Facebook no divã dos internautas

quarta-feira, 29 de maio de 2013




                                            
Quando faço os meus comentários no Facebook, ao encerrar, sempre escrevo alguma coisa sobre os compartilhamentos, cutucada e curtida recebidas.  Para não melindrar ninguém, contrariar, decepcionar ou magoar; tento buscar nos meandros de cada palavra, das citações, frases e fotos postadas pelas pessoas amigas, uma forma de ver e procurar entender a realidade vivida por cada uma, e algumas vezes, de tanto analisá-las, acabo reportando-as da maneira mais cordial possível, escrevendo frases de efeito, de acordo com cada sentimento, manifestação e meio metido que sou, costumo até dar conselhos e puxões de orelha (no bom sentido é claro!) na pessoa que vulgarizou o seu palavreado. Na curtição de fotos, compartilhamentos das mensagens pessoais ou frases de grandes pensadores postadas por elas, eu procuro trazer do fundo da alma uma melhor resposta, um dom que a vida deu-me para escrever e inteligência para saber exprimir sentimentos que vai além da imaginação, e, imbuído do desiderato de melhor orientá-las, sempre uso o mundo do saber, no qual, faço questão de entrelaçar a força do amanhecer como forma de incutir a paz e a amizade que muitos, de algum modo, procuram encontrar nas entrelinhas do FACE e mormente, em busca de outros sonhos.
Iluminado pelo sol do meio-dia, do jeito que gosto e impulsionado pela força que move meu espírito; com os olhos voltados para o inspirador entardecer que ajuda a noite revigorar meus sonhos, tudo me faz adormecer e sonhar com o impossível. O sono vem manso, descompromissado e me leva pelo túnel do nada, a lugar algum, cujo destino é o próprio vazio. Como o sono não conhece o fim, ele abre espaço para o mundo dos sonhos. Sonhos que às vezes me impede de sair em socorro dos desalojados, dos moradores de rua e dos barracos de alvenaria ou de papelão cheirando a mofo fétido. Mas tem noites que são ótimas, porque não roubam tempo dos dias e nem o frescor da tarde ou da manhã que chegou forte e vai entrando pelo vão da janela sem pedir licença, clareando a pilha de livros colocados desordenados na pequena estante.
Hoje, quando intitulei esta crônica de “FACEBOOK NO DIVÃ DOS INTERNAUTAS”, sei que até posso estar enganado, mas tenho a impressão que vou desagradar muita gente amiga que faz parte de minha página, pelo menos no mundo virtual, ao trazer a baila este assunto. Qualquer crítica então, amigo e amiga, a dirijo a mim também, embora meu alvo seja o “modus operandi” de quem o usa, e em última análise, permite que cada pessoa leia o que a outra escreve. Por isso sempre quando encerro a minha participação no FACE procuro dizer que busco nos textos, nas artes expostas através de atelier, na cultura, na literatura ou qualquer outra citação postada,  o impossível, onde a razão jamais poderá alcançar, e aí, “viajo” para dentro de mim mesmo, na profundeza de minha alma e quase sem querer, descubro que entre as palavras mágicas dos compartilhamentos, das curtidas, das cutucadas, risos, alguns escondidos e outros soltos, mesmo com as nuances encontradas, podem ter a certeza que o que li e vi me deixam reconfortado e  feliz.
Neste final de semana para variar, com tempo de sobra em razão do feriadão, vaguei na Internet, manuseando sem pressa, apenas dando pausa para um lanche e descanso natural para sossegar a mente.  De repente, eis que lá estava eu no Facebook. E com o cursor, fazia descer os links postados e quantas “pérolas” expostas iam aparecendo, alguns de gostos duvidosos, outros, expressando raiva de alguém, sabedoria, artes, citações bíblicas e textos lindíssimos que pareciam pintados e extraídos do fundo da alma. Afinal, nesta Terra de Ninguém que é a Internet tudo se pode e de tudo se vê. A vida funciona como no mundo real, não pára, não tem hora para acontecer: são 24 horas ininterruptas no ar. Mas, confesso que vi muito “besteirol” caseiro. Pessoas usando-a para reclamar da vida ou para mandar recados maldosos a outras, talvez tenham sido ofendidas, todavia, sequer observam que todos estão vendo e essa maldita comunicação é de uso público. Tem pessoas que postam cenas obscenas (estes eu os excluo de meu rol de amigos sem pestanejar!), situação que me levou a refletir sobre esse universo do qual participo e resolvi colocá-lo num divã para que cada internauta se torne um psicólogo de si mesmo e possa refletir. Isso tudo é a aldeia global digital cada qual na sua tribo têm suas particularidades indiscutíveis e intransferíveis. Mas como dizia o grande mestre Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes mais defenderei até a morte seu direito de dizê-las”. Felizmente, na minha página só tem gente amiga, a maioria virtuais é claro, mas que, com o passar do tempo, se tornarão reais.
Alguns podem achar interessantes e úteis; outros detestáveis, tudo depende do ponto de vista ou interesses de cada um. Agora, desdenhar da privacidade alheia é ferir o direito do exercício da livre escolha. O facebook é uma rede aberta, onde você pode simplesmente curtir, cutucar, compartilhar refutar e excluir o que não gosta. Agora critica por critica é dispensável, mas o cuidado no uso dela por mais que você tenha, é pouco. 

1 comentários:

  1. Gostei desta publicação amigo Vanderlan. O fb não só se tornou uma referência pessoal de prestígio, como também tornou-se referência para currículos, cartões de visitas, comunicados de viagens e de quando nasce um novo rebento na família, etc. As crônicas vão se tornando mais atraentes na medida que enriquecem seus acontecimentos. Poderiam fazer parte de algum conto de Nelson Rodrigues, caso este ainda vivesse por este mundo. Porém, quero agradecer por sempre demonstrar sua amizade e presença na minha humilde página. Deixo aqui meus agradecimentos por sua amizade e refinados elogios ao seu blog com um conteúdo diferenciado e muito simpático. Fica com Deus amigo. Até a próxima. Amiga LuGoyaz.

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