Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

O cupido das caatingas.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Certo dia na pequena cidade de Santana do Agreste, ladeada por imensas caatingas, terreno seco, inóspito, incrustado na região nordestina, apareceu um cupido e diante uma jovem perguntou: Ô moça qual foi à última vez que você se olhou no espelho? Notando o espanto que se aflorou no rosto dela, completou: Com mais clareza quero complementar a pergunta: Qual foi a última vez que você realmente se olhou no espelho? Vendo certa tristeza no semblante dela, insistiu: Já percebeu o quanto você é única, bonita e especial, e se não percebeu ainda, provavelmente você não anda se olhando direito no espelho. Já reparou também no quanto você é perfeita ao seu próprio modo? No quanto você é o sinopse de você mesma, de um jeito que ninguém poderia superar, e que isso te faz única? As pessoas costumam se olhar através de camadas de preconceitos, de padrões pré-estabelecidos e assim fica difícil ver a si mesmo, como se fosse de verdade.

A garota olhou para o cupido e com certa raiva o questionou: Quem és tu, ô mosquito miúdo, abelhudo, de asas brancas? Quem acha que tu és para entrar no meu quarto e me pedir para olhar no espelho. Não és cria de Lampião ou é? Tome atitude e vire essa diminuta flecha afiada para outro lado. O cupido respondeu: Garota, não se apoquente, pois eu sou o seu cupido e algo está para acontecer contigo hoje. Sinceramente, acho vai precisar de mim, mas primeiro, olhe no espelho e tente não enxergar aquele amor que te cega, incoerente, descabido e que tens por aquele vaqueiro que mais parece uma girafa, pois além de feio, grandão tem pescoço alongado, e ele parece nem perceber que você existe, nem te dá à mínima. O que eu quero dizer é que você deve ser o seu próprio referencial. Olhe no espelho. Por favor, olhe e sorria!... A autocrítica é importante. No entanto quero te lembrar que tenho asas, sou pequeno, mas não um mosquito e nem ser humano, então, não sou passível de erros como vocês e não deixe que o seu amor-próprio se transforme em soberba. Dê valor aos seus sentimentos, veja a pureza que irradia no seu coração. Descubra os seus valores morais e espirituais, inclusive àqueles que você tem por si mesmo, mas que, talvez, desconhece. Quando você se olhar no espelho, observe que seus olhos verdes vão brilhar. Quando você vires alguém que te ama e a admira muito, como está brilhando agora, mesmo sendo o pescoçudo. Olhe pra mim e veja que estou com a flecha bastante afiada e a ponto de ser lançada. Indignada, olhou no espelho e nem percebeu que o seu amado, o vaqueiro girafa, acabava de chegar, o qual, vendo aquele sujeitinho voando inquieto pelo quarto, foi à cozinha, pegou um spray de inseticida, apertou o gatilho e vapt-vupt! O cupido tagarela ficou tonto e se esborrachou no chão. Moral da história: Tem certos momentos que, não importa qual tipo de pessoa que está em nosso convívio, e ou mesmo se tiver errado tanto, é bom que cada uma atire com sua própria flecha.

No entanto, a aparência de um cupido ou daquele moço desajeitado, mas querido por todos não podiam ser confrontadas, pois os dois estavam ali com as mesmas intenções e pensamentos dignos. Por outro lado, o jovem “girafa”, além de bom vaqueiro, era trabalhador e de certo modo, bem apessoado, mas naquele dia, talvez desconfiado, não entendeu porque aquele cupido estava naquele quarto falando com sua amada, dando a entender que torcia por ele, ou quiçá, pelos dois. O cupido o conhecia bem, tinha poder pra isso e sabia das boas intenções dele e das conquistas pessoais e profissionais conquistadas durante sua existência. Mas as ações do cupido em prol dos dois não eram diferentes das outras e nem foram em vão. Todavia, com o sentimento de não ter sido compreendido, o cupido partiu, mais deixou brotado no coração dos dois uma linda história de amor. Naquele momento difícil, ainda atordoado, levantou-se, pegou seu arco e flecha, olhou para os dois, acenou e deixou uma humilde e simples mensagem, ficando claro que a jovem merecia muito mais do que aquele garoto “girafa”, e assim, é desta forma que encerro esta simples crônica que procurei escrever de forma harmoniosa para agradecer e ter conhecido a história da bela Alice Nonato e do vaqueiro Chico Seridó, assim como, da existência naquela região do nobre cupido Caicó.

A Lua descia soberba no horizonte, cumpria sua rota e trazia o amanhecer e com ele um novo dia. O sol voltou a brilhar de modo diferente em Santana do Agreste. A vida nada mais era do que um caminho que ninguém sabia onde era o seu término, mas mesmo assim, a pessoa humana continua caminhando sem parar, talvez, à busca de um cupido qualquer. O homem embora tenha alma e consciência não sabe quando ele termina e nem se levará um grande tombo no final. O ser humano, com ou sem seu cupido, continua caminhando como se estivesse procurando a imortalidade, a vida eterna, mas tudo, infelizmente, é um mistério.

Comparando-me a história daquele cupido, acho que o meu sempre gostou de matemática, pois desde os tempos de adolescente só me traz problemas. O cupido aprontava comigo, mas eu não acreditava que ele existia. Certo dia, eu senti uma flechada no peito e olhando de soslaio vi uma garota encostada no banco de uma praça. Veio-me uma sensação estranha, uma atração instantânea... O olhar penetrante dela fulminou o meu coração, como a um raio cheio de ternura. O Cupido tinha aprontado mais uma vez comigo, mas aquele garoto sonhador, com alma de poeta, a travessura do cupido só podia lhe deixar cicatrizes. Mas como resistir à tentação, na realidade, eu até agradeci ao cupido. O tempo passou e voou como uma flecha que se cravou no coração do tempo, mas embora fugaz, a emoção naquele dia explodiu diferentemente em meu peito, trazendo-me o amor, o prazer, o sentimento que nem sabia existir, e, doravante, passei a entender que cupido não é mosquito, têm asas, mas somente voa para orientar às pessoas que não existem preconceitos, padrões pré-estabelecidos pela sociedade quando se há entre as partes o verdadeiro amor. Assim é necessário que voltemos a ser essa criança, nascer quantas vezes for preciso e espreguiçar entre os lençóis embebidos com nossos próprios sonhos, e, talvez, até fiquemos encantados com histórias que surgiam das esbranquiçadas caatingas.




A epopeia de Mário Dumont

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Ele era muito jovem quando realizou aquela viagem, uma verdadeira epopéia, mas convicto de que ia a busca novos horizontes. E num ônibus provido de fartos desejos foi à procura de um amor há tempos não adormecia em seus braços, ou talvez. ele o considerasse pequenino em proezas, ou um piloto sem comando à procura de um mundo novo. Com seus óculos de grau sentia-se fartado ao avistar aquelas terras, e a cada minuto ia apagando as tempestades passadas, pois sabia que pisando nelas, fincaria também suas estacas, divisas, produziria em solo fértil e alcançaria aquilo que jamais imaginava. E sua imaginação a vagar podia até escutá-lo, mas, a terra lhe dizia numa frase que só ele podia decifrar: Tu poderás até ficar aqui, mas espero que se torne grande produtor e cuide também de mim.

E a história começou assim: Tempos idos, talvez não contabilizados por ele, pegou um ônibus e seguiu viagem, e este balançava na estrada de chão, cheia de buracos, arada provisoriamente para nela fosse construída outra pavimentada. Era uma região bastante produtiva e havia necessidade de se construir uma rodovia para atender aos apelos dos produtores rurais e indústrias locais, que cresciam vertiginosamente. Às margens da rodovia viam-se máquinas rasgando o chão poeirento acinzentando o céu escasso de nuvens. Do lado direito, viam-se também lindas pastagens e nela despontavam-se capins ressecados pelas intempéries do tempo. Com prenúncio de chuvas os produtores com seus tratores rasgavam a terra para o plantio de milho e soja. O ônibus trepidava sobre os cascalhos e veloz, deixava para trás cheiro de borracha queimada e uma nuvem de poeira que se impregnava nos vidros enquanto outras eram levadas pelo vento. Naquela época andar de ônibus nas estradas que se conectavam com várias regiões era uma aventura. Primeiro, porque a estrada era horrível, o que tornava a viagem um pouco nervosa e bastante demorada. Segundo, porque eram poucos os pontos de parada, o que gerava certa ansiedade. Terceiro, porque os ônibus eram antigos e/ou bastante detonados, o que representava um risco de a viagem simplesmente não terminar.

Pois bem. Apreensivo, ele estava no ônibus que mal permanecia em linha reta, deixando os passageiros inquietos em suas poltronas, os quais se ajeitavam como podiam. De soslaio o jovem Mário olhava as pessoas e via em cada semblante uma mistura de ódio, medo, felicidade, descontentamento e aflição. Tudo lhe fazia lembrar-se do mundo nefasto em que vivera. Na realidade, ele sentia uma tristeza infinita ao notar que em cada rosto podia se vislumbrar como a humanidade está doente. As alegrias eram tão poucas que ao fitá-los, elas encolhiam-se tímidas em suas poltronas como medo de serem abordadas.

Mário Dumont perdeu seu pai muito cedo, mas, antes de morrer, ele lhe ensinou três regras de vida: vá à busca de seu ideal, ame muito, lute mais ainda. Tendo crescido em uma família humilde, mas de homens trabalhadores, que gostavam de jogos e lutas, razão pela qual ele se tornou um cara durão. Corpo musculoso, tatuado, olhos castanhos claros, cabelos encaracolados, levou uma vida difícil até conhecer Jéssica Pascoal, uma mulher guerreira e de boas posses, não resistindo ao charme dela, sem saber que só assim o deixaria mais determinado a conquistá-la. Será que o grande Mário, o irresistível, foi derrotado por uma garota?

Que epopéia! Tinha que percorrer quase dois mil quilômetros para se chegar à cidade de Minuano. O ônibus pifou! Uma pane no motor. O motorista levou quase seis horas para consertá-lo. Seguiu viagem e logo veio a penumbra da noite que caiu sobre a estrada sem a mínima sinalização. Faltavam ainda quinhentos quilômetros, mas sabia que todo este esforço valia à pena, pois seria compensado ao encontrar com sua adorável Jéssica que já o esperava na estação rodoviária. A saudade era imensa, pois há mais de um ano não se viam. O pior, quiçá, ou melhor, é que o casamento deles estava marcado para o dia seguinte. Mário, exausto, mesmo chegando poucas horas antes, casou-se.

Amanheceu. O sol já se despontava no horizonte. O céu estava azulado e nenhuma nuvem a importuná-lo. Despediram-se dos familiares, ajeitaram as malas e partiram rumo à bela cidade de Santana do Agreste. Minuano foi ficando para trás. À frente enfrentariam a mesma estrada poenta, esburacada, mas certos de que levavam em seus corações esperanças em dias melhores e depois da lua de mel, voltariam para enfrentar as nuances imposta pelas terras que teriam que cuidar. Foram muitos os heróis anônimos, também conhecidos como motoristas, que trafegavam de ônibus nas piores estradas brasileiras. Lama, barro, terra, buracos, desvios, pontes perigosas, animais selvagens, chuvas torrenciais, os ingredientes de uma viagem deste tipo são muito marcantes. Uma análise feita por uma especialista mostra como é o dia a dia destes corajosos cidadãos brasileiros. O ônibus em que Mário viajava com Jéssica se desviava das ondulações feitas pelas máquinas gigantescas, enquanto o rosto dele se deleitava sobre o ombro dela. Enfim, chegaram a Santana do Agreste. Com o corpo e semblantes cansados, eles desceram do ônibus e seguiram rumo ao novo lar. Entraram na casa e de imediato abriram as portas, escancaram as janelas para tirar o mofo e facilitar a entrada de ar para purificar o ambiente abafado. Mário foi até a janela, olhou para o céu, suspirou e disse: nunca fiz da vida uma epopéia, mas se foi epopéia ou não, nada foi em vão, pois conheci a Jéssica, a mais bela de todas as mulheres...





Professor Otávio, meu eterno mestre.

domingo, 15 de outubro de 2017

Professor Otávio, meu eterno mestre.A diferença entre professor e mestre, é que o professor ensina o que a gente precisa, no caso, o básico, já o mestre testa até onde a nossa capacidade pode alcançar, nos fazendo crescer. Partindo desta pequena premissa quero falar do meu saudoso professor Otávio que há décadas está lecionando em outra dimensão. Ele era diferente, nunca me dizia o que fazer, o que estudar, o que aprender, deixava tudo por conta da minha sensatez, da minha vontade de crescer pessoal e  profissionalmente. Ele que hoje já se encontra em outra dimensão, deu-me oportunidades, descortinou meus horizontes, impregnou em minha mente uma vontade férrea de aprender, de como pesquisar, de como saber cada vez mais e mais... Transmitia um amor pelo conhecimento incontestável e pela verdade que tudo o que via pela frente parecia perder a importância; ele mostrava que, se a gente queria alcançar conhecimento, alcançar a verdade, um objetivo na vida, ou seja, lá o que for, a gente tinha que batalhar e lutar por eles, porque a verdade não é manifesta.

Quando a gente encontra um mestre assim, a vida nunca mais é a mesma e eu, entre outros mestres que passaram pela minha existência, tive a sorte de encontrar o mestre Otávio. O que ele e outros nos transmitiram não era dado, não era informação. Talvez seja conhecimento, mas é mais do que conhecimento: era o amor ao conhecimento; era mais do que a verdade; era o amor à verdade. Talvez esteja muito próximo de sabedoria. Quantos, para se chegar a "doutores", não precisaram de um mestre. Certa vez um professor que me abstenho de falar o nome, me disse que o último ano do ensino médio era para a gente se tornasse uma pessoa mais madura e deixássemos de viver de fantasias. Hoje, lembrando de suas palavras entendi que não era tão dirigida pra mim porque sou um aprendiz de escritor e de poeta, sei lá. Só sei que a fantasia, o real e o surreal andam lado a lado comigo, nos livros que leio nas poesias e crônicas que escrevo.

Hoje ao escrever este artigo, que será publicado na próxima quarta-feira, por questão de páginas cedidas pelo DM aos articulistas, comemora-se o dia dos professores, para alguns não há o que se comemorar... Mas eu acredito que temos muito a comemorar; embora ainda sejam muitos os desafios... Justamente pelas dificuldades e obstáculos que enfrentam a cada dia, por superar seus medos e limitações, por ainda acreditar em seus alunos, por ter responsabilidade com a profissão, de poder transmitir conhecimento, porque há sempre algum aluno que respeita o professor e que o enche de orgulho. E por acreditar no seu potencial e quiçá, no crescimento de cada um de deles e que vencerão obstáculos. Formado em direito e fora dos bancos escolares hoje o tempo tem sido meu professor, e sua principal lição é ter me ensinado a ter paciência necessária, me ensinado de como esperar, pois aquilo que queremos colher requer algum tempo.

Há aqueles que lutam para aprender e reter conhecimentos; há os que aprendem se dedicam e não medem esforços para ensinar. Não se trata apenas de amar a profissão, mas ter o sagrado dom de amor ao próximo. Hoje e todos os dias é tempo de aprender e de homenagear a quem ensina. Meu eterno agradecimento aos meus professores de infância, por terem lapidado e me ensinado a andar por caminhos até então desconhecidos. Por fim, termino com a frase do escritor, professor e pesquisador Augusto Cury: “Professores brilhantes ensinam para uma profissão. Professores fascinantes ensinam para a vida”.



Será que a falta de visão pode aprisionar nossa mente?

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Sou do signo de Aquário e até concordo da forma de como os astrólogos o define. Dizem esses estudiosos que ele é um signo progressista, de vanguarda, pois é regido por Urano, planeta das mudanças súbitas, da inovação de pensamento. Dizem mais que o signo de aquário representa o futuro, as reformas sociais e tudo o que é alternativo. Aquarianos além de enxergar o infinito, vivem cem anos na frente, não se deixam aprisionar e valorizam a liberdade, a independência, a amizade e a fraternidade. São imprevisíveis, idealistas e criativos. Então, se é assim definido e fazendo parte daquelas pessoas que não têm a mente aprisionada por falta de visão, pareço que encaixo nas entrelinhas deste preâmbulo.

A alegria que carrego comigo é fruto de uma vida cheia de oração, de comunhão com Deus, de treinamento e conquista pessoal e profissional. Entendo, no entanto, para se chegar a isso é uma virtude que precisei conquistar e exercitar, aprender, até que se firmasse como uma parte de minha personalidade. Todavia, entendo também que não importa qual signo, o que interessa é que todos possam se unir e semear somente ideias positivas, colher os frutos da sabedoria e da alegria de viver aqui na Terra.

Eu, você e as pessoas que nos cercam somos seres humanos, um ente social que precisa viver em sociedade, não importando qual tipo seja, pois cada uma apresenta culturas próprias, tradições, crenças, valores os quais são moldados pelo modo de pensar dominante que vai sendo incorporado em cada novo integrante da mesma. O indivíduo desde os tempos remotos são treinados para a autodefesa, a preservação desses valores e crenças, não obstante faltar em muitos os preceitos de honestidade, dignidade, amor e respeito. O que observamos ultimamente é que a humanidade está doente e coisas horripilantes vêm acontecendo diariamente, uma matança sem dó ou piedade mostrada peça TV, deixando-nos incrédulos e sem entender o porquê de tudo isso. Está faltando respeito ao semelhante e nem sabemos de onde vem o ódio; está faltando respeito, inclusive, aos integrantes mais frágeis da sociedade, como também aos animais e à natureza. E por falta dessa visão é que se nota que a mente humana não está sã, de alguma forma aprisionada, e é através dessa descoberta, por mais experientes que formos e se não haver justiça social nós jamais seremos capazes de curarmos dessa cegueira.

O grande perigo que nos cerca cotidianamente quando sentimos essa falta de visão é quando cai sobre nós uma sombra coletiva, a qual aprisiona nossa mente e se transforma numa sombra individual que pode ser incorporada ao nosso modo de pensar e que a gente aceita como verdade devido à ignorância e a falta de reflexão de cada, e assim, passamos a agir segundo sua orientação, e em razão disso, passaremos a sofrer todas as conseqüências decorrentes dela. Porém, entendo ser impossível abrir os olhos de quem quer continuar na escuridão da cegueira, limitando-se ver o mundo em sua volta a qual, na realidade, podemos dizer que a cegueira maior é quando não enxergamos sequer a beleza do mundo que existe dentro de nós.

Eu como tantos outros indivíduos sempre procuramos mudar a nossa rotina, mas, quanto aos nossos valores, muitos de tão arraigados, nem se cogita em refletir sobre eles, se estão corretos ou equivocados. A sociedade em que vivemos às vezes traz novos conceitos, novas ideias pra ela, e para isso, urge impor uma nova moral, novos modos de como agir e até criação de legislação específica. Quando não se sabe as implicações que o novo pode causar na vida, melhor é agirmos com prudência; não deixando que nada se aprisione a nossa mente e nem deixemos que nos force comprar “alguma coisa” sem antes analisá-la. O indivíduo deve sempre usar a inteligência e o discernimento para avaliar o que há por trás das ideias que surgem a cada instante no seu convívio. 

Habitamos na Terra e isso é fato, mas jamais podemos desconhecer que é uma dádiva divina, por isso e crendo, jamais deixemos que a falta de visão aprisione nossa mente, pois é a grande oportunidade que temos de iniciar a reparação de erros ocorridos no passado. Precisamos, com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo nosso empenho, aproveitar a oportunidade de estar habitando este planeta que logo pode nos dar a condição de termos um ambiente onde a tendência ao bem seja a tônica.

Por fim, reafirmo que a falta de visão realmente aprisiona nossa mente, então, devemos conscientizar-nos que ser fraternos e estender a mão ao mais humilde são simplesmente uma questão de escolha, e de alguma forma, está libertando sua mente que, talvez, se achava prisioneira. Essa cegueira mental está relacionada ao egoísmo, à ambição, ao ódio talvez criado sem motivo algum, à falta de generosidade e os interesses pessoais, que são muito mais importantes que os interesses de um grupo. Graças a Deus nós temos a dádiva de Tê-lo com a gente todos os dias, nos direcionando em busca do bem e para que possamos escolher o caminho da fraternidade e, com isso, merecermos ser habitantes da Terra em sua nova e breve etapa, e caso não consigamos esse intento nesta existência é porque estamos com a mente aprisionada, resignada, todavia, aquele que crê na existência de um Pai Celestial e não tem visão aprisionada, sempre existirá esperança.





Nascer de novo.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Se vocês tivessem que nascer de novo, acredito que a sua cegonha não repetiria o mesmo trajeto, pois, caso contrário, trariam com ela os mesmos erros. Voltariam a sair com a mesma chupeta, com a mesma mamadeira, sopinha e mingau; com o mesmo sapatinho, com o mesmo carrinho e outros componentes para usar aqui na Terra; voltariam crescidos ou não, a comer guloseimas que os abasteceriam do famigerado colesterol e não nadariam em rios da cidade por medo da poluição; voltariam com a mesma mania de perfeição e dificuldade para relaxar. E por mais que tentassem serem uns “sugismundos” da vida, talvez, retornariam mais higiênicos do que nunca, seguindo as melhores vibrações de seus signos, isto, se vocês nascessem novamente no mesmo período zodiacal. Não sei se isso acontece comigo, mas sinto renascer em mim aquela criança escondida, trazendo-me a tona o meu passado, mas de forma linda e feliz, Ao recordar essas nuances da vida tudo meche comigo, pois chegam do nada, inesperadamente bagunça minha cabeça e desorganiza meus sentimentos que há muito tempo demorei organizar. É tipo assim: um furacão que faz um estrago danado em mim. Diante de tudo isso, dou uma pausa, mas não chego à conclusão nenhuma e em razão disso é que insisto. Mas sei que gostaria de nascer de novo, mas se nascer dava um reboliço em minha vida, renasceria para trocar algumas lágrimas e dores sofridas no passado por belas gargalhadas, e a seriedade, por sorrisos e simpatia, não sei como, mas é isso é o meu desejo.

Se vocês quisessem viajar mais leve, não poderiam nunca voltar noutro signo, ainda mais se algum for oposição a ele, pois voltariam com a mesma tendência de viajar levando malas cheias de problemas e a dor de cabeça viria. Se vocês quisessem renascer com menos problemas imaginários, seria bom nascer numa hora diferente, de preferência longe do anoitecer, pois além de não encontrarem médicos de plantão, voltariam ligados ao mundo imaginário e isso é bom. Não seriam os profissionais ou escritores de renome neste século Não conseguiriam escrever obras de ficção ou outras que o imortalizariam, posto que, "ter problemas imaginários" é um pressuposto básico de um escritor que desenvolve obras de ficção. Eu procuro desenvolvê-las e se pudesse gostaria de nascer de novo, pois o meu prazer sempre foi à escrita: Se nascer de novo eu quero continuar encasular-me nas letras, transformá-las em palavras poéticas. Se eu nascer de novo eu quero continuar poeta, renascer na poesia, e usando as asas da imaginação voar como a uma borboleta e sonhar.... O que é escrever um livro de romance ou frases poéticas senão usarmos o imaginário, mas, certos de que demonstrariam como teriam sido em vão nossas vidas caminhando descalços, fazendo sombra ao sol, contemplando o amanhecer e entardecer.

Nascer e renascer todos os dias é maravilhoso, pois temos a oportunidade de escrever nossa história de forma magnífica, teremos muito que contar e escrever, por isso não devemos parar. Nossa vida é feita por capítulos e assim vai... Os especiais nós devemos mantê-los preservados, como um tesouro a serem lidos e relidos sempre, pois jamais cairão no esquecimento. É como no quadro negro da vida, ou como aquele pendurado na parede do colégio. A área negra do quadro é sempre muito superior à área branca, escrita a giz. Isso faz parte da sabedoria da popular, já que são os "maus momentos" que nos fazem avançar adiante. Estariam antes disso, exultantes por partir, não querendo nunca mais voltar ou nascer de novo. Ao idealizar uma situação contrária à que vivemos, estamos apenas elaborando um quadro negro imaginário para escrever e reforçar a história da nossa própria vida aqui na Terra




 
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