O Vendedor de Sonhos

quarta-feira, 28 de setembro de 2016


Dias atrás encaminhei um pedido via Email para o escritor Augusto Cury, que nem o conheço pessoalmente, e humildemente, perguntei-lhe da possibilidade de fazer um comentário sobre o meu primeiro livro de poesias intitulado “Rastros de Mim”. E qual foi minha surpresa quando poucos dias depois recebi seu recado, e no qual, além de fazer o comentário por mim solicitado, num parágrafo em separado disse: “Vanderlan, considere-se meu amigo. Aproveito para convidá-lo para ser um dos embaixadores do meu filme “O Vendedor de Sonhos”, megaprodução da Warner Bros Pictures e Fox, a ser lançado em todo o País no dia 8 de dezembro de 2016. O papel de um “embaixador” deste filme é divulgar seu conteúdo e sua data de lançamento em sua rede de contatos, com o objetivo de que sejamos todos vendedores numa sociedade altamente estressante que deixou de sonhar”. Quanto ao comentário que fez sobre o meu livro me abstenho de escrever aqui, pois poderia tirar a surpresa e curiosidade dos meus queridos leitores, que por sinal, mesmo sucinto, em poucas palavras descreveu tudo aquilo que sou e penso.

Já no exercício de “embaixador” li livro “O Vendedor de Sonhos: O chamado”, “Revolução dos Anônimos” e Semeador de Ideias, uma trilogia de Augusto Cury considerado por milhões de pessoas um dos melhores livros do autor, o qual, foi editado várias vezes e vendido para mais de 7 milhões de pessoas, esta quantidade somente no Brasil. O livro também foi traduzido em várias línguas e, posteriormente, lido por milhões de pessoas em várias partes do mundo. Tanto reconhecimento tem sua lógica, afinal de contas, neste livro Augusto Cury procurou aplicar seus conhecimentos psicológicos e sociológicos sobre o comportamento humano e seus conflitos psíquicos. A procura pelo livro foi e ainda é unânime, tanto que ao adquirir estes três livros, outros jovens faziam o mesmo. Observei que as pessoas que estavam adquirindo querem ler para conhecer um pouco a forma de pensar deste brilhante escritor, hoje meu amigo, Augusto Cury; outros leitores, talvez menos afortunados e precisando de uma palavra amiga, procuram ler para encontrar conforto e esperança nas palavras concisas e instigáveis da obra, pois estão oprimidos, angustiados e enclausurados no mundo dos conflitos mentais. Conflitos estes que são desencadeados pela a agitação e opressão do atual sistema social do qual fazemos parte.

A obra, pelo que entendi, descreve e enfatiza a vida de um homem que se utilizou do anonimato para esconder a sua verdadeira identidade. Era conhecido por todos como O Vendedor de Sonhos, assim como ele próprio se declarou ao ser questionado pelas pessoas sobre sua origem e identidade. Faço das palavras do blogueiro Marcondes Torres as minhas, o qual além de me ajudar no discernimento, também fez um excelente comentário sobre o livro e que tomo a liberdade de citá-lo aqui, pois o nosso propósito é divulgar o que é bom para a cultura brasileira. Ele comentou: “O termo é mencionado várias vezes ao longo da obra não por acaso, mas para dar ênfase ao que ele realmente fazia vender sonhos para as pessoas desoladas e angustiadas com a própria vida que tinham. Pessoas que para alguns tinham comportamentos, vícios e ou distúrbios irreversíveis, bem como alcoólatras, pessoas depressivas, ladrões, indivíduos que já foram presidiários, doentes mentais e físicos, enfim, vendia sonhos para toda e qualquer pessoa que se encontrava em situações críticas, ou seja, pessoas que viviam à margem da sociedade, que sofriam com doenças psíquicas por terem sido abaladas com perdas irreparáveis, tais como a morte de entes queridos, prejuízos e perdas no mundo financeiro, ou ainda a falta de autenticidade e reconhecimento social.”

 “Dentre esses inúmeros personagens problemáticos que o seguiam por terem sido convidados pelo próprio Vendedor de Sonhos vale ser destacado o acadêmico e professor universitário Júlio César Lambert que sempre fora muito duro e carrasco com os profissionais e alunos da instituição na qual trabalhava. Era autêntico e autoritário no que fazia. Era perfeccionista e queria que todos, inclusive seus alunos, fizessem o mesmo. Nas entrelinhas da leitura percebi que ele perdera os pais ainda criança, então aí estava um motivo. A mãe falecera de câncer o pai suicidou-se na sua presença, fato que o deixou profundamente constrangido. Aí estavam mais motivos para ele se tornar tão rígido com os seus semelhantes. Motivos mais aceitáveis para explicar o porquê da sua personalidade tão rigorosa e ao mesmo tempo insensata. Não tinha tempo para conviver dignamente com os filhos e a esposa. Sempre estava ocupado com os afazeres do dia a dia. Com tantas preocupações desenvolveu uma perturbante depressão. Queria suicidar-se pulando do alto do edifício San Pablo. Foi nesse contexto que ele conheceu o incrível homem que mudara por completo os rumos da sua vida.”

Desde então passou a conviver com esse homem e desenvolver a arte de vender sonhos para as pessoas. Ficava como era costume e as outras pessoas que assistiam, extasiado e atônito ao ouvir as palavras sábias e cheias de conhecimento do mestre que conhecera. Questionava-se em pensamentos a si mesmo: “Quem é esse homem que hipnotiza e cativa as pessoas com suas palavras? Qual a sua origem? Qual o seu passado? Será ele um filósofo,  um sociólogo, um sábio ou um psicótico? Era perturbado freqüentemente com questionamentos que invadiam a região recôndita de sua mente.”

Como salientou, para meu espanto, o dele, assim como o do próprio personagem, no grupo de discípulos se destacavam ainda o humorístico e sarcástico Bartolomeu que era um alcoólatra. O Salomão que sofria com uma doença psicótica compulsiva. A Mônica uma jovem modelo que sofria de Bulimia por causa das exigências do mundo da moda. O Dimas, mais conhecido por Mão de Anjo, um ladrão de primeira categoria que não se intimidava ao abordar uma vítima. Todos eles foram profundamente cativados com os ensinamentos de vida do Vendedor de Sonhos. Não tinham palavras para contradizer o que ele dizia, pois eram bombardeados com turbilhões de ideias filosóficas que penetravam em suas mentes fazendo-os mudar suas ideias e conceitos sobre a vida.

Foi assim que o Vendedor de Sonhos adquiriu admiráveis amigos e também indesejáveis inimigos. Certo dia alguns empresários da empresa Megasoft chegaram aos discípulos do mestre e os convidaram para fazerem uma homenagem surpresa ao inquestionável homem que mudou para melhor a vida de centenas de pessoas. O grupo desconfiado aceitou o convite sem saber que se tratava de um golpe humilhante. Marcaram o endereço do encontro em um enorme estádio da metrópole e seguiram dias depois com o mestre para o local. Anteriormente, ele desconfiou mais aceitou o pedido por consideração aos amigos. No estádio estavam presentes milhares de pessoas e várias emissoras de televisão prontas para assistirem o evento. Em um telão enorme começou a serem transmitidas algumas cenas de um indivíduo psicótico sofrendo alucinações e, posteriormente, o homem que gravava as imagens o fazendo interrogações sobre suas visões. As pessoas não entendiam nada. E não entendiam mesmo!”

Para clarear as ideias, pois o final do filme é melancólico, os apresentadores disseram para a platéia que se tratava do Vendedor de Sonhos. As pessoas presentes ficaram perplexas e extasiadas, inclusive os discípulos do Mestre, o semeador de ideias; não acreditavam no que estavam vendo e ouvindo. Os apresentadores começaram a difamá-lo e caluniá-lo dizendo que se tratava de um impostor, um hipócrita, um homem maluco que enganara um bando de idiotas. Por pressão dos apresentadores ele começou a falar e dizer que fora um empresário muito rico, milionário. Alguns que o reconheceram e lembraram que se tratava do dono da empresa Megasoft ficaram chocados com a atitude humilhante do grupo de empresários da mesma empresa. Continuou dizendo que nunca deu atenção a seus filhos e a esposa como deveria o fazer. Contou que certo dia eles morreram em um acidente de avião e que os céus desabou sobre ele a partir daquele dia. Profundamente depressivo passou a valorizar as pequenas coisas da vida, como amar ao próximo e disseminar palavras de esperança e conforto para com os mesmos. A partir daí passou a viver no mundo e para o mundo tentando se redescobrir a cada dia, pois sempre dizia que era apenas um caminhante que estava à procura de si mesmo.”

 Ao proferir estas palavras todos que estavam no estádio o aplaudiram incessantemente, sobretudo, alguns líderes empresariais. Ele chorou assim como muitos que estavam ali presente. Mostrou para a humanidade através das emissoras que ali se faziam presentes o quanto o ser humano é pequeno, hipócrita e imperfeito. Mostrou também o poder destrutivo do dinheiro quando idolatrado e mal administrado. Não mais idolatrava bens materiais, pois dizia que estes destruíam a humildade, a honestidade e a sanidade humana. Queria apenas vender sonhos à humanidade, restituir valores e preceitos perdidos. Baseava-se nos ensinamentos calorosos do Mestre dos Mestres, Jesus Cristo o filho do homem. Assim como Ele, foi humilhado perante milhares de pessoas, porém suportou tudo silenciosamente sem reclamar.

Ao finalizar espero que este pequeno resumo fortaleça e sirva como exemplo de vida para muitos que estão perdidos na escuridão de seu próprio ser, sem saber o que fazer para apaziguar as suas angustias e anseios que, ao final, como disse Augusto Cury em seu EMAIL: “Este livro tem o objetivo de que todos sejamos vendedores numa sociedade altamente estressante que deixou de sonhar.


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