O caça-fantasma, o dízimo político e o social.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Diz o Aurélio que fantasma, na crença popular, é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal falecido que pode aparecer para os vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Fantasmas são geralmente descritos como essências solitárias que assombram um local, objeto ou pessoa em particular a qual estiveram ligados em vida, embora algumas histórias a respeito fossem apenas estórias.

Seja contando histórias ou estórias, a criatividade nas pontas dos dedos de quem as manipula num teclado nem sempre tem a mesma fluidez ou lucidez daquele que tem o poder de evangelizar e levar a palavra de Deus a milhares de pessoas seja através das celebrações em sua igreja, seja através do mundo virtual, seja através da televisão ou rádio, afinal, a mensagem é universal. Mas é claro que devemos estar sempre atentos e vigilantes, principalmente quando assistimos uma empresa televisiva perseguir pessoa de nosso convívio; pessoa que dedica toda sua vida em prol da comunidade carente de nossa cidade, que se intitula: caça-fantasmas. Pois bem, o que vou contar a seguir, mesmo sendo ficcional, não é estória, pois foi extraída de fato real, então se é fato real é história. Quero me abster de dizer o nome, pois entendo que não é necessário nominar o que todo mundo já sabe.

Dias atrás, alguém viu um vulto caminhar lentamente no corredor de um palácio legislativo. Esse alguém que se dizia um experiente caçador de fantasmas ficou à espreita, ansioso, pois era uma noite de sexta-feira 13. Parado na ante-sala aguçou os ouvidos, pois os passos não estavam tão longe dali e seguiam cadenciados sobre o piso, emitindo um som fúnebre. O vetusto vulto carregava uma pasta preta cheia de documentos para entregar ao grande rei ou presidente, sei lá. Mas quem era aquele vulto que o caça-fantasma escutava através de um sensor e auxiliado pelo uivo vento que penetrava por uma janela e causava arrepios?  Será que eram fantasmas que estavam retornando ao Palácio para tomarem posse de seus lugares ou devolverem valores recebidos. Os apagados rostos passavam diante dos espelhos e não se viam. Eram de fato fantasmas. Os calados passos que vinham dos corredores, além dos aparelhos ultra-sensíveis, precisavam do auxílio do vento porque caso contrário, ninguém ouviria de suas inexistentes bocas o longo e melancólico silêncio do desamparo das pessoas ainda vivas ali. 

Essa empresa caça-fantasma que se dizia superior a todo mundo que apareceu nos corredores palacianos tenham um aparato capaz de deixarem todos com a mínima chance de defesa. Bem ao contrário daquele famoso mascarado que vivia nas selvas africanas, cujas façanhas eram e ainda são divulgadas em gibis e até em cinemas, todavia, ele lutava contra as injustiças praticadas pelo homem, tinha motivações para se tornar e vestir-se como a um fantasma, de esconder sua identidade, mas não era alma penada e nem invisível. Quanto ao ser superior que adentrou ao corredor palaciano, desde logo todos observaram que algo de muito podre estava para acontecer por lá. Mas ele enfrentou e ainda enfrentará uma enorme reação por parte da sociedade, pois ao nominar e postar imagem apenas de uma pessoa, alguém especial, digno, grande evangelizador, e que foi considerado naquelas cenas televisivas um fantasma-mor, doeu na sociedade que o conhece. Represália se sabe que foi e que foram essas as intenções de bateram sem dó. Sequer comentou sobre sua vida sacerdotal, do ser humano notável que é e um verdadeiro cidadão, cuja vida sempre foi um livro aberto e voltado para atender ao mais carente. O pior é que esse pessoal que se diz caçador de fantasma fez renascer o mais xenófobo dos sentimentos aos telespectadores, aquele de reação aos verdadeiros fantasmas que nunca prestaram serviços a aquele Reinado. Foi um alvororoço total. O MP Fantasmagórico que cuida de tal conduta solicitou da direção daquele palácio a instauração de uma sindicância para apurar o eventual envolvimento de fantasmas naquele local. Uma lista enorme foi feita e publicada em um jornal do mesmo grupo e nele, somente nomes impressos sobre um símbolo fantasmagórico, sem rosto, talvez porque eram “fantasmas” graúdos e essa “coisa” (alma) não dizem não ter rosto. O controlador palaciano durante a investigação deveria analisar meticulosamente os documentos assinados e autorizados pelo rei que os colocaram à disposição de outros reinos. Os fantasmas relacionados, cujos nomes foram impressos sobre símbolos, por sua vez, vão ter que ser identificados, assim como, devem retirar os capuzes, mostrarem seus rostos, relatar o que faziam em prol da sociedade fora do Reino e não somente aquele sacerdote dedicado que foi barbaramente perseguido pelo dito caça-fantasma televisivo.

São público e notório que ele sofreu e vem sofrendo represálias por parte desse caça-fantasma porque em suas pregações foi e continua crítico implacável de novelas que banalizam condutas como homossexualismo, prostituição, incesto, e apologia às drogas que deixam todos indignados. Volto ao preâmbulo para concordar com o ensinamento do Aurélio sobre a palavra fantasma quando diz que ela é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal falecido que pode aparecer para os vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Com relação ao caso palaciano, servidor fantasma para mim é como a citação acima, ou seja, é aquele não está à disposição de coisa nenhuma, não presta nenhum serviço à sociedade, só a ele próprio e ao seu rei que logicamente, sabe onde ele se encontra para poder lhe enviar o seu quinhão no final de cada mês e às vezes, sem precisar dele ir ao banco. Só tem trabalho em época de eleições. O pior é aqueles fantasmas que sacam e depois devolvem maior parte do que recebeu para o seu contratador. È o chamado “dízimo” político. Só que não devolvem somente os dez por cento como se vê em citação bíblica. Quanto ao outro, comprovadamente perseguido, é diferente. Sabem por quê? Ele usa batina. Só que ele se encontrava e ainda se encontra à disposição para onde o rei o mandou, tinha e tem autorização e comprovação de sua freqüência mensal assinada pela Mesa Controladora do Reino, porque, caso não tivesse essas freqüências, o valor não seria depositado em sua conta bancária. Pergunto mais: Será que uma pessoa consegue trabalhar vinte anos num mesmo local sem que ninguém perceba, principalmente um líder religioso super conhecido como ele? Por que só agora levantaram a sua situação de servidor efetivo? Comenta-se na cidade que se trata de uma perseguição do caça-fantasma televisivo em represália ao que ele cobrava das indecentes novelas que agridem a moral e aos bons costumes das famílias brasileiras e sendo assim, resolveu colocá-lo na capa da manchete. Também é que dá IBOPE. No entanto, interpretando sistematicamente o dicionário Aurélio podemos afirmar que os verdadeiros fantasmas não têm documentos, estão em lugares incertos e não sabido. Nem comparecem ao local de trabalho e você não os enxergam porque são fantasmas mesmo! Agora o outro, coitado - o perseguido, todo mundo sabia e sabe onde encontrá-lo. Ele não é fantasma sabe por quê? Além da documentação que prova a sua legalidade de disposição e freqüência, já bastante comentada, ele pode ser encontrado na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus celebrando missas e entregando cestas básicas ou fornecendo café da manhã aos pobres; pode ser encontrado num hospital visitando doentes, num presídio pregando o evangelho, no lixão de Aparecida de Goiânia onde leva ajuda necessária para a sobrevivência daquelas numerosas famílias; pode ser encontrado na Casa Mateus 25 onde mantém e cuida de pessoas enfermas, assim como, na Casa de Nossos Pais, mas se forem procurá-lo lá, por favor, não vão de mãos vazias, levem alguma ajuda. O dízimo dele é social e nem precisava devolver, mas ele devolve, até os centavos, não para os políticos como fazem alguns, mas sim, para a Comunidade Atos que tanto necessita de sua ajuda, assim como, de todos nós. Paz e bem.


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