Quando faço os meus comentários no
Facebook, ao encerrar, sempre escrevo alguma coisa sobre os compartilhamentos,
cutucada e curtida recebidas. Para não melindrar
ninguém, contrariar, decepcionar ou magoar; tento buscar nos meandros de cada
palavra, das citações, frases e fotos postadas pelas pessoas amigas, uma forma
de ver e procurar entender a realidade vivida por cada uma, e algumas vezes, de
tanto analisá-las, acabo reportando-as da maneira mais cordial possível, escrevendo
frases de efeito, de acordo com cada sentimento, manifestação e meio metido que
sou, costumo até dar conselhos e puxões de orelha (no bom sentido é claro!) na
pessoa que vulgarizou o seu palavreado. Na curtição de fotos, compartilhamentos
das mensagens pessoais ou frases de grandes pensadores postadas por elas, eu procuro
trazer do fundo da alma uma melhor resposta, um dom que a vida deu-me para
escrever e inteligência para saber exprimir sentimentos que vai além da
imaginação, e, imbuído do desiderato de melhor orientá-las, sempre uso o mundo
do saber, no qual, faço questão de entrelaçar a força do amanhecer como forma
de incutir a paz e a amizade que muitos, de algum modo, procuram encontrar nas
entrelinhas do FACE e mormente, em busca de outros sonhos.
Iluminado pelo sol do meio-dia, do
jeito que gosto e impulsionado pela força que move meu espírito; com os olhos
voltados para o inspirador entardecer que ajuda a noite revigorar meus sonhos, tudo
me faz adormecer e sonhar com o impossível. O sono vem manso, descompromissado e
me leva pelo túnel do nada, a lugar algum, cujo destino é o próprio vazio. Como
o sono não conhece o fim, ele abre espaço para o mundo dos sonhos. Sonhos que às
vezes me impede de sair em socorro dos desalojados, dos moradores de rua e dos
barracos de alvenaria ou de papelão cheirando a mofo fétido. Mas tem noites que
são ótimas, porque não roubam tempo dos dias e nem o frescor da tarde ou da
manhã que chegou forte e vai entrando pelo vão da janela sem pedir licença,
clareando a pilha de livros colocados desordenados na pequena estante.
Hoje, quando intitulei esta crônica
de “FACEBOOK NO DIVÃ DOS INTERNAUTAS”, sei que até posso estar enganado, mas
tenho a impressão que vou desagradar muita gente amiga que faz parte de minha
página, pelo menos no mundo virtual, ao trazer a baila este assunto. Qualquer
crítica então, amigo e amiga, a dirijo a mim também, embora meu alvo seja o
“modus operandi” de quem o usa, e em última análise, permite que cada pessoa
leia o que a outra escreve. Por isso sempre quando encerro a minha participação
no FACE procuro dizer que busco nos textos, nas artes expostas através de
atelier, na cultura, na literatura ou qualquer outra citação postada, o impossível, onde a razão jamais poderá
alcançar, e aí, “viajo” para dentro de mim mesmo, na profundeza de minha alma e
quase sem querer, descubro que entre as palavras mágicas dos compartilhamentos,
das curtidas, das cutucadas, risos, alguns escondidos e outros soltos, mesmo
com as nuances encontradas, podem ter a certeza que o que li e vi me deixam
reconfortado e feliz.
Neste
final de semana para variar, com tempo de sobra em razão do feriadão, vaguei na
Internet, manuseando sem pressa, apenas dando pausa para um lanche e descanso
natural para sossegar a mente. De
repente, eis que lá estava eu no Facebook. E com o cursor, fazia descer os
links postados e quantas “pérolas” expostas iam aparecendo, alguns de gostos
duvidosos, outros, expressando raiva de alguém, sabedoria, artes, citações
bíblicas e textos lindíssimos que pareciam pintados e extraídos do fundo da
alma. Afinal, nesta Terra de Ninguém que é a Internet tudo se pode e de tudo se
vê. A vida funciona como no mundo real, não pára, não tem hora para acontecer:
são 24 horas ininterruptas no ar. Mas, confesso que vi muito “besteirol”
caseiro. Pessoas usando-a para reclamar da vida ou para mandar recados maldosos
a outras, talvez tenham sido ofendidas, todavia, sequer observam que todos
estão vendo e essa maldita comunicação é de uso público. Tem pessoas que postam
cenas obscenas (estes eu os excluo de meu rol de amigos sem pestanejar!),
situação que me levou a refletir sobre esse universo do qual participo e resolvi
colocá-lo num divã para que cada internauta se torne um psicólogo de si mesmo e
possa refletir. Isso tudo é a aldeia global digital cada qual na sua tribo têm
suas particularidades indiscutíveis e intransferíveis. Mas como dizia o grande
mestre Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes mais defenderei até
a morte seu direito de dizê-las”. Felizmente, na minha página só tem gente
amiga, a maioria virtuais é claro, mas que, com o passar do tempo, se tornarão
reais.
Alguns podem achar interessantes e úteis; outros
detestáveis, tudo depende do ponto de vista ou interesses de cada um. Agora,
desdenhar da privacidade alheia é ferir o direito do exercício da livre
escolha. O facebook é uma rede aberta, onde você pode simplesmente curtir,
cutucar, compartilhar refutar e excluir o que não gosta. Agora critica por
critica é dispensável, mas o cuidado no uso dela por mais que você tenha, é
pouco.
Gostei desta publicação amigo Vanderlan. O fb não só se tornou uma referência pessoal de prestígio, como também tornou-se referência para currículos, cartões de visitas, comunicados de viagens e de quando nasce um novo rebento na família, etc. As crônicas vão se tornando mais atraentes na medida que enriquecem seus acontecimentos. Poderiam fazer parte de algum conto de Nelson Rodrigues, caso este ainda vivesse por este mundo. Porém, quero agradecer por sempre demonstrar sua amizade e presença na minha humilde página. Deixo aqui meus agradecimentos por sua amizade e refinados elogios ao seu blog com um conteúdo diferenciado e muito simpático. Fica com Deus amigo. Até a próxima. Amiga LuGoyaz.
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