“Você é livre para fazer
suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”. Frase de Pablo
Neruda, poeta chileno, nascido em 12 de julho de 1904, um dos mais importantes
poetas da língua castelhana do século XX. Foi cônsul do Chile na Espanha e no
México. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1971.
As escolhas podem ser feitas por mim, por você, ou por qualquer pessoa, mas temos que ter o máximo de cuidado, pois as consequências podem atingir muita gente. (Eu).
O poeta realmente estava correto. Certas escolhas que
fazemos em nosso dia a dia podem realmente determinar o rumo de nossa história.
São de extrema importância e muitas delas precisam de cautela antes de ser
tomadas, pois podem determinar o caminho para a felicidade ou para tristeza ao
longo de uma vida. Nós, literalmente falando, colhemos as consequência pelas
escolhas que plantamos. De alguns conceitos que procurei extrair no tocante a
escolha e suas consequência, embora não tivesse contato com nenhuma pessoa
ligada à área, alguma das opiniões que coloquei aqui creio que, com o passar
dos tempos, mudaram. Entendo que certas afirmações foram um tanto quanto
radicais, mas não discordei taxativamente de alguns pontos de vista até que me
convencer e poder publicá-lo no Diário da Manhã. Na verdade,
podia ter lido sobre o assunto nalgum lugar, num livro qualquer, mas a memória
falhava. Esquecia de lembrar ou esquecia-se de esquecer. Em certas
circunstâncias, era vantagem ter péssima memória, pois me divertia com a
situação, voltava ao lugar onde achava que tinha lido ou perdido, mas não me
lembrava do que ia procurar, dava um “branco”, uma pane momentânea na memória.
Sabia que podia ser coisa importante, mas infelizmente, não era a primeira vez
que acontecia.
Viver,
queira ou não queira, é uma escolha. Ambos os sentidos dessa frase são
verdadeiros: pode-se acabar com a vida morrendo, do nascimento à morte,
surgindo situações em que duas ou mais escolhas nos são apresentadas: os novos
caminhos que você deverá seguir. As circunstâncias dessas escolhas são as mais
variadas, algumas têm consequências mais simples enquanto outras são mais
complexas. A partir das consequências é que deve se tomar a real decisão,
todavia, hão de se convir que esse seja o problema que está levando o mundo ao
caos. Não é simples levar em conta no que culminará numa decisão precipitada ou
não. Nota-se que quanto maior o grau de instrução de uma pessoa, maior a chance
da decisão tomada ser a melhor possível. Como o grau de instrução da maior
parte da população brasileira é baixo, as pessoas tomam decisões precipitadas e
sem levar em conta as consequência.
Além
das situações em que a escolha é responsabilidade da pessoa, existem situações
que fogem do controle opcional. O indivíduo que não tem oportunidade de ter
educação, o que é de direito de qualquer cidadão e falta aos brasileiros, tende
a não tomar as decisões mais corretas, podendo arriscar sua vida por isso.
Considerando o derrotismo e o sofrimento de uma falta de emprego e de não poder
dar o melhor para os filhos, o pai pode desesperar-se e passar a praticar
crimes para conseguir dinheiro. Enfim, todas más escolhas dependem de uma série
de acontecimentos precedentes na vida e que muitas vezes a culpa não se deve
aplicar a esses indivíduos. Se os acordos que existem entre os seres humanos
fossem cumpridos, principalmente no que diz respeito aos governantes, a
situação sem dúvida melhoraria.
Outro
fator que interfere ultimamente nas escolhas é a transformação do que é
cultural em natural. As coisas consideradas erradas passam a ser aceitas como
certas. A busca desenfreada de estar à frente das outras pessoas
monetariamente, o racismo, os preconceitos e outras situações foi criada pela
cultura e são consideradas naturais. É interessante perceber como, atualmente,
a maioria das pessoas tem uma grande dificuldade para lidar com as consequências de suas escolhas, alguns, consciente ou inconscientemente,
procuram culpados para justificar seus próprios sofrimentos. Sim, vivemos uma
concreta crise no senso de responsabilidade, em que muito se escolhe e pouco se
quer arcar com as consequências do que se escolhe.
Urge,
mais do que nunca, aprendermos a arcar com as consequências de nossas escolhas,
sabendo que somos os reais protagonistas de nossa existência e que esta só
poderá acontecer com qualidade, se por ela (qualidade) decidirmos em cada
fragmento que compõe o nosso todo. De outra parte, temos de resgatar a capacidade de
escolher com clareza, tendo diante de si a consciência concreta das consequências do que vamos acolher. Nossa vontade precisa ser forte, pois só
assim ela poderá acontecer com liberdade e segurança, sem ser condicionada a
vícios ou paixões que a deixe opaca e fragmentada.
Diante disso, acredito que todos, indistintamente, precisam
permitir aos seus entes queridos e pessoas de seu convívio a enfrentarem todos
os sofrimentos causados por suas más escolhas, pois, se eles se ausentarem disso
nunca conseguirão crescer e acabarão aprisionados dentro de si mesmos, sem uma
reta consciência das consequências daquilo que na vida um dia eles terão o
ofício de escolher. De outra parte, é extremamente necessária esta
compreensão: Muito em nossa história dependerá dos outros e principalmente de
Deus, contudo, muitos dependem somente de nós e das escolhas que fizermos e,
culpar esses outros porque nossa vida não é tão boa, não eliminará
definitivamente as dores e problemas que configuram nossos dias.
Excelente crónica, porque as consequências são menos perceptíveis do que nossa necessidade de decidir sem visualizar o que vem depois.
ResponderExcluirÉ assim mesmo, por isso temos que ter certos cuidados.
ExcluirÉ assim mesmo, por isso temos que ter certos cuidados.
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