Blackout ético e moral

terça-feira, 12 de junho de 2012

O que vem acontecendo no Brasil nas últimas décadas é uma guerra em busca do poder. Não falo só de guerras com armas que já extrapolam os limites da tolerância, mas sim, guerras de palavras onde existem pessoas capazes de falar mal de outras e sequer sentem suas almas possuídas; usam de artimanhas e subterfúgios para safar-se de coisas que cometeram no passado, coisas nocivas à sociedade, das quais o PT e Lula se valeram para vingar-se da denúncia feita por Marconi, quando naquele ano, informou pessoalmente ao Presidente Lula sobre o assédio financeiro do Palácio do Planalto, em que os deputados federais, entre eles alguns goianos, votassem contra o Impeachment do Mensalão. Lula não perdoou Marconi que apenas quis alertar sobre as propinas oferecidas, talvez “desconhecidas” pelo Presidente. Depois, durante as eleições para o Governo de Goiás, Marconi Perilo venceu Lula e todo o aparato do Governo Federal que foi colocado à disposição dos aliados em Goiás, o Prefeito de Goiânia; o candidato da oposição, por sinal meu xará e o próprio Governador de Goiás, Dr. Alcides Rodrigues, que se tornou um adversário ferrenho. Uma derrota vexatória que deixou Lula irado, e hoje, com o “poder” na mão usa a imprensa para vingar-se, denegrir a imagem do Governador, distorcer fatos em desfavor de adversários e desafetos políticos, cujos atos muitas vezes passam o limite do imaginável.

 Nestes últimos dias assistimos a imprensa dizer que o ex-presidente Lula está “orquestrando” por detrás das cortinas já manchadas de corrupção, espalhando notícias maldosas que são veiculadas pela rede televisiva, e espertamente, abre as comportas da Cachoeira com o objetivo de submergir o julgamento do Mensalão e com isso, como disse o nobre jornalista Batista Custódio no seu artigo “Chicote de Deus”: “Manter a barragem represando até que se evaporasse na CPMI do Cachoeira toda a água suja que a Presidenta Dilma trouxe à tona com as faxinas nos Ministérios no leito do Governo Petista que transformaram o PAC em Plano de Aceleração da Corrupção”. Por outro lado, é publico e notório que Lula usa de artifícios ardilosos com o fito de destruir politicamente o Governador Marconi Perilo, esquecendo-se de observar que o seu telhado também é de vidro. Ao encenar no seu teatro que se encontra em lugar incerto e não sabido, não olha para o seu próprio umbigo, onde o povo brasileiro sabe que estão depositados os resíduos do “mensalão”, em cujo processo de julgamento, ele e os seus companheiros petistas, fizeram de tudo para inviabilizar. Destarte, também é de conhecimento público que Lula tentou até chantagear o Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal para que não fosse realizado esse julgamento, denúncia esta, bastante divulgada pela imprensa nacional. Depois, incitou a criação da CPMI, e ao que parece, mas uma vez o seu tiro vai sair pela culatra, pois aquela Comissão decidiu além da abertura de escutas telefônicas de todos os políticos e empresários envolvidos, também de todos os Diretores da DELTA e auditagem de todos os processos de licitação que envolveu essa Empresa e o Governo Federal, que todos sabem é detentora de todas as obras do PAC. Desta vez parece que vai se enterrar de vez a sua arrogância e perseguições. As suas lamúrias roucas e suas orelhas moucas certamente depois do julgamento do “mensalão” deixarão de ser insensíveis.

Ele não é intocável e nem bobo, mas, o povo que está acompanhando de perto também não é bobo. Está cansado de tantos desmandos e vai acabar com esta "manobra" pouco democrática e também com a palhaçada que vem ocorrendo no Brasil. Descrente, decepcionado e desmotivado com a política brasileira, não me restou alternativa senão em escrever este artigo em que tive que usar um tom mais drástico e até sugerir ao eleitor que comece a desvendar o mistério que vem causando este blackout ético e moral para que possamos pelos menos, injetar pequenos retalhos de luz na escuridão. Aliás, existe a lei da “ficha limpa” onde o eleitor deve se valer mesmo sabendo que um dia o seu candidato, se eleito, poderá se desvirtuar e vir fazer parte do rol de políticos corruptos ou corruptor. Por outro lado, faço um apelo aos eleitores que analisem com cautela a ficha ou vida pregressa de cada candidato. Procurem interpretar com mais clareza e sensibilidade os noticiários e artigos veiculados em jornais. Procurem um melhor discernimento daquilo que certas pessoas e algumas empresas jornalísticas pretendem chegar. Ultimamente o que se vê é blindagem do Governo Federal em favor de gente do PT e PMDB, desde o caso do “mensalão” e outras mazelas que vêm sendo praticadas até hoje.

Pesquisando no dicionário Aurélio encontrei a palavra moral que quer dizer um conjunto das regras de conduta consideradas como válida, e a ética, um estudo dos juízos de apreciação da conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal. Então, o que mais me preocupa não é a iminência de um apagão de energia, ou da agricultura e pecuária, da indústria nacional, da infraestrutura sucateada, da educação precária, da saúde que está um caos, da segurança que não protege ninguém, nem o definitivo apagão das instituições moribundas, nem o vexame internacional e assassino do apagão da aviação comercial, nem o apagão de ideias, como se viu na campanha para a Presidência da República e tantos outros “apagões” que recheiam o cotidiano das páginas dos jornais, mas sim, o “blackout” moral e ético que está escurecendo a nação.

Prova disso é a Presidenta e o Vice do Supremo que foram assaltados à mão armada na Linha Vermelha carioca, como se isso fosse rotina. E a absolvição deslavada de deputado suspeito só porque estava acamado e outro futuro representante do povo sendo preso antes de tomar posse. E as prisões de vereadores e Prefeitos corruptos em uma pequena cidade do interior. E o dinheiro colocado na cueca, vocês esqueceram! E os cem mil reais repassados por Cachoeira ao Deputado Federal Rubens Otoni do PT, que foi filmado e gravado. E as peripécias do Governador de Brasília, Agnelo Queiroz e sua assessoria, todos do PT, mas, parecem blindados pela própria Comissão, pois a maioria dos membros apoia governo federal. E o próprio presidente da CPMI e alguns de seus membros acusados de contratarem funcionários fantasmas. Como acreditar numa Comissão onde participam políticos que no passado foram execrados pelo próprio PT e acusados de corrupção. E o PT loteando cargos para seduzir o PMDB, e todos achando que isso é normal, que faz parte do “jogo político”. E o STF derrogando a cláusula de barreira e sepultando de vez a reforma política que nem começou. Dá para ficar calado!

E os juros indecentes, a falta de poupança para investimentos; o real valorizado e o crescimento pífio, que nos ancora na pobreza e no subdesenvolvimento da grande Goiânia e que poderá empobrecer o Estado de Goiás, tão bem administrado por Marconi Perilo e não sou eu que afirmo isso, é o pagamento em dia dos servidores e de empreiteiras, assim como, o próprio PIB goiano que fala por nós, destacado em revistas de economia, nos jornais, rádio e televisão. O que está acontecendo é um distanciamento cada vez maior da sociedade civil e militar e a sua despreocupação com o futuro, não se implantando com urgência um projeto que salve o Brasil do fosso nojento e talvez insuperável que cavamos e continua sendo cavada por esta política rasteira que faz do nosso País um dos poucos do mundo onde a perspectiva é pior do que a realidade.

E a falta de briga, da complacência, do aceitar passivamente a guerra civil que está nas ruas e no campo, que o império vai ficar nas mãos dos bandidos, que o mal venceu o bem – sem que se esboce qualquer contra-ataque pra valer. É a ausência de uma oposição verdadeira, articulada, competente, mas, sem as manchas daqueles que usufruem o poder.


Mas o que me preocupa mesmo é o apagão moral e ético sem precedentes que vem assolando o Brasil. Os políticos de bem têm que intervir, a justiça tem que sair de sua morosidade, deve julgar e prender os culpados. A polícia prende e a justiça solta sob a alegação de falhas no Código Penal que está defasado. Precisamos de uma legislação Penal mais rígida, pois a criminalidade no Brasil é aterrorizante. Pessoas matam sem pena ou dó, esquartejam apenas para sentir o gemido do desafeto. O País não pode ficar nas mãos desses criminosos, bandidos, corruptos e corruptores. A imprensa tem que se tornar responsável ao veicular uma notícia, pois qualquer ato seu, ou divulgação infundada, com objetivos escusos ou premeditados, poderá prejudicar um Estado promissor, o seu crescimento econômico e sua própria gente. Será que teremos de acender a luz no dia das eleições para sairmos dessa escuridão, ou continuar assistindo o apagão ético e moral que domina o nosso País?

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