A
solidão lhe oprimia e em seu peito havia lamentos. Sentia-se só. Como amigo tentava
compreender porque ele também se distanciara tanto de Deus que o criou e lhe
entregou de bandeja o Universo repleto de estrelas e em seu bojo o planeta
Terra, com sua fauna, flora, rios abundantes, a natureza de uma beleza
magnífica, e para que não se sentisse sozinho, ainda, à noite, ELE lhe ofereceu
a lua, e para que tivesse vida perfeita, deu-lhe o ar, a água e
o sol para movimentar o seu complexo corpóreo. Ainda assim, aquele amigo se
sentia só.
Ao
ver essas pessoas oprimidas, perdidas na escuridão do seu próprio ser, com
situações financeiras precárias, desempregadas, cheias de vícios e muitas
cobertas pelo próprio manto do mal, não restaram alternativas ao nosso Pai
Celestial senão, ao invés de uma rede, lançar o seu último e imenso anzol e
mostrar a aquele homem e a outros que ELE tem a chave para abrir todas as portas
e proteger. Em contrapartida, devemos entregar a ELE o coração, pois assim, teremos
a sensibilidade de entender as palavras escritas por Mateus (11,28): “vinde a
Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e EU os aliviarei”. Esta simples frase pode tocar fundo o coração
de cada um, pois ninguém melhor que Jesus, filho de Deus, saber o que era ficar
só, o que era ser abandonado por todos e encarar a tristeza e a morte.
Bem, tem
certos momentos que sentimos incompreendidos, mas, certos de saber: ELE está
sempre perto e deseja satisfazer nosso coração, dando-nos a salvação e a
possibilidade de continuar desfrutando do seu amor incondicional, assim como, está
sempre pronto para aliviar a peso da cruz que carregamos.
O
fato de ter recebido de Deus o último e poderoso anzol para pescar talvez o seu
impuro coração, achou-se presenteado naquele momento de solidão e sentiu nele a
força espiritual para içá-lo, pois jamais poderia imaginar tal força e com ela
sair dos devaneios, do sofrimento, da ansiedade e poder combater as crueldades
humanas, algumas com total falta de amor ao próximo. Pode-se então, deste ato,
começar a entender o significado dos textos bíblicos e a superioridade da
natureza de Jesus Cristo. Com posse desse anzol ele pode afirmar que diante de
Deus era apenas um pequenino grão de areia que pode se sucumbir sob o peso do
pecado e da maldade “num piscar de olhos”, caso não consiga seguir os preceitos
pregados por ELE e que já duram milênios. Jesus, o filho de Deus, não foi mais
que um profeta, mas sim, um Messias Divino que, como homem, porém dotado de
espírito puro e desprendido da matéria, viveu mais a vida espiritual do que a
corporal, cujas fraquezas não eram possíveis de serem enxergadas.
Certo
dia, aquele homem só, olhou para o céu e viu aparecer uma centena de pássaros,
todos alinhados, voando de forma altaneira, levando uma revoada de mensagens,
talvez, aos migrantes do norte, e no horizonte poente, viu aparecer uma vara
reluzente amparando um lindo anzol e naquele instante sentiu-se pescado e recebeu abraço caloroso de Jesus,
enquanto pequenas nuvens brancas ainda tentavam esconder o seu brilho
alaranjado, mas, entre cânticos dos pássaros, também viu ser dissolvido, gradativamente, todo
o mal com o nascer e o pôr sol. Estava a sua vida renovada.
Às vezes, mesmo
vendo aqueles que nos amam e aos quais queremos o bem, nossos corações são
tomados por um sentimento de extrema tristeza e solidão, como acontecia com
aquele amigo.
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