A volta do Paladino da Fé.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quando menino a presença de heróis era uma constante em minha vida. Naquela  fase, a imaginação era muito fértil que me permitia ser  o que queria. Bastava sonhar. O herói que imaginava era mais que uma representação da grandiosidade do potencial humano. No fundo sabia que podia ser muito mais do que aquilo que estava manifestando no momento. Naquele tempo, mesmo assistindo filmes em que se despontavam grandes heróis, o meu, por incrível que pareça, era o Padre Otávio, uma pessoa de um carisma impressionante, disciplinador e excelente educador, e talvez, tenha sido a sua capacidade de evangelizador que me fez tornar um católico fervoroso e obediente aos princípios cristãos.

O meu inconsciente dizia que eu possuía potencialidades latentes, que não trabalhadas, se atrofiavam mantendo vivas as imagens de muitos heróis, cavaleiros andantes que defendiam o povo oprimido e  perseguido por seus governantes.   Quantos paladinos mostrados em filmes americanos e que muitas vezes nos deixavam admirados pelos seus feitos, por mais que as cenas fossem irreais.

Da mesma forma em que admirava alguns personagens de cinema que salvavam vidas de pessoas, admirava também o Padre Otávio que salvava o homem do pecado e como bom pregador, faziam  todos seguir o caminho de Cristo, tornando-se o meu primeiro paladino só que ele era de “fé em Cristo”. São lembranças que guardo com carinho em minha mente. Hoje, adulto, continuo apreciando aqueles que realizam grandes feitos em alguma área que ele julga importante e salutar ao bom convívio da sociedade organizada. Na verdade, o herói vivente hoje é alguém como nós, mas que jamais aceitou a imposição da sociedade que não consegue realizar certas coisas possíveis, mas não fazem nada em prol do bem comum porque se acham donos da verdade e não calçam as sandálias da humildade. Aquele paladino da fé foi para outra dimensão, mas mantém acesa a identificação com aqueles bravos cavaleiros andantes que eu tanto gostava quando era jovem e que gerou em mim a força necessária para defender os injustiçados, os oprimidos e ajudar aqueles que lutam em prol de grandes obras sociais e evangelização, mas mesmo assim não são respeitados. Hão de se convir que pessoas que aceitam imposições nefastas e prejudiciais a uma sociedade organizada acabam por perder força, voltam à faixa da mediocridade e passam a ser anormais como às de pessoas que convivem ao seu lado.

Em Goiânia há vários meses vêm ocorrendo um fato pitoresco. Um padre com liderança, carismático, com retórica capaz de aglutinar pessoas fora afastado de suas funções pela Arquidiocese de Goiânia, sem qualquer justificativa plausível, deixando atônita uma comunidade composta por mais de quinze mil     pessoas, cujo ato, foi feito por mero capricho de um Bispo, que talvez, nunca tenha sentido de perto o calor humano, o cheiro de um povo verdadeiramente cristão e ou mesmo, tentou salvar vidas pregando a palavra de Deus. Talvez, falta-lhe o dom da retórica ou pode ter sofrido no início de sua vida de semina-rista chacotas e humilhações de colegas e que hoje tenta descontar no humilde sacerdote Padre Luiz  Augusto, amordaçando-o e retirando-lhe o que lhe mais é precioso á igreja católica: o dom da   palavra.

A inveja corrói a alma, torna duro o coração e cegam aqueles que têm olhos, mas não querem enxergar a  verdade e a força de um evangelizador nato, e nesta parte, como mandatário-mor da Igreja Católica em Goiás, o Bispo e seus conselheiros de plantão deviam realmente calçar as sandálias da humildade e entender que não é esta a postura de um cristão e não é isto que a Bíblia ensina.

Sabemos que Dom Waldemar também teve seus privilégios e benesses de ser transferido para Brasília, estudar no exterior e ir a Roma para concluir seus cursos e doutorado e por isso tornou-se Bispo aos quarenta e cinco anos o que lhe facultou fazer essa grande travessia dentro da igreja católica. Entretanto, aqueles que atingem um estado superior de consciência e depois se determinam a ensinar outras pessoas uma mensagem deve estar realmente preparada para tal sobre o manto da humildade, sapiência cristã e respeitar aqueles que evangelizam nas mais longínquas regiões, sem apego a luxos e ambições de se tornarem Bispos ou outra graduações maiores dentro da igreja católica.

O nosso herói ou paladino da fé como o chamamos, como se vê estampado na capa do jornal Diário da Manhã e outros,, é o Padre Luiz Augusto que numa demonstração de humildade aceitou mais uma vez ser submisso à Arquidiocese, mesmo sendo nomeado como padre auxiliar na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, localizada no setor Expansul no município de Aparecida de Goiânia.  Realizou a    celebração de forma tradicional e os fiéis acompanhavam usando impressos fornecidos pela Arquidioce-se, que não permitiam o Padre usar toda sua eloqüência de grande pregador.  Antes da celebração, como disse o jornal, ele foi ao lixão de Aparecida onde realiza trabalhos sociais, levando médicos, dentistas, alimentos e brinquedos e no final da tarde, quando se preparava para celebrar um casamento em Goiânia, foi impedido pelo padre local que dizia ter determinações para que ele não fizesse a celebração. Humilde, assistiu o casamento do casal amigo sentado no altar. Um absurdo!  Como forma de humilhá-lo mais uma vez colocou-o como padre auxiliar de outro que tem apenas três anos de sacerdócio e ele tem mais de quinze. Então pergunto: por que não colocaram o Padre Luiz numa paróquia desprovida de padres e que são muitas em Goiânia?
O padre Luiz Augusto na sua perseverança e amor a igreja católica me fez lembrar de Padre Otávio, que nos tempos idos, já era meu paladino da fé.  Naquele dia memorável ao ver o povo saindo de vários  bairros da Região Metropolitana de Goiânia  para assistir  a missa do Padre Luiz numa paróquia que não comporta mais de duzentos e cinqüenta pessoas me senti em júbilo, mesmo não podendo estar presente em face de minha enfermidade. Ao ver aquele povo de Deus extravasando sorrisos de alegria foi possível constatar  que, quanto mais a Arquidiocese ferir dignidade e humilhar o Padre Luiz  os fiéis e admiradores crescerão e ficarão mais próximos dele do que possam imaginar, e isto foi provado na   primeira missa celebrada da Paróquia  Santa Terezinha no último dia 12 de fevereiro, onde compareceram mais de quatro mil pessoas, não contabilizadas pelos fiéis e sim, pela Polícia Militar e imprensa goiana. Então, senhores mandatários da Igreja Católica, rogo-lhes, não tomem mais atitudes preconceituosas, humilhantes e não nos proíbam de admirar pessoas como o Padre Luiz Augusto que sabe evangelizar como nunca. Entenda de uma vez por todas que o povo que o acompanha recebe dele sábias palavras, carinho, afeto e nos leva para o caminho da luz, e percebendo isso reverendíssimos, podem ter a certeza de que todos ganharão. Façam deste paladino da fé e de tantos outros padres que sabem evangelizar e aglutinar pessoas as nossas fontes de inspiração para que um dia possamos despertar deste pesadelo e encontrar dentro de nós mesmos as potencialidades desses paladinos.

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