Navegando no mar das emoções

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tem momentos em nossas vidas que devemos parar e observar as obras construídas pelo ser humano as quais muitas vezes são construídas em caminhos    tortuosos e nos levam a destinos incertos. Passamos por esses caminhos e      subimos os degraus da vida até alcançar os limites oferecidos por ele no afã de alcançar aquilo que almejamos. No último degrau vislumbramos sonhos possíveis e impossíveis, ilusões e desilusões, saúde e doença, alegrias e tristezas, amor e desamor, mas, embebidos de sentimentos verdadeiros ao alcançarmos esse degrau podemos   encontrar remédios para curar o mal, amenizar as emoções e as dores que nos incomodam, assim como, nos facilitar a embarcá-las numa nau blindada de todos estes sentimentos que corroem a nossa alma, fadigam nosso espírito, ferem e apoquentam nossos corações, e em alto mar, podermos desvencilhar de tudo isso e livres, aproveitarmos a primeira onda sem emoções que certamente nos levará ao encontro do   amor, da paz, da felicidade e consequentemente,  termos de volta o tempo consumido para que possamos  suscitar os momentos vividos e refletir.
Vivemos em meio a um mar de incertezas e, para fazermos essa longa travessia e chegarmos a um    ponto de equilíbrio pleno, precisamos de uma embarcação realmente forte e blindada acoplada de discernimento. Além disso, sem amor e alegria a nossa travessia se tornará bem mais complicada, pois  nossos rumos são determinados por nossas escolhas que são filhas de nossos pensamentos, sentimentos e energias. A embarcação em que propomos navegar e fugir do mar das emoções possui a cor do que somos.
Depois de passar por momentos cruciantes num leito de hospital me deu vontade de escrever e enviar esta mensagem aos amigos, amigas e companheiros de trabalho e a todos aqueles que navegam no  mundo virtual. Enquanto as letras iam se acumulando na tela do computador senti que minha massa cefálica estava acelerada e que minhas energias estavam todas concentradas na cabeça dada a preocupação de levar esta mensagem de forma  explícita, concisa e que pudesse trazer bom discernimento também aos leitores. Isso é comum depois de passar por um momento crítico de saúde, mas, acredito que isso não ocorre somente comigo, outras pessoas que estão na mesma situação ficam assim, até a mente processar que é época de descanso e renovação. E consciente desse mecanismo é que concentrei  toda a atenção para dentro da região recôndita de meu cérebro e do meu subconsciente para extrair deles o  máximo, para posteriormente, descansá-los no berço da consciência de modo que os pensamentos deixassem de pressionar o cérebro com sua agitação.  Senti o prazer de descansar a mente em meio às forças vitais abundantes acumuladas no cérebro e foi aí que percebi dentro de mim mesmo uma energia intensa se expandindo, e gradativamente, fui sendo tomado por uma sensação de suave contentamento. Então, lembrei-me de vários parentes e amigos que rezaram por mim e assim pude emanar do próprio peito, um coração renovado, cuja intenção ao escrever estas pequenas linhas foi de dedicar a todos augurando votos de muita paz e luz em suas vidas.
Ao elaborar este texto resolvi compartilhar a luz d'alma de cada um porque sei que ela enriquece os  relacionamentos e equilibra as energias nos centros vitais. Visitar a alma da família, dos parentes, amigos e amigas com toques silenciosos de paz e luz é o verdadeiro presente que recebemos quando conseguimos alcançar o último degrau da vida. Cada palavra que digitei refletiu no monitor um carinho que permanecia alguns segundos nessa condição de contentamento íntimo, e no final, percebi o quão é difícil de explicar por palavras. Continuei digitando e o amontoado de letras acabou formando este pequeno artigo e ao encerrá-lo, senti uma paz interior, minha expressão e o meu olhar ficaram  cheios de contentamento e brilho.  Então, comecei a perceber que essa vida pulsante, dentro e fora era necessária e que em nenhum instante ela desistiu de mim e entendi que para amar não é preciso ler livros de romance, poesias, doutrinas ou livros pesados, carregados de dogmas absurdos. Para amar basta navegar rumo a Deus e ter amor no coração. 

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