Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

Laços de Família

quarta-feira, 27 de março de 2013


Embora os filhos não tenham motivos para se tornarem delinquentes é necessário entender que a violência pouco a pouco pode entrar em nossos lares. Ouvimos diariamente noticiários mostrando as barbaridades praticadas por jovens contra pessoas humildes que transitam pelas ruas e ou mesmo contra os seus próprios pais e entes queridos. Situação que nos fazem refletir e perguntar: Como pode ele praticar tanta barbaridade? Como podem ser tão frios e capazes de praticar tamanha violência? Não obstante a gente não aceite como um fato real, que pode alcançar o nosso lar e que esta é uma realidade vivenciada em todos os lugares, que afeta a todos, não podemos deixar de considerar que a violência sempre existiu, entretanto, o mais perigoso, agora, é que começa a ser tolerada e ser aceita como inevitável, pois sem ir muito longe, em nossos lares a televisão entra sem pedir licença, mostra em seus filmes e novelas cenas horripilantes, armamento de pequeno e grosso calibre que vomitam suas balas como se estivessem comemorando uma festa junina, e vemos estupefatos, vários corpos estirados no chão. O sexo deliberado e crua violência que se veem nos noticiários já extrapolam os limites da sensibilidade humana, mas, no fundo, torna-se difícil de dar um basta. Há uma perda de controle geral pela sociedade organizada.

No que tange ao meio familiar, desde os tempos remotos, Deus tem incluído a família em suas promessas de bênçãos, salvação e livramento, tanto que em Gêneses 7:1 disse para Noé: “Entra na barca, tu e toda sua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração”. Daí manter a paz e ser justo dentro de uma família, partindo deste princípio, podemos afirmar que é uma obrigação primária, mas, em espacial, dos pais, pois é no lar onde se aprende essa justiça, onde se inicia o aprendizado das palavras de Deus, bem como a viver e construir a tão almejada paz. É no lar que os pais têm enorme responsabilidade de ensinar aos seus filhos a maneira de se comportar, de tratar aos demais e de resolver os problemas. Mas é importante salientar que nessa pequena sociedade familiar, que exista amor e carinho entre seus membros para que não se perca a almejada paz, pela qual, todos devem trabalhar pacientemente todos os dias para conquistá-la e ou mesmo mantê-la. 

A paz para reinar num lar deverá ser o resultado de muitas atitudes, mas todas elas deverão estar fundamentadas precisamente no amor, na caridade, sem perder a visão familiar tão sonhada por Josué (24:15): “...eu e minha casa serviremos ao Senhor” . Quando colocamos algumas famílias no palco da vida para encenaram suas vidas, assistimos cenas que nos deixam estarrecidos, entretanto, é importante atentar para o fato de que estão vivendo uma realidade dinâmica, em evolução permanente, com nascimento de novas raízes e aí nunca será a mesma, pois estão formando um mundo à parte, como propostas e jeitos próprios que não se repetem. E é neste contexto que os planos de Deus tomam forma e são dados ao casal em forma de semente para que a cultive e se multiplique na Terra, onde o mal, muitas vezes, parece prevalecer sobre o bem, mas, fortalecidos por ELE e obedecidos os seus mandamentos, essas famílias possam prevalecer sobre o mal, crescer e levar essa semente à plenitude do amor, da paz e da bondade.

É difícil corrigir anos e ou mesmo erros de gerações passadas, todavia está claro que há muita coisa que precisa ser esclarecida escrita no versículo, Atos 16:31: “Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e tua casa”. Interpretando a frese acreditamos que essa provisão Divina para a salvação e benção de toda a família nada mais é que devemos meditar que Deus pensa nela e tudo que faz, tanto que proveu para o seu filho Jesus uma família abençoada nesta terra. Tenho visto atitudes erradas na vida de muitos cristãos, entretanto, o único modo pelo qual podemos ter boas famílias é vê-las construído sobre um alicerce firme para que todos louvem a Deus de forma consciente e tudo comece a frutificar dentro da casa, de modo que possam entender o que Deus tem desejado e os princípios que norteiam o seguimento familiar.

Apenas o Sol e a Lua como Testemunhas

quinta-feira, 21 de março de 2013


Quantos meninos e meninas estão perambulando pelas ruas, pés descalços e maltrapilhos em busca de um lugar melhor na sociedade em que vivem. Quantos permanecem às margens da sociedade em uma luta insana pela sobrevivência. Procuram casas não habitadas, terrenos baldios, uma ponte para fazerem delas suas moradias ou se protegerem do sol escaldante, ou à noite, do frio; não tem proteção da sociedade e não são convenientemente vigiados ou orientados por adultos responsáveis. Nesse percurso, como crianças desprovidas de recursos, passam a maior parte do tempo na rua, sem serem necessariamente infratoras, fazem de tudo para manterem-se vivas e algumas até procuram, de forma lícita, gerar míseros trocados para ajudar no sustento da família. 

Consideradas pela sociedade como perturbadores da ordem e da paz social essas crianças nasceram como quaisquer outras cheias de vitalidade, alegria e expectativas. Querem fazer parte da sociedade que lhes confronta nas ruas e sonham fazer parte de um modelo econômico e social do qual são excluídas. Só encontram barreiras e falta de oportunidade nos lugares onde vivem: os espaços segmentados das cidades, as favelas e os bairros de periferia. Rejeitados por essas comunidades se afastam para permanecerem vivas e aí, deparam com a violência das ruas, são presos, maltratados e ao serem julgados pela justiça dos homens não tem ninguém que os compreende e os amparam de verdade. Ao sentirem os olhos sisudos da lei, voltam seus pensamentos para o passado e conseguem somente vislumbrar o sol e a lua que foram os únicos a testemunharam seus momentos de angústias, solidão e devaneios. 

Diante desta situação seria desumano acusar os pais paupérrimos por falharem ou não terem condições de criar e educar os filhos, haja vista que sequer lhe são assegurados condições mínimas para que possam viver com dignidade e manter os filhos numa base sólida. Apoiar essas famílias carentes seria a maneira mais hábil de fortalecê-las e, em consequência, o caminho seguro para a promoção de políticas de defesa da infância e da juventude, bem como de seu direito de exercer a cidadania. 

Durante a minha caminhada, ao ouvir os desabafos dessas famílias, restou-me sentir na profundeza da alma que o ser humano está acéfalo e em face dessa acefalia moral da sociedade tento compreender a minha própria história: eu era um menino pobre, pés descalços, que percorreu ruas poentas, engraxava sapato para sobreviver e, nas andanças, procurava buscar aquilo que muitos não tiveram e foram negados pela sociedade: uma família, um lar, mesmo humilde, mas de verdade. Naquele casebre, entre os desabafos, senti que a fome batia à porta do estômago de uma criança, a sua boca estaca seca, a pele encardida, os lábios rachadosdesnutrida e o corpo todo reagia conforme as variações da velocidade de um móvel da unidade do tempo; olhava a prateleira e nada via; nada que podia suprir a dor imposta pela fome. Outro meninomenos franzino, de olhos castanhos arregalados, saiu para a rua e se encontrou com outros na mesma situação. Formou-se um bando e a cidade trancou suas portas com medo do absurdo, esta mesma cidade que viu e vê tudo sem levantar o bastão que tem poderes de abrir portas e nelas colocar o amor e a dignidade. Situação que me lembrou de uma notícia de jornal que anunciava um show milionário com o cantor inglês Paul McCartney que dizem estar sendo patrocinado pelo Governo de Goiás. Se for verdade, é um absurdo! Um contraste com tudo que a gente assiste na vida real. 

É salutar que haja responsabilidade e que se inclua na sabedoria dos homens que cuidam desses meninos e meninas de rua que, além da inclusão familiar, há a necessidade da religiosidade, colocar em suas bocas os provérbios citados por Jesus durante milênios e fazer com que todos possam entender a amplitude de suas palavras. Os gritos silenciosos desses jovens trazem para nós, neste período tenebroso, onde ocorrem crimes a todo instante, sinais de um possível novo tempo, porque está exigindo de nós outra postura, onde deve participar toda a sociedade: os pais, professores, sociólogos, juizados, Ministério Público e o Governo, porque esses meninos e meninas vão crescer e, amanhã, se tornarão adultos e a sociedade dotada de bom alvitre não vão querer vê-los organizados e fazendo parte de um movimento que ampliarão por certo o submundo do crime.

Pássaro de Aço

terça-feira, 5 de março de 2013


Através da pequena janela observo alguém na torre de controle autorizar a decolagem. Autorizado, o piloto liga a turbina e o avião desliza pela pista numa velocidade considerável soltando no asfalto uma fumaça esbranquiçada que devia cheirar borracha queimada, e, no momento certo, sustentado pela força da gravidade, levanta seu bico rumo ao céu nublado. Pequenas gotas de chuva debatiam na janela e num repente ficou para trás trazendo a sequidão do nordeste, enquanto observava atentamente a amplitude do universo que nem sabemos ter fim. As nuvens não se assustam mais com esse objeto composto por turbinas e fuselagem em forma de charuto, sustentado por um par de asas que transportam em seu interior pessoas de todos os tipos, e olhando em seus semblantes, notava que cada uma carregava consigo, esperanças, desilusões, mágoas, ansiedade e medo. Algumas são a primeira vez que voa nesse imenso aeródino.

A aeronave segue calmamente rumo ao nordeste do Brasil, cuja rota já estava traçada na planilha de voo. Ela não balançava quando fazia o trajeto sul, permanecia firme e em linha reta, naquele momento sobre as nuvens, ora negra, ora branca, como a um algodão. Dentro, os passageiros ainda se ajeitam nas poltronas, inquietos, alguns tensos, outros com os olhos parados no tempo e um sono por quebrar. Um homem de cabelos grisalhos, com o rosto já carcomido pelas intempéries do tempo rezava em silêncio, enquanto lá embaixo, podia-se ver a terra mostrando sua face, coberta por serras, milhares de meandros, savanas, lagos e dezenas de rios que, algumas vezes, desapareciam debaixo de imensas nuvens negras, ficando totalmente diminuto lagos e rios que se tornavam apenas pequenos riscos sinuosos em face da altura do avião.

O pássaro de aço segue seu rumo e durante alguns segundos uma turbulência, explicada pelo piloto que se tratava apenas de mudança de altitude. Um simples barulho bastava para deixar alguns tensos, mesmo diante do silêncio que pairava no ar. A cada instabilidade da aeronave olhos se abriam e faces empalideciam. Mas, logo, sorridente, veio uma jovem, comissária de bordo, empurrando um carrinho com habilidade e sem nenhum medo no olhar; depois escutou alguém reclamar de alguma coisa e nem percebeu ou se fez de indiferente quando jovens trocavam carícias nas últimas poltronas. Nem pareciam sentir os problemas que afligiam cada um.

O homem construiu máquinas incríveis, inimagináveis, bem como esses pássaros de aço que encurtam distâncias e suavizam nossos sofrimentos algumas vezes maltratados por uma longa viajem numa estrada de chão. O tempo passou sem que fosse notado e logo ouvimos a voz do piloto anunciando a chegada e poucos minutos depois, a torre de controle autoriza a aterrissagem. A nave desce bruscamente rangendo os freios sobre o asfalto quente e depois segue lento rumo ao portão de chegada. Antes de descer, ainda olhei pela janela embaçada pelas gotas produzidas pela neblina que cortava o céu de Aracaju. Tudo era belo e a obscuridade de antes, era interrompida pelas luzes que delineavam a pista do aeroporto e por pequenas aeronaves que desciam e levantam voo.

No saguão do aeroporto, menos aflitos estavam os rostos daqueles que ainda iam seguir viajem. Sai caminhando lentamente e deixei para trás aquelas pessoas que qualquer dia poderia encontrá-las novamente no mesmo trajeto e escutar as mesmas lamentações, as mesmas aflições e aquele medinho de viajar de avião. E entendível que faz parte do ser humano e muitos deles não conseguirão despistar o seu medo, por mais que acreditam em Deus. A mente e o coração da pessoa humana são frágeis e incapazes de seguir essa barra e carrear com fervor a emoções vividas de forma que não mais venha sentir medo. E não adianta fugir da realidade, pois todas as sensações, ansiedades aflições, fenômenos físicos e mentais que ouvi e assisti durante a viajem foram importantes para que possamos entender a existência do homem no universo e, por outro lado, se realmente ele acreditam na existência de Deus. As atitudes demonstradas por cada uma delas, por mais que acreditassem em Deus, considero que essa demonstração de fé, caso não seja rejuvenescida ante o Criador, continuará sendo apenas uma gota de orvalho que não tem mãos para levantar aos céus e pedir ajuda, pois rapidamente de evaporará sob os raios de sol. 

Tolerância Zero

sexta-feira, 1 de março de 2013


Dias atrás um amigo telefona dizendo que precisava de uma orientação jurídica. Seu carro e sua carteira de motorista foram apreendidos perto de uma cidade do interior de Goiás. Disse-me que carregava algumas cervejas e os policiais alegaram que ele estava bêbado. Não que concordou com a afirmação do policial e se prontificou a fazer exames médicos, mas, mesmo assim, a sua carteira ficou apreendida não sabendo para onde fora encaminhada, se para o DETRAN ou PRF. Demonstrando certa contrariedade alegou que precisava do veículo, pois era seu o único meio de transporte e que o usava para trazer produtos da roça, e por fim, perguntou-me como deveria agir. Perguntei aos os meus botões: será que um motorista depois de cometer uma asneira desta, ou seja, carregar cervejas desobedecendo à nova Lei apelidada de “Tolerância Zero” pode ficar ileso? E se considerarmos a existência de imprudência e que essa provocasse a morte de um parente, de um filho ou de um ente querido, seria correto liberar sua carteira? Talvez a sua resposta, esteja ele embriagado ou não, possa ser um não. Como imaginar a dimensão da dor da família do acidentado? E qual seria o tamanho da sua indignação? São sentimentos difíceis de serem mensurados.

No nosso país a quantidade de pessoas que perdem a vida por ano por causa do trânsito é muito maior do que qualquer guerra já noticiada. Muitas delas ocorrem por influência do álcool e uso de drogas. Mas, como barrar essa tragédia social? Um verdadeiro massacre humano silencioso que não tem o mesmo espaço na mídia como a queda de um avião ou a morte de um torcedor num campo de futebol.

Como acabar com esses motoristas embriagados? Exterminá-los antes que os mesmos matem inocentes? Seria essa a saída? Goiás e principalmente Goiânia, segundo uma pesquisa nacional, aparece com um número surpreendente de pessoas que tem o costume de beber e dirigir. Têm muitos botecos esparramados pela Capital e muitas cidades do interior são turísticas, como Caldas Novas. Talvez o calor escaldante sobre Goiás seja o culpado dessa crescente bebedeira. Eu diria que seria, na verdade, a falta de educação de fato e de direito. Àquela que nossos pais deveriam nos ensinar ainda dentro de casa.

Sinto-me frustrado e impotente quando dirijo pela cidade e noto acidentes de toda monta, principalmente com motociclistas imprudentes. A Lei Seca que sofreu algumas alterações nesse mês que passou, pode continuar oportunizando que os maus motoristas continuem bebendo e dirigindo. Isso não mudou. Mas, o que ela trouxe de benefício para quem a fiscaliza? Apenas ampliou o seu contexto de provas e do valor das multas. Isso no meu entendimento não é suficiente para melhorar as estatísticas de mortes no trânsito do nosso País.

Mais uma vez vamos ter uma verdadeira guerra judicial nos tribunais quando um motorista alcoolizado matar mais um inocente nas ruas das nossas cidades. Isso sem falar ou contar, melhor dizendo, nos milhares de reais que são gastos com a saúde pública para recuperar e enterrar pessoas vítimas de acidentes de trânsito, onde o principal protagonista dessa triste história é mais um motorista embriagado.

Sou a favor de uma Lei Seca que promova a tolerância zero mesmo! Disse isso ao amigo quando me ligou. Como o policial relatou no BO que estava bêbado e ele disse não, então, lhe orientei que deveria apresentar uma defesa administrativa e provar suas alegações, pois só assim, após analisado, poderia recuperar sua carteira antes do prazo previsto da Lei. A pessoa bebeu, qualquer que seja a quantidade, não pode mais pegar no volante. O cidadão tem de entender que essa combinação não dá certo, só gera dor e inconsequências danosas para as famílias. Como advogado, presidente ONG Visão Ambiental e missionário da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, que tem como pároco o Padre Luiz Augusto, que combate incisivamente o uso de bebidas alcoólicas, motivos que me fazem conclamar a toda sociedade a entrar nessa luta para que a justiça seja implacável com os usuários para que, doravante, traga somente benefícios à sociedade e um futuro melhor para todos nós.

 
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