O poeta que era do lado de cá sente saudade de sua musa de sagitário.
O poeta que era do lado de lá também sente saudade de sua musa de aquário.
O poeta antes de retornar para o lado de cá vê soldados pendurar a bandeira no pico do morro.
O poeta que era do lado de lá, deixa o cárcere e juntos, assistem feliz a comemoração do povo.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA é advogado, escritor, ambientalista. Presidente da ONG Visão Ambiental (www.ongvisaoambiental.org.br ). É diretor da UBE - União Brasileira dos Escritores.Escreve às quartas. Email: vdelon@hotmail.com BLOG: vanderlandomingos.blogspot.com.
Do lado de lá o outro também vê sua musa de aquário.
O poeta do lado de lá, em cárcere privado, pede para passar para a janela do lado de cá
Da janela de cá o poeta aceita, mas sai pesaroso para o cárcere do lado de lá
O poeta do lado de cá, assustado, vê pela janela, tiros se ecoarem e a lua se esconder no horizonte.
O poeta do lado de lá, agora vê a milícia subir o morro, gritos, e o sol nascer detrás dos montes.
Os raios solares queimam o rosto do poeta que era do lado de lá.
A penumbra e o silêncio da noite assustam o poeta que era do lado de cá.
O poeta que era do lado de cá sente saudade de sua musa de sagitário.
O poeta que era do lado de lá também sente saudade de sua musa de aquário.
O poeta antes de retornar para o lado de cá vê soldados pendurar a bandeira no pico do morro.
O poeta que era do lado de lá, deixa o cárcere e juntos, assistem feliz a comemoração do povo.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA é advogado, escritor, ambientalista. Presidente da ONG Visão Ambiental (www.ongvisaoambiental.org.br ). É diretor da UBE - União Brasileira dos Escritores.Escreve às quartas. Email: vdelon@hotmail.com BLOG: vanderlandomingos.blogspot.com.
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