Será que nossas atitudes vão continuar vazias?

quarta-feira, 2 de setembro de 2015


Domingo, na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus em Aparecida de Goiânia, durante a celebração da santa missa, assistimos a um vídeo onde o missionário Eugênio Jorge mostrava o trabalho social desenvolvido pela Paróquia, principalmente no tocante aos abrigos: Casa Mateus 25 que acolhe pessoas doentes que necessitam de tratamento médico especial, cujas famílias não podem arcar com as despesas, e a Casa de Nossos Pais, que acolhe idosos que também não têm assistência de suas famílias. Ao final, o missionário disse que “essas e outras obras sociais dirigidas pelo Padre Luiz Augusto precisam da ajuda de todos os fiéis e da sociedade como um todo para que ele possa cumprir a sua função de cuidar com zelo dessas pessoas, que sabemos ser, na realidade, uma obrigação do governo”. A doação de cada um, por mínima que for, será bem vinda e de suma importância para a manutenção delas. Entretanto, aquele que porventura não puder fazer doações que faça pelo menos uma visita e converse com os enfermos e idosos, pois, às vezes eles se satisfazem apenas com a sua presença e um mero carinho. O seu sorriso e uma simples oração também podem fazer a graça acontecer, mas, todavia, é necessário que a obra permaneça mediante ajuda financeira, material e o trabalho participativo voluntário de cada um. Os beneficiados podem ter a certeza, ficarão eternamente agradecidos. No pequeno livreto Um Minuto de Sabedoria, encontrei esta frase escrita por C. Torres Pastorino: "A cada um de nós compete uma tarefa específica, na difusão do bem. Erga-se, para trabalhar, porque as tarefas são muitas e importantes, e poucos são os que têm consciência delas. Ajude o mundo, para que o mundo possa ajudá-lo. Estenda seus braços eficientes no cultivo do Bem, para que, quando os recolher, os traga cheios dos frutos abençoados da felicidade e do amor.

Findo o vídeo e após as palavras finais do missionário, observei que muitos fiéis ficaram emocionados e boquiabertos com tão bela obra assistencial. Quanto a mim, naquele instante, coube-me recordar de um pensamento bíblico que carrego sempre comigo: “Minhas mãos vão continuar vazias de pedras, mas o meu coração cheio de solidariedade e amor”. Sei o quanto é difícil, mas procuro fazer o bem sem olhar a quem; sei o quanto é difícil em face da situação financeira de cada um, estender as mãos aos mais necessitados. Eu, dentro de minhas limitadas condições financeiras, procuro fazer minha parte, principalmente no tocante a Casa Mateus 25 (enfermos) e a Casa de Nossos Pais (idosos). Durante a minha caminhada podem ter ocorridos vacilo, mas quem nunca vacilou durante caminhadas pela estrada da vida, principalmente nós seres humanos, possuidores de corações generosos, mormente quando nos encontramos diante de tantas atrocidades humanas; quando estamos diante da fome, das doenças; quando estamos diante de pessoas maltrapilhas, enfermas, sem condições financeiras de se cuidarem, e de tantas outras espalhadas nos corredores de hospitais públicos. Quem não vacilaria diante de tudo isso e de tantas pessoas deficientes e idosas que estão sem lar e alimentos para sobreviverem... Diante de..., quem não vacilaria? Mas o vacilo de que falo é quando nos esquecemos de tudo isso, de ajudar nas obras sociais de nossa comunidade ou não, seja até despercebidamente.

Não atiro pedras mesmo se minhas mãos estivessem cheias, porque não posso julgar as atitudes de quem não se dispõe a ajudar. Não posso prejulgar quem me critica ou daqueles falam mal, chegando a insinuar de que a gente só quer aparecer, na verdade apenas esquivam-se da responsabilidade sabendo que um dia essa verdade virá à tona, e virá porque eu me conheço assim como as obras sociais que ajudo. Conheço tantas outras pessoas que também ajudam e sei que seus atos são nobres. Não sei por que existe tanta mágoa, “cegueira”, inveja e ódio envolvendo o ser humano.

Tanto problema que surge na terra que dá vontade de voar até aos céus. Falar com Jesus, dizer-lhe que também não sou perfeito, fazê-lo entender que o meu defeito é gostar tanto do que faço em prol do ser humano. Mas sou apenas um grão de areia neste mundo, mas, como cristão, sei que não preciso voar até ELE. Sei que me basta orar, e orando, sei que virá a justiça, e se ela não vir dos homens, sei que virá de Deus. Disso tenho a absoluta certeza, como a certeza de meu respeito a todas as pessoas de bem, como você e tantas outras que continuarão impregnados em meu coração. Paz e bem a todos!


0 comentários:

Postar um comentário

 
Vanderlan Domingos © 2012 | Designed by Bubble Shooter, in collaboration with Reseller Hosting , Forum Jual Beli and Business Solutions