Almas sem clone.

sábado, 25 de janeiro de 2014



A palavra clone, (do grego klon, significa "broto") é utilizada para designar um conjunto de indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada. Segundo o botânico norte-americano Herbert J. Webber, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz. Você faz isso cortando a cadeia genética e reagrupando as cadeias do ser do qual será feito o clone. Bem, a palavra clone propriamente dita, não é o assunto que quero comentar, mas, de certo modo, esta palavra está vinculada ao tema proposto nesta crônica, uma vez que, tenho que usá-la para tentar discernir o foro íntimo das pessoas. Mas antes, quero dizer uma coisinha a vocês relativa ao homem: Tem certos indivíduos que não querem ser o homem da relação. Dizem a “quatro cantos” que sabem tudo que um homem faz e não gostam que elas façam algumas coisas por eles, como por exemplo: trocar o pneu do carro, apesar de fazerem isso muito bem. Não gostam de dirigir enquanto elas olham. E isso é verdade! Podem até chamá-los de machista, mas, talvez passem despercebidamente pelas mulheres, que eles gostam de ser o lado frágil da relação, não obstante algumas vezes abrem a porta do carro só para agradá-las. Muitos não gostam de vê-las carregar sacolas de supermercado, mesmo que agüentem todas elas, mas o danado do supermercado tem o carrinho e aí eles se safam. A maioria gosta que elas os acompanhem ao médico quando doentes mesmo que possam ir sozinhos. Gostam que elas os apóiem quando estão tristes, mesmo que seja por uma coisa aparentemente sem importância ou quando tem algumas pretensões e objetivos.

Gostam de serem cuidados. Gostam que vocês façam os planos, escolha o destino, tracem os roteiros e assumam o comando. Gostam que os guie mesmo que eles não a sigam. Eles gostam, há, se gostam! Principalmente de alguém que eles possam admirar e se orgulhar. Em resumo, gostam de serem conduzidos e detestam homens sem vontade própria, sem atitudes, indecisos, inseguros. A insegurança acaba com qualquer relação. E o pior é que não estou falando de sexo e sim, de almas que ainda não foram clonadas. 

Nesta crônica resolvi falar de gentilezas mútuas. Não estou querendo que elas banquem os luxos deles e nem paguem suas contas. Mas, por favor, não os chame para tomar um vinho e nem os faça pagar a metade da garrafa. Isto os incomoda. Faça-os sentirem seguro do seu lado, não importa qual. Não são almas clonadas? Mas se não são, clonem-se!  Sejam o porto seguro deles, o ponto de partida e o até destino final. Segurem suas mãos, tão parecidas com as suas. Mas é claro, se não são clones como agirão? Quando eles cansarem tenham a certeza de que eles vão querer colo. Então seja o colo. Abrace-os quando chorarem. Porque acham que são machistas e não devem chorar, mas choram. Digam a eles que tudo vai dar certo mesmo que vocês não façam a mínima idéia do que estão falando. Talvez, mesmo que as almas já estejam clonadas, vocês ainda não sabem ou não conhecem todos os sonhos, projetos e ideais deles. Então dialoguem. Procurem saber sobre o que sonham. Fiquem do lado deles quando precisarem, mesmo que não saibam o que dizerem. Porque eles vão estar ao lado de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. E podem ter a certeza de que eles as observam diariamente, os mínimos detalhes, a forma de vestir, de como cozinham, do jeito de caminhar, do gosto musical e até quando você cola um pequeno adesivo da geladeira; observam quando seus olhos estão tristes ou quando sorriem. Observam tudo e não questionam. Almas clonadas são assim, confiam. Então porque não clonar. Mas, se ainda não clonaram, ainda há tempo. Então, resta a este humilde cronista antes do sol e pôr e receber o sopro do vento, deleitar-se sobre o mar e debruçar sobre ele os seus sonhos, liberando as asas da  imaginação para que elas, juntamente com às marés, levem esses sonhos para um lugar mais alto possível, para depois, ao retornar, juntamente com os de vocês, sejam depositados nas embranquecidas praias de um lugar qualquer. Cada grão de areia que você soltar ao vento é um pedaço de sua gentileza e cortesia que se foi. Cada grão de areia que você soltar ao vento e retornar ao mesmo lugar, é sinal de que ressurge um cavalheiro ou uma dama, para no final, sentirem suas almas clonadas, assim como, clonados também os corações.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Vanderlan Domingos © 2012 | Designed by Bubble Shooter, in collaboration with Reseller Hosting , Forum Jual Beli and Business Solutions