INSS Sob a Ótica Paciencia e do Bem Servir

terça-feira, 3 de abril de 2012

Depois de ter passado por um procedimento cirúrgico (angioplastia), como contribuinte do INSS e movido pela paciência que sempre me acompanhou   durante toda minha existência, fui atrás dos meus direitos ao quais denominamos de acesso à proteção social. Ao procurar o setor competente da previdência   através agendamento pelo número135,  de forma alguma, mesmo antes de ser atendido, não era minha intenção, como fazem  muitos, antecipar um  negativo atendimento, pois sabia da gravidade causada pela não proteção social. O indivíduo em razão de uma doença muitas vezes inesperada, que lhe debilita, retira a capacidade de trabalho e de subsistência, temporária ou definitivamente, não tem alternativa senão em buscar encontrar no Estado a solução para seus problemas imediatos.
À bem verdade se analisarmos sob a ótica do bem servir, há locais onde impera o tratamento humano e justo, aquele que toda pessoa gostaria de receber ao adentrar num órgão público e ser atendido por um educado servidor. É raro, mas ainda encontramos servidores dedicados, criativos, atentos e sensíveis aos reclamos daqueles que os procuram e isso se torna um bálsamo para a vida. Alguns parecem ter sido talhados para o serviço de atendimento ao público, principalmente daqueles que os procuram sedentos de uma informação que lhes venham proporcionar a tranquilidade e a garantia de que receberão do setor público, além do respeito aos seus direitos de cidadão, respostas prontas e apropriadas de forma que se evite a impaciência, o estresse e emoção.
Todavia, nem sempre o brasileiro que procura aos postos de atendimento não só da Previdência Social como de outros órgãos públicos é tratado como merece. Os maus tratos, o desrespeito à condição de angústia e ansiedade por uma resposta clara, a demora no atendimento, a morosidade para dar um parecer e até mesmo a recusa a requerimento que é um direito constitucional, são práticas que infelizmente ainda são comuns. E talvez por conta disso, não nos cause mais tanto espanto quando olhamos para o lado e notamos que, em meio a uma fila de pessoas aguardando atendimento, em pleno horário de expediente, um "servidor", de forma displicente, desatenciosamente, manuseia o computador com desleixo e preguiça. 
Chega a ser irônico, se não fosse trágico, mas, felizmente, há muitas exceções. Em muitos casos, principalmente quanto aos segurados da Previdência, estes precisam ter realmente muita paciência para receber o benefício a que fazem jus. Esses segurados precisam ter paciência quando um médico perito conclui pela sua "alta" ou não sob a alegação de que ainda está apto ou inapto para o   trabalho. Paciência deve ter também os trabalhadores autônomos e os informais quando ao buscar informações a respeito de seus direitos, receberem a informação, talvez equivocadamente ou por falha do sistema, de que não são segurados. Daí, entendermos que cumpre aos setores competentes do INSS  assegurar o direito à informação e o direito de requerer o que lhes seja de interesse, em obediência estrita ao art. 5º da nossa Carta Magna; que lhes sejam informado e assegurado o acesso aos benefícios do sistema, com a premência que a subsistência das pessoas exige. Ninguém vai ao INSS pedir empréstimo para ir aos EUA ou qualquer outra parte do mundo: o benefício que se postula se transforma em pão, leite, aluguel, remédio: bens de primeiríssima necessidade e de sua própria subsistência

Sei que há muito a se fazer, ainda, para se chegar a um patamar digno de proteção social, entretanto, em relação ao meu caso específico – licença médica, e de tantos outros pedidos presenciados no posto de atendimento do Setor Universitário, restou-me, como não poderia deixar de ser e até por questão de reconhecimento, testemunhar neste pequeno artigo de que fui bem atendido, destacando, a priori, a  atenção dada pelo experiente servidor, o aquariano Moisés Pereira Sousa, que sempre carrega um sorriso nos lábios e distribui à aqueles  que se enfileiram diante de seu balcão. Não poderia, destarte, de enaltecer também as prestimosas atendentes Elsa e Lúcia que me encaminharam ao educado e competente médico e perito Dr. Carlos da Cunha, a quem louvo nestas páginas o meu respeito, agradecimento e admiração. Pude constatar, ainda, sob a ótica do bem servir, que todos os servidores distribuídos naquelas escrivaninhas, eram compenetrados e dotados de muita paciência, os quais muitas vezes não recebiam a mesma reciprocidade do segurado, não obstante entender que deveria existir essa reciprocidade, pois sabemos que não é fácil trabalhar atrás de um balcão, manuseando nomes, datas, valores e vidas através de um sistema arcaico e computadores defasados para atender um público sedento de informação eficaz e muitas vezes com saúde precária e nervos à flor da pele.

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