Amigo leitor (a)

Amigo leitor (a). Quando lemos um livro, ou qualquer texto, publicados ou não, que são sinônimos do prazer, por mais simples que forem, sejam reais ou surreais, nos permite exercitar a nossa memória, ampliar nossos conhecimentos e nos faz sentir as mais diversas emoções, por isso, sensibilizado, agradeço a sua visita ao meu Blog, na esperança de que tenha gostado pelos menos de um ou que alguns tenha tocado o seu coração. Noutros, espero que tenha sido um personagem principal e encontrado alguma história que se identificasse com a sua. PARA ABRIR QUALQUER CRÔNICA OU ARTIGO ABAIXO É SÓ CLICAR SOBRE O TÍTULO OU NA PALAVRA "MAIS INFORMAÇÕES. Abraço,Vanderlan

Nas entrelinhas do silêncio...

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Calado, mas usando as entrelinhas do meu silêncio, sou capaz de fazer belas crônicas e brincar com as palavras. De certo modo, quando estou escrevendo, não escrevo apenas por escrever, existe sempre em mim uma motivação e geralmente não me arrependo do que escrevo, porque pensei antes de começar e quando a mente cansa, uso as asas da imaginação para alcançar coisas inimagináveis. Quando uso somente a fala, sinto que posso me equivocar e me arrepender, pois uma vez que ao falar algo, talvez não pertinente, eu não posso "desdizer", voltar atrás e pedir desculpas, porque pode me soar mal, muito mal mesmo! Por isto é que prefiro escrever, pois escrevendo tenho mais chances de corrigir meu pensamento, colocar no lugar certo os pontos e vírgulas e até reticências para não soarem como as pausas que preciso para que todos me entendam. Às vezes dou uma parada técnica para refletir, oportunidade em que me questiono mais sobre o texto, cuja parada tenho a oportunidade de apagar alguns textos que os acho infantis, inéditos ou profundos demais. Todavia, me comovo, e em certos momentos, excluo frases inteiras para depois, substituí-las por outras mais cabíveis ao texto. São os ócios do ofício de um escritor, poeta, cronista e articulista. Não sei se um dia vou aprender a arte de bem falar, mesmo sabendo que não falo tão mal assim e expresso bem o que escrevo porque sai do fundo d’alma. Sei que a oratória é para poucos. Sou mais ou menos articulado, mas gostaria de ser o “mais”. A escrita me representa melhor que a palavra falada e ela me salva quando preciso me expor e aí, então, sigo com meus rabiscos sinceros e completos que se acoplam numa pequena folha de papel ou no espaço de um monitor.

A Wikipédia define a crônica como uma narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que lêem. O cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como: ficção, fantasia, imaginação e ceticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém. De outra parte, cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam, cotidianos ou não.

Então caro leitor, não se espante com este escriba, aprendiz de poeta e cronista, meio atabalhoado, maluco, mas que recebe nos seus textos o sopro do vento que às vezes passa meio confuso, como a uma nuvem efêmera que cai sobre um oceano; e nesse passo cheios de descompassos raramente ele enxerga o destino, pois tudo move passo a passo, mas são capazes de enxergar pessoas chegando e outras partindo. É pura realidade, pois a cadência da vida é assim, ora estamos diante de uma passarela sem fim, ora sem tablado, ora sem lado, ora sem alambrado, ora sem a cercania de flores, beija- flores e jardins.

Não tenho medo de insistir com o tema, pois o aprendiz de cronista, poeta, romancista-ficcionista é assim: sempre quer que o mundo seja seu mesmo quando insiste em manipular o impossível, o inimaginável, o inexistente; mesmo aos que se encontram tristes, o aprendiz sabe que logo estarão sorrindo, pois nos caminhos da vida uns realmente retornam vitoriosos ao convívio e outros, saem para a luta à procura de seu lugar ao sol; alguns dizem nos contornos da escrita a verdade, outros mentem, mas, no fundo, todos são escritores, poetas, cronistas, e se gabam de que somente eles são capazes, sem nenhum mito ou atrito com o universo, de enxergar o fim do infinito. Poetas são criaturas que vivem a perambular pela estrada da vida e se vangloriam ao dizer nas entrelinhas de seu silêncio que a felicidade se encontra em qualquer lugar e pode ser apagada, revisada ou refeita, ao contrário das palavras ditas.



A segurança além das grades...

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Os atos de violência que vem acontecendo nos presídios brasileiros são mais perniciosos que as catástrofes naturais, como os furacões e terremotos, porque ao contrário das vítimas de um desastre natural, as de violências praticadas por detentos pertencentes a facções, se sentem intencionalmente escolhidas como alvos de uma crueldade de difícil controle. Esta situação que vem ocorrendo em vários presídios despedaça as crenças sobre a confiabilidade entre pessoas e desperta a insegurança intramuros, crenças que as catástrofes naturais deixam intactas, mas em presídios não. O mundo social está se tornando um lugar perigoso, onde os próprios seres humanos, se assim podemos dizer, são ameaças potenciais à sua própria segurança. Todos os dias a gente vê noticiados em jornais e televisão crueldades, matança e chacinas indescritíveis praticadas por facções criminosas que infestam os presídios, as quais ficam registradas na memória do tempo, marcando as vítimas, e quando fatais, as próprias famílias deles, como se fossem cenas de um filme de terror que nos faz encarar o medo como qualquer coisa semelhante ao próprio ataque traiçoeiro do mal que vem afligindo não só o Brasil assim como em todo o mundo.

A sociedade organizada e a polícia instalam câmeras de segurança com capacidade de desenvolver capturas faciais adequadas para o reconhecimento automatizado do indivíduo para que os delitos sejam esclarecidos num curto espaço de tempo, que são caras e onerosas. Não obstante essa assertiva de policiamento via câmeras, entende-se que outros instrumentos de apoio à investigação precisam ser empregados para permitir a captura ou descrição dos criminosos, bem como a inserção de dados biométricos dos envolvidos em agressões, mortes ou quaisquer outros delitos internos, cujo material auxiliará de forma efetiva e rápida a identificação positiva dos indivíduos em arquivos criminais de porte e com isso evitarão entrar nos presídios drogas, armas, objetos cortantes, celulares e outros. O retrato falado situa-se como um destes instrumentos, importante na elucidação de crimes porque além da televisão, temos a internet para divulgar essas fotos. Entretanto, além da confecção, que depende de razoável precisão biométrica, tem-se que abrir uma divulgação intensiva para interação com fontes de informações públicas e pesquisas que transforme o produto gráfico em identificação positiva do suspeito em arquivos fotos-criminais.

Não me lembro de nos últimos tempos ter tido um ano com tantos crimes violentos e macabros aqui no Brasil. Não só a matança nos presídios, mas vemos pais e mães que matam filhos, filhos que matam pais, amigos que matam amigos, maridos violentam suas mulheres, mulheres que esquartejam maridos, pais que estupram as próprias filhas, menores que roubam e matam porque sabem que não cumprirão penas e ainda sorriem diante das câmeras de TV. Contabilizo essas perdas aos amigos que foram assinados covardemente e que durante décadas eu cultivei suas amizades em meu coração. Restou-me, então, durante este lapso de tempo, orar por essas vítimas e momentaneamente, até sonhar que um dia uma borboleta pudesse pousar em minha mão, todavia, o que poderia ter se tornado apenas um desejo, se materializou, se tornou real, pois quando li certo dia num jornal, na coluna policial, eu tive que quedar-me inerte sobre a poltrona e dias depois, felizmente, sentir um alívio quando vi noticiar que a polícia tinha localizado o criminoso que matou o meu amigo.

 O interessante é quando vemos lençóis e vestimentas desses criminosos penduradas nas grades das celas não enxergamos nenhuma peça que pertençam aos criminosos de “colarinho branco”; não vemos vestimentas ligadas às facções, nenhuma peça daqueles que praticam o peculato de toda a espécie; não vemos presos como outro elemento qualquer; não vemos políticos que praticam a corrupção ativa e passiva, desvio de verbas públicas ou a errada aplicação de recursos, fraudes em concorrências, prevaricações, desmandos administrativos, nomeações ilegais, concussão, cerceamento à liberdade, homicídios e tantas outras mazelas. Na realidade, a maior parte destes crimes não vem à tona e os que surgem são abafados pelos próprios mecanismos estatais ou por influência política.  Destarte, o banditismo, armado com armas de grosso calibre, metralhadoras e granadas, explodem caixas de bancos, outros, às vezes, matam somente para ouvir o gemido do desafeto; elementos saem às ruas e deixa a população em polvorosa, que intimidada, ela se tranca dentro de sua própria casa, não podendo sequer sair às ruas, enquanto a polícia persegue pessoas incautas que são jogadas nas prisões ao lado dos piores marginais.

Caro leitor, tudo o que se vê é fruto de uma política criminal errada, injusta, implantada através de uma legislação esdrúxula, defasada, irresponsável e que precisa ser modificada urgentemente pelo Congresso Nacional. O juízo jurídico colocado em prática pelo legislador funciona como um juízo de valor, não se limita a comprovar a existência das causas, mas, valora-as, para fins de repressão, o que pode ocorrer, em muitos casos, em vez de extinguir ou reduzir o crime, venha estimular ou eliminar um e criar outro. Daí urge, para amenizar um pouco esta situação, além da prática da religiosidade entre os presos, também o trabalho prisional intramuros, com incentivo especial à formação de mão de obra especializada, por maiores de cursos profissionalizantes, em parcerias com escolas técnicas públicas e privadas e ainda, a construção de presídios mais humanizados com o objetivo de desafogar a lotação excedente, cujo ambiente atual deteriora mais ainda a mente humana. Em fazendo isso, acredito que trará mais socialização aos presos e segurança aos cárceres.


Nestas minhas andanças pelas periferias da região metropolitana de Goiânia sempre me preocupei com o ser humano, apesar de que, algumas vezes, sentir-me incapaz de solucionar algumas situações encontradas e, quando isso acontecia, recorria e recorro a amigos, porque é meu jeito de ser, de uma pessoa temente a Deus e que sempre carreguei e carregarei comigo o princípio básico de fazer o bem sem olhar a quem, frase que sempre norteou a minha caminhada.

De volta as origens...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Será que é possível voltar atrás e mudar o começo? Será que é possível parar, começar novamente, e mudar o fim? Dúvidas pairam em nossa mente, mas devemos compreender que não devemos tê-las quanto à possibilidade de parar, recomeçar tudo de novo e até alterar o fim. Pois bem, eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Muitas vezes tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias e noites, perder o rumo, perder a paciência, perder o sorriso, me estressar e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar uma quase finalidade, um quase endereço, uma provável ponte ou uma pinguela para que eu pudesse atravessar e voltar atrás. Seja em estradas retas, sinuosas, curvas, sempre acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque respeitei todas as placas de aviso fincadas à beira da estrada da vida. O que aqui comento parece que está nas Escrituras. Tudo para Deus é simples, finito e pronto! Está escrito lá que ELE usou o barro para fazer o homem dando-lhe vida. Depois, arrancou dele uma costela e fez dela a mulher. O Grande Livro Sagrado não fala sobre o tempo de convivência antes do primeiro pecado, mas fala que existiu a desobediência de comer uma maçã, igual à que hoje comemos, mas é claro que naquela época, tudo era explicado através de parábolas e a citação tinha uma explicação, mas que não me cabe aqui dizer o que significava ou simbolizava a palavra “maçã” em relação à palavra “pecado”. O quero aqui dizer é que o homem usou e abusou do livro arbítrio e há tempos não vêm respeitando os desígnios de Deus, Então como voltar às suas origens, como recomeçar e mudar o seu destino.

Tempos remotos diziam que a Terra era o centro do Universo e que tudo girava à sua volta e à volta do homem, que era a Obra que mais preocupava Deus. Imaginavam que o Universo terminava no céu estrelado que a gente somente vê quando ele está azulado sem nenhuma nuvem a importuná-lo, e nele, ficava Deus e as pessoas por Ele premiadas por bom comportamento. À época acreditavam assim e era salutar para a humanidade que ainda engatinhava rumo ao futuro. Tudo tinha uma dimensão, tudo tinha um fim.

Quando leio alguns textos bíblicos começo a entender que foi assim comigo. Julgava ser assim como todos os cristãos, para quem o tempo e as preocupações limitam o seu Universo. Com tempo e o saber que a idade nos proporciona, mesmo que alguns não tenham passado por escolas primárias, secundárias ou superiores, pensam-se e se questiona tudo aquilo que às vezes escapam de nossa inteligência. Mas com o passar dos tempos, estudiosos descobriram que o homem foi criado com as leis físico-químicas e a partir do protoplasma por Ele criado e não a partir do barro. Para Deus nada era ou é impossível.

Comentei numa crônica anterior sobre o finito universo, mas não consigo afirmar se ele realmente tem fim. É um mistério!... Julgo ter um raciocínio que poderia pôr fim a esse finito em que vivi e ainda vivo, mas que gostaria de viver o infinito, por isso deixo de lado esse raciocínio. Lendo alguns livros de cientistas renomados os vi confirmarem cientificamente a existência de vários universos. Quantos haverá então? Acho que são em número infinito também, porque o espaço é infinito, então pergunto: Será que o mundo tem realmente fim? Se você pegar uma nave espacial com combustível suficiente para ir até onde bem entender, será que ela seria abalroada na beirado do mundo ou desceria num lugar ermo de um último universo. Mas depois deste último, será que não existirão outros? Ah, complicado não? Só assim hão de entender a nossa pequenez diante de Deus.

Quando na crônica da semana finda disse que me encontrava no topo de uma serra íngreme e que queria enxergar apenas o bonito não me foi possível, pois o nosso mundo não é assim, no entanto, ao olhar para infinito, me arrepiei e ainda me arrepio, porque tudo me reduzia a um simples grão de areia, e hoje, com o rosto já carcomido pelas intempéries do tempo, posso afirmar sobre o que assisti lá de cima em relação à natureza e a grandeza do universo, mas, contudo, tudo que vi e ainda vejo me reduz à insignificância.



O que acontecerá com nosso mundo em 2017?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Olhando para universo que não sei discernir, restou-me aquecer da leveza do momento que de tão imenso o silêncio notei que este não quebrou os sons vindos das terras devastadas pela ação do homem, mas, felizmente, me senti preenchido pelas batidas do meu coração e pela voz infantil de uma criança que brincava do outro lado do mundo. Queria apenas enxergar o bonito. Meu coração começou a bater no ritmo suave de um mar sem pedras ou barrancos a impedir, e me sentia feliz. De meu posto privilegiado do alto de uma serra íngreme acompanhava os pontos enfeitados do universo, talvez usando mais o espírito do que com a consciência. Navegava com os olhos e não via naves espaciais enfeitarem a paisagem estelar, apenas aviões despejando bombas e matando gente inocente em terras do oriente.  Mas o meu mundo estava ali e não do outro lado e a cada olhar, procurava o meu porto seguro ou achar uma nave qualquer, sei lá, mas sem pressa, sabendo que meu destino não se resumia apenas deixar ou pegar passageiros errantes, gente sofrida e crianças desnutridas amontoadas nas beiradas daquele mundo inóspito, sem estação espacial.

Do alto dava pra ver que a nossa vida não era totalmente linear, todavia, com o pensamento positivo almejava o ano de 2017, com mais amor, dignidade, respeito ao ser humano, e com o mesmo sol que dá vida ao nosso planeta, como também, desejava que a chuva derramasse mansa, sem destruir nada, para que eu pudesse ficar aconchegado no meu recanto nostálgico e escrever, e à noite, sob o som das gotas de chuva debater-se no vidro da janela, abraçar meus lençóis, colocar a cabeça sobre o travesseiro e dormir, sem pressa. Mas antes de o sono vir e tomar o meu corpo eu queria arquivar na região recôndita do meu cérebro ideias novas para passar para as colunas jornais e revistas, para que jamais faltem àqueles dias em que as palavras tomam chá de sumiço, desaparecem de nossa mente como a um passe de mágica, situação que me traz desespero por não saber o que escrever. São, justamente, esses dias que me fazem perceber que não estou no controle de nada, não me sinto com condições de ajudar a ninguém e os altos e baixos se instalam, vem o bloqueio criativo, travam tudo, torpedeando horas e horas dias a minha produção literária, momentos em que não escrevo uma linha sequer. Para mim é sempre um martírio!

Quando consigo escrever e posto no BLOG e FACEBOOK espero que meus amigos não tenham preguiça de ler. Que continuem lendo, mesmo sendo um texto sem nexo. Que promovam curto-circuito nos seus CPUs e WHATSAPP, mas que, sobretudo, sejam compreensivos quando eu decido ficar em silêncio.

Eu 2016 assistimos horrorizados muitas guerras, destruição e mortes, no entanto, lá do alto almejava o melhor para o ano de 2017, um mundo com mais tolerância. É certo que na teoria existe uma enorme propaganda de aceitação do outro com tudo que ele faz, mas, na prática, a humanidade é péssima em acolher quem não compactua com o que pensamos, e aí vemos uma luta de pessoas em busca ou manter o poder pelo poder, vem à discriminação, preconceitos com quem não carrega o mesmo tom de pele ou com quem não tem a mesma opção sexual que a nossa. O mundo girou, passaram décadas e décadas e ainda não aprendemos lidar com a diversidade que o planeta comporta. Não obstante tudo isso eu quero dias calmos, pitadas de ociosidade, tranqüilidade, leveza, não sempre, mas quero. Também, como perfeccionista, sou feito de urgências, de natureza criativa, produtiva e de realizações. Realizar é um verbo que conjugo fácil e me veste bem. E abusando desse verbo, em 2017 quero ler, quero me aperfeiçoar, quero me movimentar no universo cultural, quero vontades, quero sonhos alcançáveis, publicar meu livro e como ele, continuar com meus pensamentos em alta voltagem.

Quero continuar tendo discernimento para enxergar meus erros, quero ter a humildade de pedir desculpas, eu quero ser grato a aqueles que me estenderem as mãos e sempre que possível, eu estender as minhas a eles, seja ou não diante de um ato de solidariedade. Quero continuar sendo eu, esse ser passível de falhas, de erros, cheio de imperfeições, que abre lacunas, espaços, vãos, brechas, hiatos, qualquer coisa que sinalize que ainda a algo a ser preenchido, mas, sobretudo, que não me falte à persistência, a vontade de viver, a loucura pela liberdade, a disciplina e a alternância, seja mantendo os pés no chão ou bem longe dele.

Por tudo isso é necessário que entendamos também que Deus, o arquiteto do universo providenciou para que a gente tivesse o livre arbítrio, e quando em dificuldades, estivéssemos na mesma hora e no lugar certo: um, para receber ajuda; outro, para dá-la. No fundo sabemos que o mais afortunado foi aquele que aproveitou a oportunidade para ajudar. E eu o fiz oferecendo meus préstimos às pessoas carentes e contribuindo de certa forma com a sociedade em que participo. Portanto, quero que você em 2017 faça isso também, pois pode ser que, talvez, venha a precisar de algum desconhecido. Se entender isso, então quero que saia do seu conforto e insista para que a pessoa espere pela sua nave espacial, talvez até imaginária, porque sempre chegará o dia em que todos precisarão de ajuda, e não importa quanto tempo passemos sentado na beira de nosso mundinho, nem quanto peso carregaremos e quantos minutos havemos de precisar para apreciar um final de tarde, um pôr do sol, ou o nascer da lua. Podem ter a certeza de que ao final todos nós pegaremos a mesma nave e seguiremos a mesma rota e teremos o mesmo destino.


 
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