Nem
bem acabei de assistir um noticiário sobre a doença do ebola na África, no
mesmo canal, um comentarista antecipou dizendo que tínhamos que nos preocupar
era com o mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue, ainda mais agora que conta
com o apoio do seu primo Chikungunya de origem africana e que chegou
recentemente ao Brasil. O comentarista informou que esse mosquito tem a mesma
característica e aparência física do Aedes, mas dotado de uma picada mortal que
trará conseqüências imprevisíveis à saúde da população brasileira. É claro que me
preocupei com a notícia veiculada. As ameaças destes pequenos e invulneráveis insetos
alcançarão grandes proporções e se não forem eliminados, trarão sérios
transtornos ao País, cuja saúde já está um caos. Os órgãos responsáveis pelo
combate da doença terão dificuldades para saná-las, pois sabem que esses
mosquitos procriam facilmente. Na realidade, parecem até imortais. Quanto ao
combate à dengue eu procuro fazer a minha parte conservando meu ambiente sempre
limpo e para não ser picado pelo inseto, evito passar perto de pneus
abandonados, lotes baldios e até refugo quando vejo passar por mim um mosquito
magricela. Ademais, é importante frisar que a pessoa só é picada em face
desleixo, da falta de cuidados e zelo com os seus próprios quintais.
Destarte,
concordo com o comentarista quando disse que a população brasileira deveria
estar mais preocupada com a dengue que com o ebola. De acordo com as
estatísticas a dengue mata muito menos que o ebola, mas os mosquitos que a
transmitem estão por todo canto. E agora, como se não bastassem à proliferação
do Aedes Aegypti em nossos quintais, chegou ao Brasil o seu primo, o africano
Chikungunya. A doença transmitida por esse mosquito provoca febre alta, dores
articulares terríveis e até invalidez. E o pior é que ele está se alastrando
rapidamente pelo país, depois de chegar à América Central no final de 2013. No
trimestre seguinte, pessoas que se infectaram na região do Caribe trouxeram o
vírus para o Brasil. Esses mosquitos terroristas picaram esses viajantes e
passaram a transmitir a doença no Brasil.
O
Ministério da Saúde, através de seus órgãos controladores estaduais e
municipais devem agir com rapidez, pois em menos de um mês depois da ocorrência
do primeiro caso de transmissão de Chikungunya em território nacional, já foi
registrou 337 casos. Quinze estados já foram afetados. A Bahia, com 281
registros, tem o maior número de infecções. Com 274 casos confirmados, a cidade
baiana de Feira de Santana já vive uma epidemia.
A
origem do estranho nome Chikungunya é africana. No idioma makonde, significa
“aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes. Com dores
articulares fortíssimas, os infectados andam curvados. Essas dores podem
persistir por longos meses. Em alguns casos, elas se tornam crônicas. Em
outros, o enrijecimento das articulações é tão intenso que a pessoa deixa de
andar. Procurem saber mais como se proteger desse mosquito, pois com o verão
chegando e tanto mosquito por aí, essa sim é uma ameaça real. Se você já leu
sobre o ebola, então tudo bem, mas hoje deve continuar se preocupando com o
Aedes e seu primo.
Caro
leitor, são público e notório que o governo deve criar um projeto permanente de
prevenção para eliminar os criadouros, mas, em nada resultará ou adiantará se o
morador não colaborar com a limpeza dos seus quintais, dos vasos, pneus,
garrafas, copos, calhas e caixas de água; de nada valerá o trabalho da
vigilância sanitária, pois, todos sabem que eles alojam e procriam até em
tampinhas.
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