A palavra clone, (do grego klon,
significa "broto") é utilizada para designar um conjunto de
indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada. Segundo o botânico
norte-americano Herbert J. Webber, o clone é basicamente um descendente de um
conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma
célula matriz. Você faz isso cortando a cadeia genética e reagrupando as
cadeias do ser do qual será feito o clone. Bem, a palavra clone propriamente
dita, não é o assunto que quero comentar, mas, de certo modo, esta palavra está
vinculada ao tema proposto nesta crônica, uma vez que, tenho que usá-la para tentar
discernir o foro íntimo das pessoas. Mas antes, quero dizer uma coisinha a
vocês relativa ao homem: Tem certos indivíduos que não querem ser o homem da
relação. Dizem a “quatro cantos” que sabem tudo que um homem faz
e não gostam que elas façam algumas coisas por eles, como por exemplo: trocar o
pneu do carro, apesar de fazerem isso muito bem. Não gostam de dirigir enquanto
elas olham. E isso é verdade! Podem até chamá-los de machista, mas, talvez
passem despercebidamente pelas mulheres, que eles gostam de ser o lado frágil
da relação, não obstante algumas vezes abrem a porta do carro só para agradá-las.
Muitos não gostam de vê-las carregar sacolas de supermercado, mesmo que agüentem
todas elas, mas o danado do supermercado tem o carrinho e aí eles se safam. A
maioria gosta que elas os acompanhem ao médico quando doentes mesmo que possam
ir sozinhos. Gostam que elas os apóiem quando estão tristes, mesmo que seja por
uma coisa aparentemente sem importância ou quando tem algumas pretensões e
objetivos.
Gostam de serem cuidados. Gostam que vocês façam
os planos, escolha o destino, tracem os roteiros e assumam o comando.
Gostam que os guie mesmo que eles não a sigam. Eles gostam, há, se gostam! Principalmente
de alguém que eles possam admirar e se orgulhar. Em resumo, gostam de serem
conduzidos e detestam homens sem vontade própria, sem atitudes, indecisos, inseguros.
A insegurança acaba com qualquer relação. E o pior é que não estou falando de
sexo e sim, de almas que ainda não foram clonadas.
Nesta crônica resolvi
falar de gentilezas mútuas. Não estou querendo que elas banquem os luxos deles
e nem paguem suas contas. Mas, por favor, não os chame para tomar um vinho e nem
os faça pagar a metade da garrafa. Isto os incomoda. Faça-os sentirem seguro do
seu lado, não importa qual. Não são almas clonadas? Mas se não são, clonem-se! Sejam o porto seguro deles, o ponto de partida
e o até destino final. Segurem suas mãos, tão parecidas com as suas. Mas é
claro, se não são clones como agirão? Quando eles cansarem tenham a certeza de
que eles vão querer colo. Então seja o colo. Abrace-os quando chorarem. Porque
acham que são machistas e não devem chorar, mas choram. Digam a eles que tudo
vai dar certo mesmo que vocês não façam a mínima idéia do que estão falando. Talvez,
mesmo que as almas já estejam clonadas, vocês ainda não sabem ou não conhecem
todos os sonhos, projetos e ideais deles. Então dialoguem. Procurem saber sobre
o que sonham. Fiquem do lado deles quando precisarem, mesmo que não saibam o
que dizerem. Porque eles vão estar ao lado de vocês nos momentos bons e nos
momentos ruins. E podem ter a certeza de que eles as observam diariamente, os
mínimos detalhes, a forma de vestir, de como cozinham, do jeito de caminhar, do
gosto musical e até quando você cola um pequeno adesivo da geladeira; observam quando seus olhos estão tristes ou quando sorriem. Observam
tudo e não questionam. Almas clonadas são assim, confiam. Então porque não
clonar. Mas, se ainda não clonaram, ainda há tempo. Então, resta a este humilde
cronista antes do sol e pôr e receber o sopro do vento, deleitar-se sobre o mar e debruçar sobre
ele os seus sonhos, liberando as asas da imaginação para
que elas, juntamente com às marés, levem esses sonhos para um lugar mais alto possível, para depois, ao retornar, juntamente com os de vocês, sejam depositados nas embranquecidas praias de um lugar
qualquer. Cada grão de areia que você soltar ao vento é um pedaço de sua gentileza e cortesia que se foi. Cada grão de areia que você soltar ao vento e retornar ao mesmo lugar, é sinal de que ressurge um cavalheiro ou uma dama, para no final, sentirem suas almas clonadas, assim como, clonados também os
corações.
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