Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

Reflexão para 2014

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013



O ano novo se aproxima. É hora de revermos nossas falhas, revermos os caminhos tortuosos que trilhamos, e até aquela palavra mal empregada que acabamos ferindo uma pessoa amiga, estragando um relacionamento que já duravam anos, meses ou dias. Então, em 2.014, não precisamos renovar nossos guarda-roupas ou comprar um veículo novo, mas sim, renovar o nosso espírito e ampliar a nossa fé em Cristo; darmos uma faxina em nossas vidas, revermos tudo que aconteceu de ruim e anotarmos na agenda de nossa existência, as palavras amor, paz, fraternidade, solidariedade e justiça para que tudo possa vir ser diferente. 




É comum fazemos uma lista de tudo que planejamos alcançar no ano vindouro. É salutar que possamos sonhar com coisas possíveis e até impossíveis, mas que, às vezes, sequer conseguimos realizá-las. Esvai-se com nossas lembranças o ano velho e começa o ano novo. Vem o mês de janeiro, depois fevereiro… e todos os feriados são catalogados no calendário, assim como, os compromissos de trabalho, a rotina dos dias que seguem sem que ninguém os possam impedir. E a lista do que planejamos feita com tanto esmero vai ficando amarelada no fundo de uma gaveta.




Será que se esqueceram da faxina? Quantas pessoas devem se esquecer daquilo que planejaram? Quantas vão tentar cumprir à risca aqueles sonhos guardados no fundo de uma gaveta? Quantas pessoas esperarão que venha mais um dezembro para repensar e refazer tudo de novo para o ano seguinte? Geralmente, todo final de ano, as pessoas costumam passar as promessas que não conseguiram cumprir para o ano seguinte, lamentando-se por não ter alcançado sua meta. Então, caro leitor, que tal fazermos diferente? Pelos menos obedecer a um pouco a orientação exposta nesta crônica. Neste ano, por exemplo, ao nos comunicarmos através de internet, sites e outros meios de comunicação aprenderam muitas coisas. Quantas mensagens bonitas, evangelizadoras, especialmente aquelas que nos fizeram chegar mais perto de Deus, como também os vídeos e outras postagens interessantes, que nos fizeram enxergar que a verdadeira paz não pode ser conquistada através da força ou arrogância. Mas, o ano de 2013 teve sua importância, pois deixará em nossa memória coisas altamente importante como a visita do Papa Francisco, os protestos de rua que acordou o Brasil, a prisão de políticos corruptos e dos mensaleiros, a morte do grande conciliador Nelson Mandela e de ruim, a natureza em fúria por falta de preservação, pancadarias nos estádios, explosões em caixas eletrônicos, criminalidade aos montes, mortes em acidentes por uso de bebidas alcoólicas e drogas...




Durante muitos anos venho escrevendo artigos e crônicas com o objetivo de levar mensagens de otimismo, perseverança e fé. Coisas simples que bastam apenas uma atitude. Atitude que não devemos deixar para amanhã, e nesse caso, o amanhã não se fez hoje. Eu ainda não aprendi tocar instrumentos musicais, nem nadar, mas, felizmente, através da escrita, posso usar as asas de minha imaginação e aí, viajo para onde quero, vou até o infinito, mesmo sabendo não ter fim.  E no mundo da imaginação, nado, mergulho e chego às profundezas, dedilho instrumentos que sempre sonhei tocar, canto nos palcos da vida e sonho... Perdoem-me se avancei demais em algumas frases ou palavras, talvez, elas podem parecer sem nexo, mas, para que este texto não, pois as usei para torná-lo mais leve e interessante.

É possível que nestes últimos anos tenham aprendido com as pessoas mais velhas que se houver prazer em viver, que se não fizerem bem, que se fizerem o bem e não olharem a quem, então, vale à pena ter vivido. Pensando bem, esta é a mais pura verdade. Temos que tentar acompanhar a velocidade do vento, pois o tempo escorre pelos dedos, passa tão rápido que ninguém consegue detê-lo. Ele nos ensina que devemos aproveitar o hoje e que ele deve ser mesmo o melhor de todos os dias, pleno, intenso. Porque do amanhã pouco ou nada sabemos. Só Deus sabe! Podemos até programar este dia, mas, talvez, seja mais um compromisso que jamais poderemos cumprir.

Os sem noção.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013



Há tempos venho escrevendo usando uma forma mais romântica, afável ou encantadora aos sentidos, mas, hoje, devido às últimas barbáries ocorridas nos estádios de futebol não poderia deixar de manifestar a minha revolta e então, como articulista do Diário da Manhã, resolvi escrever esta crônica no sentido de sensibilizar a sociedade brasileira e principalmente a esses vândalos para que parem com essa barbárie e se continuarem, não fique impunes mesmo tendo as bênçãos de uma fraca legislação, que adora proteger bandidos e motivam as ações dessas gangues. Semana passada, quando vi aquelas cenas horríveis no jogo entre o Clube Atlético Paranaense e Vasco da Gama, nas arquibancadas da Arena Joinville, onde brutamontes travestidos de torcedores se agrediam mutuamente, e aí, não me restou alternativa senão pesquisar o famoso Aurélio para, primeiramente, definir gramaticamente os gestos daqueles bárbaros. Claro que encontrei várias definições sobre aqueles atos promovidos por pessoas que têm o firme propósito de extrapolar o senso comum; pessoas que não têm semancol e são inconvenientes, malas-sem-alça, louco, bárbaros, ignorantes, insensatos. A desesperança e a futilidade consomem esses indivíduos de tal maneira que esta palavra é o único consolo para massagear nosso ego e servir como um desesperado e infeliz consolo.

Esses malfeitores sem noção que se apoderam dos estádios de futebol são difíceis de serem apascentados, porque parecem que nunca tiveram berço e nem famílias decentes. Parecem que estão longe de Deus ou até desconhecem a existência DELE. Não dá para explicar tais atitudes. Hoje, como muitos desportistas, me sinto afogado nesse mar de lama e sem o menor traquejo para tentar orientar coisa alguma. Sinto-me como a um grão de mostarda nesse imenso universo de maldade. Sei que faltam a eles educação, bons modos, respeito ao ser humano. Sem o menor constrangimento, pisoteiam, chutam, dão pauladas sem dó numa pessoa e às vezes, cometem estas atrocidades só para sentir o gemido do desafeto. Não são mocinhos de boas maneiras e nem seguem à risca as regras de comportamento contidas no Estatuto do Torcedor. Bom senso é palavra morta no dicionário desses vagabundos, e nunca o usa, principalmente quando se trata de lidar com o adversário, um ser humano como eles. Não têm aquele jogo de cintura, esportividade e gotinhas de semancol que lhes fariam muito bem. 

Os sem noção que se engalfinham nos estádios, dispensam quaisquer ritos, soltam puns, falam palavras de baixo calão e se preocupam mais com o adversário que com o próprio jogo de futebol. Parecem que vão lá só para brigarem e esquecem que no meio daquela torcida existem muitas crianças e mulheres. Sequer se mantém sentados, se aboletam como pragas infestantes na vida dos outros torcedores. Na arquibancada nem disfarçam, uns usam camisas de seus clubes e outros ficam descamisados, mas, todos estão lá imbuídos da mesma intenção: atacar o adversário, mesmo àqueles que se mantêm calados. 

Toda essa euforia vem acompanhada tenho a absoluta certeza: da famigerada droga e alcoolismo, cujas mãos ao agredir uma pessoa com uma paulada não estão mais sob a obediência do cérebro e que muitas vezes turva até a visão. Mas, outros, mais afoitos, fazem isso, como disse anteriormente, é por pura maldade mesmo, apenas para ouvir o gemido do desafeto. Se é que podemos chamar de desafeto a outra pessoa apenas por estar ali do outro lado da arquibancada torcendo por outro time.
Os Sem Noção desobedecem à lei porque sabem que a ela é falha nesse sentido. Por outro lado, a vida que eles levam é feita de sonhos baseada numa mera partida de futebol e se for uma decisão, então, aí é que a coisa pega! E se importante para o seu clube, eles fazem um cardápio de agressões relacionando nele os malucos disponíveis no mercado do crime para se amontoarem no mesmo lugar do estádio e entrarem de punhos cerrados e os pés nas nuvens.

Este assunto, para mim, ganhou total importância porque sou vascaíno e um dos mais violentos agressores mostrado pela mídia é torcedor do meu clube. Fato que me envergonhou e hoje, ao escrever esta crônica, acho que perdi a noção dos caracteres e nem consegui usar as asas de minha imaginação como costumo fazer. A crônica pediu que eu finalizasse e como cronista consciente, que nunca feriu ninguém em outras crônicas e artigos publicados neste Diário, hoje, entendeu que eu tive o meu dia de escrita mal elaborada, no entanto, acho que eu mereço perdão. Todavia, só espero que boa parte dos seus amigos e amigas tenha lido este apelo e ajudem a transformar nossos estádios em verdadeiros centros lazer, escrevendo, compartilhando com outras pessoas e criticando as autoridades públicas responsáveis pelo policiamento em campos de futebol, principalmente agora que estamos à véspera da Copa do Mundo. Há ocasiões, como o ocorrido na semana passada, à gente se sente afundado num mar de lama e pisoteado por essa gente bárbara que não tem o menor traquejo social e solidariedade humana.

Homens sem rosto.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013



Se nascermos pobre só há uma solução: trabalhar, trabalhar e trabalhar. E é assim mesmo se quisermos ter uma vida digna! Temos que ir a busca dela custe o que custar, mas, sempre dentro da honestidade. Para mim, qualquer trabalho lícito é decente e nunca tive medo de trabalhar, na verdade, não tinha medo mesmo! Saía exaustivo saía do trabalho, já noite, vencido pelo cansaço e às vezes nem chegava a ver o pôr do sol. Quanta escuridão numa Goiânia ainda menina, com ruas quase desertas, a maioria poeirentas, sem a cobertura do asfalto. Naquele tempo podia-se, tranquilamente, refletir sobre a vida, pensar em coisas à toa, mas, só pensar. 

Anos se passaram e a cidade cresceu e com ela vieram os problemas normais de uma metrópole muitas vezes mal administrada. Semana passada, passando por uma calçada no centro da cidade, onde a escuridão já dominava, olhei para trás e vi, então, várias pessoas estiradas sobre as calçadas, maltrapilhas, debaixo de uma marquise, com o corpo e cabeças protegidas por trapos de tecidos, papelões e jornais. No meio delas um homem franzino, que não consegui ver o seu rosto e aparentava ter 60 anos, mantinha-se sentado. Era de cor branca, de baixa estatura, cabelos grisalhos desalinhados, sujos, para não dizer ensebados. Continuei meu caminho porque meus pensamentos estavam voltados para as contas que deveria pagar no dia seguinte.

De repente, tive um sobressalto, algo muito forte, talvez coisa de Deus apoderou-se de mim. Olhei novamente para aquele amontoado de gente e percebi que ele se levantara acelerando o passo em minha direção. Assustado, talvez em face da criminalidade que hoje campeia em nossa cidade, apertei o passo e cruzei a rua naquele instante iluminada pela lua cheia que se retalhavam entre os galhos das grandes Mangubas plantadas ao longo da avenida. Aquele homem repetiu meu gesto. Parei do outro lado da avenida e, novamente, ele o fez igual e ficou estático a poucos metros de mim. A essa altura, confesso, o meu cérebro começou a desconfiar e o coração a acelerar. Perguntei a mim mesmo: será que tenho que começar a correr? Poxa! O que faz o medo. E o pior é que eu estava, sim, pensando mal do homem, imaginando que ele era um ladrão, assassino em série ou coisa pior. Não me passou pela cabeça algo mais calmo e nem dava, porque o homem tinha uma postura assustadora e um cobertor sobre a cabeça. Só podia ser um morador. Imaginava.  E não pegaria bem correr de uma figura que parecia frágil.

A minha mente ia e voltava na velocidade da luz. Tinha que pensar rápido, uma saída honrosa. E foi aí que senti uma lampadinha acender sobre minha cabeça: Heureca! É isso! Veio-me uma idéia. Coloquei a mão dentro da camisa, simulando possuir uma arma. O senhor se aproximou mansamente, sem nenhum alarde, agora era a hora de bancar o valente. Sem pestanejar me aproximei dele e perguntei o que ele queria de mim e porque me seguia. Naquela hora, confesso, parecia recordar de um filme: de minha infância sofrida vivida num barraco de periferia, construído de puro adobe; de minha juventude alicerçada na luta pela sobrevivência; de minha vida adulta com tantos altos e baixos, e eu com medo de um homem franzino, maltrapilho, sem endereço, sem nome; Nossa! Em menos de dois segundos eu já me sentia vagando num mundo surreal enquanto o real estava ali na minha frente, que, provavelmente, nesse mundo inimaginário, ninguém sabia sequer de nossa existência. Éramos naquele instante, meras coincidências de um filme de dois protagonistas, mas sem roteiros. Mas não era hora de escolher o tipo de papo, pois ao aproximar-me dele, qual foi minha surpresa, senti-me diante de um moribundo.

Voltei para a realidade. Felizmente, o homem continuava parado à minha frente, a poucos metros, mas não via o seu rosto, imagem que fiz questão de cristalizá-la em minha retina.  Fiquei em observando cada gesto dele e a sua mudez. Tudo me agonizava, me deixa atônito. Em minha cabeça só passavam coisas como: Rezar. Pedir a Deus que me iluminasse. A voz presa na garganta queria se soltar, mas não conseguia dada a ansiedade e medo, talvez. Senti que não tinha forças para correr, ou que uma viatura da polícia, coincidentemente, passasse por aquele local, ou ainda que o homem sem rosto fosse abduzido por forças estranhas. Não. Não foi assim. Era apenas um indigente que queria morrer com dignidade. E ele queria me dizer por que estava ali. Passados alguns segundos e aparentemente calmo, comecei a observar que não se tratava de bandido ou usuário de drogas, menos ainda um assassino em série. Aquele homem que poderia acabar com todos meus planos e projetos de vida era apenas um morador de rua. Pensava. Jamais imaginava que encontraria alguém daquela maneira, mas, tudo bem, estava preparado para tudo. Perguntei o seu nome e ele apenas acenou com uma das mãos e continuou na sua mudez. Só podia ser mesmo um morador de rua, mas como? Sem rosto? De repente ele tira um pequeno papel da algibeira e me entrega. Li e não pude acreditar no que tinha lido. Era um convite para a sua Missa de Sétimo Dia. Como! Missa de Sétimo dia! Senti um calafrio e foram às últimas frases que pronunciei. Só sei que foi um susto danado que me fez acordar. Graças a Deus! Era apenas um sonho, mas, talvez, ele queria me mostrar o quanto a sociedade se faz de cega ao passar por elas, achando que sequer possuem rostos. O pior cego é aquele que finge não ver o rosto dessas pessoas abandonadas pela própria sociedade da qual faz parte. 

Passado o susto, mas preocupado, procurei no laptop interpretar o significado daquele sonho. Lá dizia: boa sorte e felicidade. Mais calmo, levantei-me devagarzinho e nem tinha observado que debaixo do laptop havia um jornal, o “Diário da Manha”, e nele, estampando na capa, em letras garrafais, a notícia sobre a morte do senhor Francisco de Jesus, intitulada: “DEFUNTO SEM DONO. FILHO DE NINGUÉM”, cujos cuidados médicos ele recebera na Casa Matheus 25, e o nome Francisco, lhe fora dado pelo Padre Luiz Augusto para que não fosse enterrado como indigente. Peguei o jornal e li umas pequenas, mas importantes frases ditas por ele que devem ser refletidas: “Mais uma vez, o atropelo da injustiça que impera neste “nosso” país”. “Durante o tempo em que o Francisco esteve conosco, tentamos tudo para encontrar sua identidade”. “Sinceramente, é desumano e injusto. Mas quem é que se importa?”

Pausa para Reflexão.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Naquela manhã do último domingo depois de assistir da Santa Missa na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus sempre dava carona para a senhora Adriana e algumas de suas crianças, e no porta-malas, sempre um agrado para ajudar no sustento de sua numerosa prole, mas, naquela manhã, alguém se antecipou e se dispôs a levá-la até ao seu casebre a poucos quilômetros dali. Fiquei feliz, porque um jovem casal que iam levá-los prometeu construir um barracão mais aconchegante em outro lote, porque onde moram, fora construído num lote invadido, sem as mínimas condições de uma sobrevivência digna. Fiquei realmente feliz porque no dia seguinte ia postar o vídeo “Mensagem de Natal Solidário e no final do texto a proposta: “Adote uma Família Carente”. 

O desconforto daquela família não é apenas a moradia; um pequeno barraco sem a mínina estrutura ou condições de higiene; maior ainda é o desconforto de sentir medo, receio de doenças ou drogas invadirem sua casa. São oito filhos, todos de menor idade. Pessoas ou situações iguais as dela temos muitas, algumas postadas no vídeo. E aí questiono: Por que as coisas precisam ser assim? Dou uma pequena pausa no trabalho, penso, reflito e volto ao tempo de minha infância como se estivesse vagando no túnel do tempo, remoendo as minhas próprias lembranças, enquanto um amontoado de letras no monitor me esperava pacientemente para formatar este texto, talvez sem nexo.

Terminei de escrever e naquele domingo tentei postar o vídeo e nada. O Pen Drive parecia estar com algum problema. Abri o texto, mas o blog rejeitava como também rejeitava o link do youtube. Sem uma razão plausível, fiquei mais atento ao que estava acontecendo, principalmente quanto à montagem das cenas no vídeo, da música natalina e poesia de fundo. Como a pressa é considerada inimiga da perfeição, assim como a impaciência, resolvi deixar para o dia seguinte, segunda-feira, até porque tinha prometido ao Padre Luiz Augusto que postaria até o dia 25 de novembro, então, estava dentro do prazo. Parecia até competição para conseguir sanar o problema, mas com ajuda de amigos que entendiam do assunto, consegui postá-lo. Enquanto o vídeo ia girando as imagens, ficava refletindo sobre a solidariedade e adoção de uma família carente lá proposta: Era só aguardar o manifesto da comunidade e dos solidários internautas, o qual, depois postado, me deixou esperançoso de que ele não seria apenas curtido ou compartilhado. Acreditava que alguém do outro lado da telinha, se manifestasse para ajudar a Paróquia Santa Terezinha e as famílias carentes cadastradas, que recebem roupas, alimentos, assistência médica e acima de tudo, onde apreendem a rezar e entender o significado da palavra amor existente entre nós.

Por estar ainda compenetrado em minhas reflexões sobre o comportamento das pessoas nem percebi naquele dia a aproximação de um menino, de baixa estatura, franzino, maltrapilho, com uma touca na cabeça, descalço e visivelmente sem tomar banho há alguns dias. Ele ficou diante de mim e com voz rouca pede: “Moço, o senhor pode me dar alguma coisa?” Pode comprar para mim aquela empadinha ali? Estou com fome!

Ainda absorto e com o pensamento alhures, olhei complacentemente o rosto daquele menino, de olhar estatalado e profundo e aí não titubeei e nem avaliei direito a situação dele, mas logo percebi que se tratava apenas uma criança desnutrida. Ainda sem conseguir entender a situação dessas pobres crianças, talvez por causa da falta de compromissos de nossos governantes e de não quererem enxergar o óbvio; diante de um País desgovernado, eivado de vícios, corrupção e improbidades, naquele momento em que consegui dar uma pausa em minhas ações, estava tão claro o pedido daquele menino, porque estávamos no horário de almoço, e a única conclusão que consegui chegar era de que precisava dar algo a ele. Eu já tinha passado por esta situação quando criança e sempre alguém me estendia ás mãos. Naquele instante, frente à porta da igreja, o que estava mais perto da gente era justamente a gostosa empadinha. Comprei. Rapidamente e sem dizer uma só palavra ele pega a empadinha e a reparte ao meio com seu irmãozinho, também igualmente em condições precárias de higiene e vestuário, o qual rapidamente se vira e sai correndo, mas feliz.

Que exemplo de solidariedade e amor de irmão. Era apenas uma criança. Incontáveis pensamentos me vieram à mente. “Quem sou eu? “Quem somos nós? O que estamos fazendo em prol da comunidade sofrida? Que mundo é esse? E se nós estivéssemos no lugar daquela criança faríamos o mesmo? O que estamos pensando das outras pessoas? As coisas precisam ser diferentes... Será que se estendêssemos a elas mais amiúde as nossas mãos não teríamos mais tranquilidade e paz em nossos corações?”

Naquele domingo e nos dias que se seguiram, fui tomado por pensamentos diversos e diferentes do meu cotidiano. Hoje parei e dei mais uma pausa, mas o núcleo de minhas reflexões era a ação de renúncia e de amor de uma criança extremamente carente, dividindo com seu irmão um alimento certamente escasso em sua vida. “Será que conseguiríamos ter esse mesmo desprendimento com outros meninos carentes? Com nossos familiares? E com amigos ou pessoas estranhas?”

As lições apresentadas por aquela criança, que muito pouco disse, mas muito fez em poucos gestos, ficarão guardadas em minha memória para sempre. O exemplo daquele menino mostrou o que todos temos, e que igualmente revelaremos a nós mesmos mais cedo ou mais tarde: a percepção de valor da outra pessoa, tendo por base, entre outras coisas, a consciência de priorização da vida e de igualdade entre nós.

Mensagem de Natal Solidário

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


Com a chegada do Advento que quer dizer o primeiro tempo do ano litúrgico e que antecede o Natal, faz com que a gente antecipe este vídeo que contém “Mensagem de Natal Solidário, pois para os cristãos, é um tempo de preparação, de alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento, promovem a fraternidade, o amor, a solidariedade e a paz. Então, peço que compartilhe, encaminhe-o, divulgue-o entre  seus parentes, amigos, amigas para que possam vir participar desse movimento  de solidariedade  e se tornem missionários da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, sob a orientação do nosso benfeitor espiritual o Padre Luiz Augusto.  Juntem-se a nós! (ligue o som para ouvir).


 
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