Para escrever esta pequena crônica busquei na região recôndita de meu cérebro algumas cenas dos debates eleitorais entre Marconi Perillo, Iris Rezende e o meu xará Vanderlan. Como algumas delas estavam perdidas nos labirintos de minha memória, para reativá-las, retirei do meu arquivo as folhas de jornais que noticiaram sobre debates anteriores, e relendo alguns textos, meu cérebro foi mostrando seguidos flashes de cenas onde os candidatos Iris e Vanderlan insistiam em afirmar que o governo de Marconi era responsável pelo endividamento da CELG e que tinha deixado um déficit de 100 milhões no final de seu governo. Não há de se compreender o porquê da insistência deles uma vez que através de uma CPI, ficou confirmado que a situação financeira da CELG ocorreu em face da venda da Usina de Cachoeira Dourada durante o governo do PMDB, fato confirmado até pelo Ministro Edson Lobão do mesmo Partido, e quanto ao endividamento do Estado, esta situação foi criada pelo Secretário da Fazenda Jorcelino Braga com o fito desestabilizar a candidatura de Marconi Perillo, e é de fácil discernimento, pois ao ler as matérias, pude constatar que a CPI do Endividamento realizou um trabalho sério e o mesmo foi corroborado por informações fornecidas pelo TCE – Tribunal de Contas do Estado de Goiás. O relatório foi incisivo ao afirmar que não existiu tal déficit e que o governo de Marconi ainda deixou um superávit mensal de 22 milhões de reais. A difamação e a mentira tiram a credibilidade de qualquer político e a insistência em levar este assunto aos debates eleitorais era como se eles tivessem ateando no escuro os reflexos repetidos de pessoas desmemoriadas ou teimosas que não encontraram outras denúncias para derrotar Marconi.
É difícil entender o que se passa nas mentes silenciosa de candidatos à beira da derrota. Será apenas medo de encará-la novamente ou de não poder revelar e atender os acordos palacianos? Hoje, após ler e reler aqueles textos para poder escrever esta crônica e no intuito de entender o porquê de tanta falácia não cheguei a nenhuma conclusão fática e desnorteado coloquei o jornal sobre a escrivaninha e liguei a TV que, sem pedir licença, foi mostrando fragmentadas cenas de reportagens, que se repetiam à exaustão, mostrando o endividamento do Estado de Goiás em trezentos milhões de reais e o atual Secretário da Fazenda afirmava que só o empréstimo pleiteado junto ao Governo Federal fechariam o no ano azul.
Voltei para o meu recanto sonhador e escrevi nas paredes do mundo com letras garrafais os motivos da minha decepção em relação à administração do Governo Alcides Rodrigues e sobre o silêncio anacrônico que atravessei nos últimos dias. Entretanto, não me senti mais constrangido em relação à situação vexatória deixada pela minha velha espingarda quando atirei naquela paca e o cano (culatra) explodiu. A farsa do déficit montada pelo governo estadual e seus asseclas para desestabilizar a candidatura de Marconi Perillo também saiu pela culatra.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA. É advogado e escritor – Membro da União Brasileira dos Escritores. E-mail: vdelon@hotmail.com Autor dos Livros: Uma Pedra no Caminho; O Mistério do Morro do Além; e Espelho das Águas.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA. É advogado e escritor – Membro da União Brasileira dos Escritores. E-mail: vdelon@hotmail.com Autor dos Livros: Uma Pedra no Caminho; O Mistério do Morro do Além; e Espelho das Águas.
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