Faltam poucos dias para a
eleição, e finalmente, vemos o fim do famigerado programa eleitoral gratuito.
Hoje, dia 1.º de outubro, você e eu, que de certa forma parecíamos
desinteressados pela campanha eleitoral, agora, na verdade, sentimo-nos
aliviados, mas preocupados. Por que isso acontece? Ainda é cedo para pensarmos
em desinteresse, pois domingo iremos à urna depositar o nosso voto. Temos que
votar usando a razão e não a emoção. É isso mesmo! O Brasil é grande demais e
cheio de problemas para entregar na mão de qualquer pessoa. Mas quando se fala
em votar quão é difícil esquecer alguns dos candidatos que passaram pelo
programa televisivo – ou, melhor, nem queria pensar a respeito, mas sou
obrigado pensar e escrever. E logicamente para escrever esta porcaria de
crônica tive que tirar um tempinho para assistir um programa eleitoral. E que
sofrimento! Afinal a gente tem ou não a ver com isso, não é mesmo?... Não sou
candidato e nem você, mas de certo modo fazemos o papel cabos eleitorais
virtuais e temos opiniões diferentes, mas “aquilo” que a gente assiste
deixa-nos estarrecidos. São tantas baboseiras ditas, maltratam o português,
fazem propostas mirabolantes sem nenhuma consistência. Na minha modesta opinião
os programas eleitorais não deviam ser gratuitos, porque se fossem pagos,
ficaríamos livres de alguns candidatos, que além de não terem a mínima condição
financeira, são totalmente despreparados e alguns, por incrível que pareça, mal
dão conta de ler o que passa diante do vídeo.
Hoje eles
nem se dão ao respeito de pedir licença para entrar em nossos lares. Pensam que
somos bobos e nosso ouvido é penico. Gente, quanta falta de criatividade! E a
impostação de voz, ou de vozes? Cruz credo! Mais parecem piadas, que nem vale a
pena ver ou ouvir de novo, e nem tem como, porque, alguns só conseguem gravar
poucas vezes. Ainda bem. Diante de tantos candidatos, fica mesmo difícil
escolher o pior. Se fizermos anotações das esdrúxulas frases e separar as vozes
“taquaras rachadas” que aparecem, a maioria está eliminada. Por curiosidade
procuro observar se o candidato inova. E vejo que não inova nada! São os mesmo
chavões e depois vem e diz na maior “cara de pau” que vai trabalhar em prol da
saúde, educação, segurança, transporte e habitação (claro que nem sempre nesta
mesma ordem). Tem candidato que fala que vai trabalhar pela saúde e na sua boca
falta dentes; tem candidato que fala sobre educação e sequer tem o primário;
tem candidato que fala sobre habitação, mas está desempregado e nem moradia
tem; tem candidato que diz: se eleito vou melhorar minha vida, de minha família
e de meus amigos; tem candidato que está há mais de quatro mandatos no poder e
diz que vai fazer isso ou aquilo e até salvar a CELG. Uai! Porque não fez
durante o tempo em que está no poder; tem um que quando o seu partido foi
governo mandou vender a hidrelétrica cachoeira dourada e agora vem e diz se for
eleito, vai salvar a CELG; tem candidato do Partido dos Trabalhadores que se
diz na telinha ser honesto, ético, incorruptível, mas esquece que foi visto
recebendo propina do tal Cachoeira, tudo gravado; tem candidata que diz na
maior cara de pau que o seu governo combate duramente a corrupção, sendo que é
o inverso de tudo isso; tem candidato que começa o seu texto assim: Eu como
candidato... (?) Será que come tanto candidato assim? Por que não diz se eleito
for...
Com
relação ao programa eleitoral sou crítico mesmo! Abstenho-me de dizer nomes
nesta crônica porque não quero fazer propaganda gratuita. Aqueles que
acompanham a política há bastante tempo sabem que tem candidato que, antes de o
ser, já criticava duramente todo mundo, dizendo que a maioria dos políticos
comprava votos, mas ele, no seu primeiro programa, prometeu doar 100% do seu
salário para custear tratamento de saúde de pessoas que têm o mesmo problema
seu. No Programa seguinte, foi suspenso pela Justiça Eleitoral. Bem feito! Ele
não tem proposta e parece que se candidatou apenas para denegrir a imagem de um
candidato a governador. Uma rixa antiga, que ao eleitor não interessa. O
eleitor quer ouvir é proposta e não agressões verbais. Este fato é pequeno em
relação a outros candidatos. Durante horário eleitoral gratuito em que me
propus ouvir, sei que foi um castigo que impus aos meus ouvidos e minha
sensibilidade e com a caneta em punho, fui anotando e selecionado alguns
“chavões” até chegar à escolha do “faz-me rir”. Então vai: Vocês se lembram dos
candidatos que diziam assim: Eu sou aquele cantor que assovia e depois,
assoviava mesmo! Os outros, um berranteiro e um cantor sertanejo que mais
parecia o Sinhozinho Malta. Eram tantas jóias nos dedos, punho e pescoço que
fiquei com inveja. E quantas promessas vazias foram feitas por todos eles.
Para não
tomar o tempo do caro eleitor faço aqui em tópicos separados um resumo das
palavras “sábias” desses candidatos, alguns sem a mínima estrutura para fazer
quaisquer tipos de promessas: 1) Eu sou a cara do povo; 2) Vou lutar contra a
fome, a pobreza, a burocracia e corrupção; 3) Vou lutar pela redução da
maioridade penal; 4) Sou um político de “cara nova”: 5) Sou vendedor de picolé;
sou aquele do lanche, sou o do sacolão, sou o da vassoura... E pasmem! Todos
eram candidatos a Deputado Federal. Não tenho nada contra a profissão de cada
um, porque eu mesmo já fui engraxate, vendedor de pirulitos, cobrador, etcétera
e tal, mas o Congresso Nacional precisa de gente com capacidade mais
intelectiva, que tenha certa noção de administração pública e não se envolva
com falcatruas e peripécias políticas prati
Infelizmente
temos alguns eleitores que se assemelham, à minha visão quando o uso óculos de
grau, àqueles caras estressados que trabalham na bolsa de valores correndo de
um lado para outro. Muitos deles estão trocando seus votos por uma cesta
básica, por uma casa própria, por um vale alimentação. Isso é fato e pesa em
favor dos investidores. Resultado disso: no dia da eleição, já não existe mais
a lembrança do valor do “negócio”, mas o “santinho” do candidato que segue
enroladinho, entre os calos da mão do eleitor, objeto da maior confiança dos
candidatos que investiram nele.
Bela crônica amigo Vanderlan Domingos, Mas infelizmente todos nós ja sabemos o resultado final disso tudo, Eles são como rolhas amigo, não a fundão, isso para nao usar outra expressão né, mas a verdade é q a maioria do eleitor são desprovidos de instrução e de verbas e se tornam uma classe facil de manipular. Bem assim amigo Bjus
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