Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

Homens de duas caras e os caras de pau.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Não queria mais entrar no mérito, entretanto, em razão dos últimos acontecimentos, resolvi escrever sobre o assunto. Desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu a Administração do País venho acompanhando as ações de seus mandatários maiores. Seus líderes antes de assumirem o poder se mobilizavam, iam às ruas e criticavam o governo, conduziam cartazes e gritavam palavras de ordem contra a corrupção e assim agiam como se fossem salvadores da pátria.  Punham “lenha na fogueira”, muitas vezes até ajudavam a atiçar fogo e depredavam tudo o que viam pela frente.  Onde havia uma atmosfera crítica e as fofocas preenchiam as conversas, eles lá estavam. Desde aquela época comecei a me preocupar e perguntava a mim mesmo: será que se eles assumirem o poder acabará com a corrupção? E fui percebendo, com o passar dos tempos, que se tratava de um ledo engano e aí comecei a notar o aparecimento de homens de “duas caras” e “caras de pau”, que mentiam e continuam mentindo descaradamente, e mesmo penalizados pela justiça, assumem cargos eletivos e nem corados ficam – talvez, no caso do mandatário maior – o Lula da Silva, que parece ter mais de duas caras –, também nunca vermelho fica diante das câmeras, e nós sabemos que ele mente e sabe de tudo o que acontece nos bastidores, por trás das cortinas palacianas, de modo que, em razão disso, passou a transmitir desconfiança e virar chacota nacional. Bastam ver jornais, revistas, Twitters, Facebook e outros meios de comunicação. E aí pergunto: Onde foram parar os princípios éticos tão propalados pelo PT antes de assumir o poder?

Infelizmente, esse é um problema vivido pelo País. De modo geral, a falta de moral e ética dos políticos que sequer sabem respeitar os valores assentados nas Escrituras e à própria Constituição Federal. Mentem descaradamente e possuem uma displicência para com o pecado e o risco do mundanismo que têm gerado uma classe crescente de “caras de pau”, homens públicos, eleitos pelo povo, que ao pegarem o bastão legislativo e ou mesmo do executivo, já sentem o cheiro da propina, simplesmente esquecem-se das promessas feitas aos seus eleitores quando diziam: se for eleito serei honesto e probo. 

Protegido pela reclusão do seu escritório ou gabinete, esse tipo de político segue virtualmente caminhos onde nunca desejaria ser visto e até mantém conversas que jamais pensaria que caíssem nos ouvidos da lei.  Mas, felizmente caíram. Com perfis que contêm nomes, fotos, gravações que dizem não serem seus, eles se aventuram em uma vida perniciosa, paralela ao mundo nefasto e muito próximo ao profano.

Recentemente, um desses líderes disse “que não há nada demais em fazer mais um barulho com a sua revolta porque, depois pretende se aquietar enquanto o tempo apagará a memória coletiva” – apenas oficializou o que suas pregações e artigos que já escreviam havia muito tempo. Um ledo engano desse ímprobo. Uma ironia em detrimento de um povo que ele acha ser bobo. É uma tragédia quando alguém apostata desse jeito da verdade, mas é melhor fazer isso que, ainda apoiado nos galhos da República – como muitos “políticos” o fazem –, continuam ensaiando mentiras como justificativa para a sua salvação diante de uma decisão judicial, onde sabem serão descritas as imoralidades, impuridades, formação de quadrilha e corrupção geradas pelo famigerado “mensalão”. E foi preciso o STF agir para que as caras duplicadas aparecessem, e mesmo assim, insistem em dizer que são inocentes e até fazem ameaças de irem às ruas, reúnem para arrecadar dinheiro para pagar as condenações impostas pelo STF, cujos hábitos perniciosos, essas pessoas sempre o utilizaram para incitar e enganar o povo incauto a cair em suas próprias armadilhas, como aconteceu com muitos jovens denominados de “caras-pintadas” que inocentemente participaram daqueles movimentos. É tempo dos políticos terem uma só face e ao usarem a Gillette, devem torcer para que dela não saia serragem; se não conseguirem mudar, pelo menos tente se aproximar da do nosso Senhor Jesus, e quem não quiser assumir as feições do Mestre, que deixe as fileiras dos terrenos inférteis e passem a exibir somente uma face. Mas se não quiserem fazer isso, então, procure pelos menos seguir a santa orientação bíblica: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purifiquem as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração” (Tg 4.8).

Quando falamos de duas caras é importante delinear em itens separados algumas famosas frases do Lula: 1.ª - Em 18 de agosto de 2005, no auge do Mensalão disse: “Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país.”; 2.ª - No dia 1º de setembro de 2007, durante o 3º Congresso do PT disse: “É verdade que podemos ter cometido erros [...]. Mas ninguém nesse país tem mais moral e ética do que nós.”; 3.ª - Em 18 de agosto de 2005: “O PT deve pedir desculpas [ao país] por seus erros.”; 4.ª - Em 1º de setembro de 2007: “Não temos de quê nos envergonhar. Não tenham medo de ser petistas, de andar com a estrela no peito. O PT é um dos grandes responsáveis pelos passos largos do Brasil rumo à dignidade”.

 À beira do deboche, o Ex-Presidente que se alardeia tão arguto e inteligente, pois se faz de surdo, cega-se e emudece; diz não ter ouvido ou visto tantas traficâncias ilícitas e ilegais ocorridas dentro ou fora dos corredores palacianos. Os escândalos do caso Rosemary, sua “amiga”, cuja situação perniciosa sobrepõe os casos dos anões do orçamento, do dinheiro na cueca, do mensalão, etc. que o fez viajar para a Europa, África e escapar da mídia. Como se vê, o Lula de hoje é bem diferente do Lula torneiro mecânico e líder sindicalista. Em tese, teria até mais razões para cobrar dos “traidores” um “pedido de desculpas”. Afinal, há meses o STF converteu em ação penal a denúncia contra os 40 integrantes da “quadrilha” do mensalão.  Onde Lula alegou que via “erros”, mas o STF enxergou indícios de crimes. “Onde o presidente observou “moral” e ética”, o Tribunal enxergou corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato, gestão temerária e evasão de divisas. Certo dia, em um discurso do presidente voltado à militância petista que durou 57 minutos e 25 segundos (ouça aqui, se quiser), não pronunciou uma mísera palavra de reprimenda. Foi segundo a interpretação do SITE do PT um “discurso para lavar a alma petista e elevar autoestima.” Só não lavou a imundície concentrada no processo que tramita no STF. Mas quem se importa? “José Dirceu, o técnico do time Mensalão, que recentemente brindou com petistas a sua não prisão em 2012, em razão do pronunciamento do Ministro Sebastião Barbosa, mas, felizmente, dificilmente escapará, porque já tinha sido “brindado” com várias imputações e condenado a 10 anos e 10 meses de prisão —, ele acha que Lula expressou o sentimento dos delegados” presentes naquele 3º Congresso petista. Para o ex-chefe da Casa Civil -, “o partido já fez a autocrítica”. Voltar ao tema do mensalão é, na opinião dele, “um desvio de foco” que só interessa à direita. O PT, disse ele: “se renova, assume novas bandeiras.” Frases irônicas de quem possuem duas caras que sequer coram.

Kiss, O beijo do descaso.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Hoje, após alguns dias da tragédia ocorrida na boate Kiss comecei a pensar na dor daquelas mães, pais, irmãos, irmãs e amigos da vítimas, cada um ou uma, com uma história diferente destacada pela mídia. Deixo-me tomar por um momento de reflexão, enquanto me preparo para ir ao trabalho, mas, logicamente, ansioso para que cada uma daquelas famílias encontrassem algum conforto. Lembrei-me de quantas vezes me irritava com tudo e com o excesso de zelo de minha saudosa mãe, ainda que estivéssemos a centenas de quilômetros de distância. Precisou acontecer  aquela tragédia para que eu hoje a entendesse.  E entendi, pois os filhos para os pais não têm idade. Necessitam que eles  compartilhem, telefonem, digam onde estão, se estão bem ou não, para que possam fechar a porta e deixar do lado de fora as tormentas e preocupações.

A dor daquelas famílias era tanta que não souberam exercitar a revolta. A gente via que era sofrimento demais diante de um prédio em chamas, que mais perecia uma armadilha, um labirinto, cuja saída era controlada por “toupeiras”, comumente chamados de porteiros. Evidentemente que muitos se arriscaram antes a morrer nas dependências da boate na ânsia de salvar seus amigos e ao observar cada expressão colocada pela mídia, tanto escrita como televisiva, notei que na translúcida dor faltava apenas o casamento do fortuito com o inexorável. As imprudências imbecis e metodicamente praticadas dentro de um cubículo sem saída careciam do elemento incidental, destacando a estupidez que serviu de estopim e do gesto tolo de um músico que foi desastroso provocando uma reação em cadeia resultando naquela horrenda tragédia.

Na madrugada de sábado para domingo, um sem noção, inlúcido no palco, manuseando um sinalizador, uma espécie de fogos de artifícios, esguichou  para cima fagulhas que atingiram o teto de papelão e material de proteção acústica que são altamente inflamáveis. Foram apenas segundos. O fogo formando imensas labaredas se espalhou  pelo teto e a maioria das vítimas morreram asfixiadas pela fumaça tóxica. Não existiam portas de emergência ou outras saídas e a única, se encontrava travada pela imbecilidade, talvez, se estivesse “destravada”, bastava para minimizar a tragédia. Mas, o Corpo de Bombeiros não atentou para esse detalhe e liberou o uso da boate, cuja licença se encontrava vencida desde agosto do ano passado. Para as autoridades policiais é uma informação relevante que parece indicar que a casa não primava exatamente pelo respeito às regras ou havia falha do Poder Público. De quem seria a culpa afinal? Do Corpo de Bombeiros que julgava que tudo ia bem? Do músico que soltou fogos de artifício?  Dos porteiros que impediram a saída dos frequentadores porque achavam que os jovens não queriam pagar? Do Poder Público de forma em geral ou somente dos proprietários que tinham protocolizado a renovação da licença? 

A escuridão tormou conta do salão deixou a moçada no escuro em meio à fumaça. Não havia luzes de emergência, acionadas automaticamente quando há o corte do fornecimento de energia elétrica. Dizem que um extintor não funcionou. A boate Kiss não poderia naquelas condições estar funcionando. E não era um empreendimento pequeno e nem  clandestino e pelo que se vê nos noticiários talvez fosse a maior casa do gênero em Santa Maria, uma cidade de porte médio com  pouco mais de 230 mil habitantes, mas com vida noturna agitada em razão de possuir uma Universidade de renome que atrai jovens de todo Brasil.  Noticia-se que aquele festa tinha sido organizada por alunos do primeiro ano dos cursos de Tecnologia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia para angariar fundos para suas formaturas.

Por mais que eu tento refletir observo que essa não é uma tragédia fabricada pelo acaso. Ela é obra de uma cadeia de descasos, de desrespeito ao ser humano e quiçá, de uma má administração do serviço público. Uma casa  de shows naquelas dimensões tinha de ter, por exemplo, uma brigada civil de combate a incêndios. A ela caberia dizer aos tais imbecis chamados de banda “Gurizada Fandangueira” que o ambiente era impróprio para o uso de fogos de artifício. Assim urge as autoridades policiais que apurem as responsabilidades. Sou advogado, mas a vivência no meio jurídico me fez conhecer uma pouco de perícia técnica, mas, no caso em tela é desnecessário meus parcos conhecimentos, pois há elementos de sobra para concluir que a “fatalidade” que resultou na morte de 237 jovens e outros tantos na UTI, foi construída pela imprudência, insensatez, estupidez e não pelo destino. Foi preciso acontecer uma tragédia dessa magnitude para que o poder público desencadeasse uma fiscalização mais rígida em todo o País, mas, acredito será em vão, pois a morosidade e incompetência do serviço publico não evitará outros descasos. Esse é o Brasil, onde mandatários-mor choraram no intuito de angariar dividendos políticos.

 
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