Umbelina Frota, uma poetisa antenada.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015


Mulher de sorriso radiante, inquieta, que adora ler, escrever e ligar para os amigos com a atenção que lhe é peculiar. Quem a conhece reconhece que ela tem seu próprio modo de ver e viver a vida. Parece demonstrar com a sua inquietude que nunca tem tempo, mas tem a capacidade de fazer o tempo parar e realizar seus intentos, sonhos, escrever poesias que nos encantam. Faz-nos afogar em seus versos sutis, leves e soltos, aliás, como poetisa, sabe muito bem o que quer. Seus versos são precisos, ritmados, melodiosos, de uma métrica poética surpreendente, cuja mente sempre tranquila, põe-se a rir das mentiras que a fama lhe traz, enquanto os seus belos olhos que parecem feitos de água, fazem refletir sobre as letras, variadas cores, rima e ritmos, formas e proporções exatas, mesmo das coisas que um letrado desconhece.

Umbelina tem um olhar forte, vibrante, um sorriso encantador que vira aos avessos aqueles que a conhece, assim como aos incautos, aqueles desprevenidos, desprovidos de cautelas, ingênuos, que se tornam meros opostos, mas os que a conhece de perto, sejam avessos ou opostos, sabem que ela é determinada a ponto de tempos idos sacar um revolver e intimidar uma desafeta, como ocorreu na cidade de Sítio D’Abadia, mas por outro lado, sabem ser ela possuidora de um coração generoso, cheio de sonhos, sonhos de poetisa, sonhos de mulher antenada que vive olhando sempre pra frente, atuante, inteligente, dinâmica. E quando entardece, creio que, no entremeio do pôr do sol e do nascer da lua, ela libera o seu dom especial, deve versejar silenciosa em seu canto, deve compor e até escutar canções que marcaram a sua juventude e a sua própria vida, misturando-se nesse refúgio não coloquial, o amor e o carinho tão profundos como se ela estivesse vivendo em tempos primaveris. É simples, é forte, uma mulher cujo rosto o maldoso tempo tentou carcomer, mas, esperta, safou-se dele e manteve-se sempre altiva, vivaz. Mulher dos anos 30, mas de idéia contemporânea, jeito moderno e que sabe viver a modernidade.

Ela sempre teve, tem e mantém um ar sapeca, mas pose de mulher, olhar penetrante pra quem agüenta, porque muitos por aí não conseguem encará-la, olhar olho no olho, dado o seu semblante sempre alegre, educação peculiar e encantamento. No coração dela acho que sempre coube e caberão sempre mais e mais amigos, mas imporá respeito pelo seu jeito firme de falar e decidir; respeito logo nas primeiras palavras, pois nunca se atrapalha nos passos, mesmo não tendo mais tenra idade. Enche nossos olhos e ouvidos com sua alegria, tem o dom da amabilidade, que é pra poucos. Cuidadosa e elegante ao extremo e cá entre nós, eu acho um charme! Nasceu em 21 de agosto de 1935, na cidade de Januária, Estado de Minas Gerais, é funcionária aposentada dos Correios, ex-vereadora na cidade de Sítio D’Abadia, poetisa premiada, consagrada e reconhecida em cinco continentes, cujas obras, homenagens e títulos são tantos que abstenho de relacionar aqui, pois não caberá neste pequeno espaço de jornal. Mãe, avó, bisavó e sonhadora, durante o seu lapso de tempo viu tudo se juntar de uma maneira misteriosa aos olhos de quem não pode ver as maravilhas ocultas desse seu universo, e hoje, como mero escriba, apenas resumo um pouco do que sei desses seus oitenta anos de vida, bem vividos.

Acredito que a fase dos 80 anos de Umbelina Linhares Pimenta Frota Bastos é infinita dentro de seus finitos, fase que há possibilidade de falar e escrever abertamente sobre tudo que acontece no seu e em nosso dia a dia; fase de falar dos sonhos, das fantasias, das realizações e do intenso trabalho cultural e intelectual que desenvolve, não só na cidade Inhumas, mas também em outras cidades. Além da Academia de Letras, Ciência e Artes de Inhumas - ALCAI, onde exerce a Presidência, ela é membro de outras entidades culturais de Goiânia e do interior de Goiás. Suas obras poéticas publicadas, são, entre outras: “Apenas uma Lembrança”; “As sombras do Jatobá”; “Loucuras de Poeta”; “Caminhos de Pedras” e o famoso poema“ The Roses She did no have”, editado na Mangólia e publicado na revista The Words Poets, Quarterly, na China, obra que recebeu o prêmio de Honra ao Mérito Dennis Kann – OEA – AOHNA, pela Associação Internacional de Escritores e Artistas Buffon College – Toledo – USA. Então, para que ela continue no auge da fama e antenada, finalizo citando uma frase do grande Charles Chaplin, apenas acrescentado mais estas palavras: escreva e faça poesia: ”A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, escreva e faça poesia, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Feliz aniversário!

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