Quando me preparava para escrever esta crônica ao Diário da
Manhã, primeiramente tive que elogiar a tecnologia que facilita contatos com
pessoas amigas e com esse operoso jornal. De fato, ela é ágil, transforma a
nossa vida, mostra-nos novos horizontes; é como a se gente pudesse esticar os
braços e passar para o outro lado da telinha textos, fotos e opiniões sem maior
esforço. Na realidade não conseguimos viver sem ela e quando a usamos nem vemos
o tempo passar, a nossa vida até se torna melhor, saímos da monotonia e ela nos
coloca em contato com o mundo em segundos. Quando cutucamos alguém ou enviamos
recados, mensagens ou compartilhamentos, logo, num piscar de olhos, têm a
resposta. Para não melindrar ninguém, contrariar, decepcionar ou magoar,
tento buscar nos meandros de cada palavra, de cada citação, frases ou fotos
postadas por pessoas amigas, uma forma de ver e entender a realidade vivida por
cada uma, e algumas vezes, ao analisá-las, eu acabo reportando-as da maneira
mais cordial possível, com frases de efeito, de acordo com cada sentimento e
manifestação. Na curtição de fotos, compartilhamentos das mensagens pessoais ou
frases de grandes pensadores postadas por elas, eu procuro trazer do fundo da
alma uma melhor resposta, um dom que Deus me deu para escrever e inteligência
para saber exprimir sentimentos que vai além da imaginação, e, imbuído de expressar uma resposta bem condizente, procuro sempre usar o mundo do
saber, no qual, faço questão de entrelaçar a força do amanhecer como forma de incutir a paz
e a amizade que muitos, de algum modo, procuram encontrar ou buscar nas
entrelinhas das páginas, seja no BLOG ou FACEBOOK, novos sonhos, outras
realidades. Às vezes penso em desistir de
escrever e deixar de postar minhas crônicas, razões várias me assiste porque essa
tecnologia moderna assusta e desperta na gente sentidos mais primitivos como o
ódio, a revolta, a repulsa, mas, felizmente, também muita satisfação, risos e é
isto que me impulsiona a continuar.
O
meu computador é sem fio, mas não é aboleto, mas algumas vezes resolve sair do
ar. Essas falhas, dizem que é o excesso de pessoas que estão se contatando ao
mesmo tempo. Sendo aboleto ou não, ao vírus não interessa. Se for contaminado
não temos alternativa senão em mandar consertar e não adianta insistir em
manuseá-lo, pois, simplesmente, tudo que digitamos e tentamos postar são
rejeitados, bloqueados, travados. Como de costume, toda sexta-feira começo a
preparar meus textos e não sei como, talvez ao tentar adicionar um vídeo
desconhecido, travou. Começaram a aparecer alternativas e inocentemente, fui
clicando sobre tudo que aparecia no monitor na tentativa de recuperar o
programa, até o antivírus endoidou. Não teve jeito. Tudo travado mesmo e a alternativa
foi chamar o técnico em computação para “fazer a limpeza” e foram encontrados
mais de dez impostores. Moral da história: Se um CPU for infectado não clique
sobre nenhuma ajuda oferecida para resolver a situação. Outros programas entram
e em certos casos até copiam suas senhas, ou forçam a substituírem por outros e
é aí que mora o perigo. Então, todo cuidado que tiver ainda é pouco! Bem, por
aí podem notar minha relação de amor e ódio com essa tecnologia.
Hoje,
limpinho, com um antivírus e programas mais consistentes instalados, pude parar
um pouco, escrever e falar de sentimentos e amizades profícuas que estão do
outro lado da telinha. Sei que a parafernália eletrônica está no mundo todo e
vai formando círculos de pessoas que se comunicam entre si no afã de não se
sentiram sozinhas. Por mais que sejam virtuais se sentem acolhidas do outro
lado. Então pergunto: Por que a simples visão de receberem uma frase de
carinho, uma ilustração alusiva ao momento do contato deixa todos felizes? Por
que postagens de locais aprazíveis usufruídos por amigos, curtindo a vida junto
com seus entes queridos trazem sentimentos de ternura tão intensos? Por que
abraçar alguém especial, mesmo que virtualmente, traz uma sensação boa, de paz,
esperança e segurança? Daqui do lado de cá do monitor posso sentir todas essas
emoções e sensações, e me vanglorio por isso. Sei de muita gente que passa
batida e não se liga nessa possibilidade.
Naquele
dia, logo cedo, pude sentir os sentimentos maléficos da ira contra esta
máquina, como se vivente fosse. Todo o meu corpo vibrava, e, descontrolado, até
falava mal do computador em voz alta. Coitado, nem era o culpado! Para aumentar
minha ira, o infeliz nem se manifestava. Ah! Se ele me respondesse!...
Dedilhava com vontade no teclado e até tive vontade de atirá-lo pela janela,
levando com ele um sorriso seco, literalmente. Mas no caso da manhã de
sexta-feira passada quando escrevia esta crônica, como vocês puderam observar,
contive-me. Como é publicada no DM só na quarta-feira da semana seguinte fiz
questão de além de alertá-los sobre os cuidados que devemos tomar contra vírus
que infestam os computadores, trazer aqui para este texto, sinteticamente, as
minhas mais secretas e ancestrais emoções.
Por
falar em sentimentos, hoje nas redes sociais nota-se como a política gerou e
ainda continua gerando os mais antagônicos sentimentos pelos políticos eleitos
e inclusive, em relação à presidência da república. Pessoas de quem gosto e
prezo muitas têm certeza de que estão certas em idolatrar pessoas que eu, de
certo modo, desprezo, não confio e não acredito. É tanta corrupção que parecem
não enxergar o óbvio, ou se fazem de cegos porque são partidários ou votaram
neles. Quem está com a razão? Em minha opinião, sou eu com certeza, porque não
fui conivente com tudo que ocorreu e continua ocorrendo, fatos reais, provados,
indiscutíveis, que envergonham o nosso País. Mas como sempre tive os pés no
chão e jamais pensei magoar essas pessoas, antes de falar ou de escrever penso
e muito, contabilizo os prós e contras e jamais deixo que sentimentos meus me
levem a desprezá-los, mesmo sabendo que esses sentimentos são bem intencionados
que depois de digitados e postados, me deixam sob tensa emoção, esperando uma
recíproca verdadeira do outro lado da tela.
Acredito
que a maioria das pessoas deseja o melhor para o país, salvo raras exceções que
só olham para seus próprios umbigos e só pensam em benefícios pessoais. Quando
o texto for publicado pode até ser tarde demais, desatualizado. Será que
devemos culpar somente o famigerado vírus? Acho que não! Não porque nós é que o
manuseamos, buscamos e postamos imagens, textos e mensagens desconhecidas, às
vezes contaminadas. Para mim serviu de alerta. Não afã de evitar tudo novamente
resta-me acompanhar a evolução tecnológica para poder enviar minhas mensagens
de fé e esperança em dias melhores e poder continuar a incentivar as pessoas
amigas a darem sempre um passo a mais e não desistirem de suas lutas
cotidianas. Por fim, pretendo passar o resto de meus dias distribuindo o amor,
paz, alegria e carinho, para compensar a descarga de adrenalina que me acometeu
na semana finda.
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