Como no
mundo da fantasia ou da ficção tudo é possível, inseri num artigo anterior,
para reflexão, um pedaço da história do mosquito terrorista que apelidei de
Osama Aedes Aegypty Bin Laden, comparando-o ao terrorista,
saudita e membro da próspera família Bin Laden, líder e fundador da Al-Qaeda. Acompanhamos
a luta desse mosquito e seus seguidores, assim como, as suas estratégias de
sobrevivência pós-período chuvoso, mas, ao que parece mesmo tratando-se de um
assunto sério, autoridades políticas que diziam preparados combater a dengue, nunca
entenderam o sentido da mensagem que os mosquitos passavam e quiçá das artimanhas
armadas pelo seu líder – O Bin Laden, que há anos vem se escondendo num pneu de
trator protegido pela milícia comandada pelo seu filho Osaminha Jr. Semana
passada ao ler alguns noticiários, hoje escassos, porque tudo está sendo
engolido pelas notícias advindas da Copa do Mundo, observei que muitos
comentavam sobre o crescimento da doença, e no sentido de alertar e minimizar a
dor de cada um, dizia e continuo dizendo aos leitores que o mosquito jamais
tira férias, nem após o período chuvoso, e por isso, todos deveriam se cuidar, razão
tinham e me deram razão também para me fazer voltar a falar sobre este assunto,
cujo artigo fora publicado em novembro de 2011 no Diário da Manhã. Naquele artigo disse sobre a mobilização de
pessoas da sociedade entusiasmadas em combater o famigerado mosquito, e naquele
ano, até portavam faixas, camisetas e adesivos, todos alusivos ao evento. E foi
aí que me lembrei de outro artigo publicado no mesmo jornal meses antes, onde
comentei sobre a possível saída de cena de um famoso terrorista, que ao longo
destes últimos anos arregimentaram milhares de seguidores suicidas que se
espalharam por todo o mundo, no entanto, naquele dia não acreditava que o mesmo
tinha morrido como não acredito até hoje, pois não mostraram o cadáver (falo do
terrorista Osama Bin Laden). Mas, com relação ao nosso terrorista – o mosquito
Osama, sua morte também trouxe dúvida porque a imprensa naquele ano não fotografou
o corpo dele que sabemos ter forma esquelética e que poderia estar estendido
dentro de sua fortaleza: o pneu, onde se refugiou e ajudou na reprodução de
incontáveis larvas e no treinamento de milhares fêmeas. O noticiário
se fundamentou, talvez, em razão da emissão do fedido e venenoso “fumacê”
jorrado perto do local e da artilharia pesada protagonizada pela vigilância
sanitária, cuja ação misturou realidade e ficção, não obstante acreditar que
tudo não passara de uma mera encenação, pois, o povo em relação a esse assunto
está igual a São Tomé: só acredita, vendo. Os mais incrédulos diziam que Osama
apenas ficou tonto e adormeceu nos braços da amada Dina Bin Laden.
Naquele ano quando li o noticiário sobre a morte
do mosquito terrorista senti-me indefeso diante da ameaça de vingança que
poderia vir daqueles pequenos e invulneráveis insetos. Não obstante o preâmbulo
do texto deste artigo ecoar em minha cabeça como letras mortas e os versos
canoros que escrevi num pedaço de papel ser usado apenas como subterfúgio para
afastá-los para longe de mim, ainda assim, refuguei várias vezes quando passava
perto de mim um mosquito magricela. Tudo acontecia nos inexatos momentos em que
contemplava às horas mortas e a roda-gigante que girava em torno do universo
vagando sem rumo usando lentes cristalizadas e olhares infantis, mas, sempre
nos alertando sobre os cuidados necessários para evitar esse inseto que
transmite uma doença de difícil cura e que nunca devemos deixar de combatê-lo.
E para finalizar, naquele ano, resolvi insistir sobre aquele pensamento
deixado pelo mosquito jornalista Bicudo que de alguma forma serviu e continuará
servindo para o povo e governantes refletirem: “Enquanto o governo não acreditar que nunca seremos exterminados, não
criar um projeto de prevenção para eliminar os nossos criadouros e combater
fêmeas transmissoras suicidas; enquanto o povo não colaborar com a limpeza dos
vasos, pneus, garrafas, copos, calhas, caixas de água, de nada valerá o
trabalho da vigilância sanitária, pois, procriamos e nos alojamos até em
tampinhas” E como reflexão final, pergunto: Será que o mosquito terrorista
Osama Aedes Aegypty Bin Laden realmente morreu? Eu, pelos menos, tenho certeza
que não, pois no sábado findo, durante a caminhada no Bosque Vaca Brava,
observei o interesse de algumas pessoas em sensibilizar os transeuntes que
passavam pelo calçadão quanto à importância do período seco para encontrar
Osama e sua fêmea, a Dina, e quebrar o ciclo de vida dos mosquitos, eliminando
ovos e larvas. Por isso disse e repito: nós tiramos férias, mas os mosquitos
não, então, todo cuidado é pouco.
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